Fico com a impressão de que está saindo de nossos bolsos, nós clientes de Instituições Financeiras, estas “merrecas de dinheiro” que corrigem as “maracutaias” de maus gestores financeiros. Oh meu Deus! Como queria ser menos desconfiado....
01/02/2011 11h41 - Atualizado em 01/02/2011 14h15
BTG Pactual não assumiu nenhuma dívida, diz banco sobre Panamericano
Dívida feita por Silvio Santos com o FGC era de R$ 2,5 bilhões.
Panamericano, Grupo Silvio Santos e FGC não se pronunciaram.
Do G1, em São Paulo
O BTG Pactual, que fechou na noite de segunda-feira (31) a compra da fatia do Grupo Silvio Santos no Banco Panamericano, informou nesta terça que não assumiu a dívida de R$ 2,5 bilhões do empresário e apresentador de TV com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
"O BTG Pactual não assumiu nenhuma dívida", informou o banco ao G1.
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Segundo o BTG Pactual, o negócio foi feito diretamente com a holding Silvio Santos e não com o Fundo Garantidor de Crédito. O banco afirma que o valor de R$ 450 milhões da compra será pago diretamente ao Grupo Silvio Santos em prazo e forma que ainda serão acertados entre as partes, sem a participação do FGC.
Em novembro, o Panamericano recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões, com recursos obtidos junto ao FGC, tendo os bens do grupo Silvio Santos como garantia, depois que o Banco Central identificou um rombo nas contas da instituição.
Durante o anúncio de que o banco fora vendido, na noite de segunda-feira, Silvio Santos afirmou que não possuia mais nenhuma dívida junto ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC). “O Grupo Silvio Santos não tem mais nenhuma dívida com o Fundo Garantidor”.
“Agora eu estou livre. A televisão (SBT) que vocês queriam comprar, ou que alguém queria comprar, não está mais à venda. A Jequiti não está mais à venda. As Lojas do Baú não estão mais à venda. A única coisa que foi vendida foi o banco”, disse ele.
Procurados pelo G1, nem o Panamericano nem o grupo Silvio Santos se pronunciaram sobre o assunto. O Fundo Garantidor de Créditos - que pode ter assumido o rombo - também não informou o destino da dívida.
Operação
Com o acordo, a instituição passa a deter 34,64% do Panamericano, com 51% das ações ordinárias – o que garante o controle do banco – e 21,97% das preferenciais.
“O patrimônio do Grupo BTG Pactual é de aproximadamente R$ 7,3 bilhões e o do Banco BTG Pactual, de R$ 5,6 bilhões”, diz a instituição em nota.
Pelo acordo, a Caixa Econômica Federal (CEF) manterá sua participação de 36,56% no capital social total do banco. Será feita ainda, na data da conclusão do negócio, uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) aos acionistas minoritários, nas mesmas condições oferecidas ao acionista controlador, pelo preço de R$ 4,89 por ação.
O comando do Panamericano ficará nas mãos de José Luiz Acar Pedro, sócio do BTG.
Crise
De acordo com o Banco Central, o Panamericano mantinha em seu balanço, como ativos, carteiras de crédito que já haviam sido vendidas a outros bancos. Também houve duplicação de registros de venda de carteiras. Com isso, o resultado do banco era inflado.
De acordo com o Banco Central, o Panamericano mantinha em seu balanço, como ativos, carteiras de crédito que já haviam sido vendidas a outros bancos. Também houve duplicação de registros de venda de carteiras. Com isso, o resultado do banco era inflado.
Em novembro, o Banco Central e o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) organizaram um plano que resultou na injeção, pelo FGC, de R$ 2,5 bilhões no Panamericano para reforçar o seu balanço e evitar uma corrida aos depósitos. O FGC emprestou o dinheiro a Silvio Santos, que deu como garantia as empresas do seu grupo, que incluem uma emissora de televisão e uma fabricante de cosméticos.
Especializado nos segmentos de leasing e financiamento de automóveis, o Panamericano teve 49% do capital votante e 35% do capital total vendido para o banco estatal Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões.
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10/11/2010 15h11 - Atualizado em 10/11/2010 15h21
Entenda o que é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
Entidade foi criada em 1995 para garantir a recuperação de depósitos.
Todas as instituições financeiras são obrigatoriamente associadas ao FGC.
Do G1, em Brasília
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que socorrerá o Banco Panamericano com um aporte de R$ 2,5 bilhões, é uma entidade privada criada em 1995 para ser um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores.
Finalidade
O FGC permite a recuperação dos depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira em caso de falência, insolvência ou liquidação extrajudicial.
O FGC permite a recuperação dos depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira em caso de falência, insolvência ou liquidação extrajudicial.
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Todas as instituições financeiras e associações de poupança e empréstimo são associadas obrigatoriamente ao FGC e contribuem com uma porcentagem dos depósitos (2%) para a manutenção do fundo.
Garantias
Atualmente, o fundo garante o pagamento de até R$ 60 mil para cada correntista em razão de perdas motivadas por problemas financeiros da instituição.
Atualmente, o fundo garante o pagamento de até R$ 60 mil para cada correntista em razão de perdas motivadas por problemas financeiros da instituição.
O FGC garante depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio, depósitos em contas-correntes de depósito para investimento; depósitos de poupança; depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; letras de câmbio; letras imobiliárias; letras hipotecárias; e letras de crédito imobiliário.
Associados
Em 1995, ano de criação do FGC, o setor bancário brasileiro era composto por 246 instituições, entre bancos comerciais, múltiplos e caixas econômicas. Desde então, a quantidade de instituições em funcionamento vem decrescendo.
Em 1995, ano de criação do FGC, o setor bancário brasileiro era composto por 246 instituições, entre bancos comerciais, múltiplos e caixas econômicas. Desde então, a quantidade de instituições em funcionamento vem decrescendo.
Nesse processo de enxugamento, que reduziu em um terço o número de bancos atuando no país, somente no período entre 1996 e 2006, um total de 25 instituições foram liquidadas pelo Banco Central (BC) e tiveram seus depósitos honrados pelo FGC. Atualmente, há 189 instituições financeiras em funcionamento no Brasil.
Origem
A atuação direta do FGC se iniciou justamente quando a crise do setor bancário brasileiro tomou proporções maiores, em 1996, e exigiu do governo uma intervenção preventiva mais forte.
A atuação direta do FGC se iniciou justamente quando a crise do setor bancário brasileiro tomou proporções maiores, em 1996, e exigiu do governo uma intervenção preventiva mais forte.
Nesse ano, foi iniciada a reestruturação e o fortalecimento da rede de proteção ao setor financeiro, com linhas especiais de liquidez, como o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer); a ampliação dos poderes do Banco Central na determinação de transferência de controle acionário de bancos com problemas de solvência e avanços na estrutura e fiscalização e regulação bancária.
Operações
Em 1996, cinco liquidações foram decretadas pelo Banco Central, num total de aproximadamente R$ 260 milhões em depósitos honrados pelo FGC. No ano seguinte, em 1997, a situação se agravou com a quebra de um outro grande banco privado nacional, o Bamerindus, que obrigou o FGC a desembolsar mais de R$ 3 bilhões.
Em 1996, cinco liquidações foram decretadas pelo Banco Central, num total de aproximadamente R$ 260 milhões em depósitos honrados pelo FGC. No ano seguinte, em 1997, a situação se agravou com a quebra de um outro grande banco privado nacional, o Bamerindus, que obrigou o FGC a desembolsar mais de R$ 3 bilhões.
O FGC também atuou no processo de liquidação do Banco Brasileiro Comercial e do Banco Royal de Investimento, ambos em 2003; e do Banco Santos, em 2004.
Panamericano
A última operação feita pelo FGC, nesta terça (9), foi o aporte de R$ 2,5 bilhões para o Banco Panamericano.
A última operação feita pelo FGC, nesta terça (9), foi o aporte de R$ 2,5 bilhões para o Banco Panamericano.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, o Panamericano informou que o objetivo do aporte é “restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização, em virtude de terem sido constatadas inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade”.
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