domingo, 19 de junho de 2011

Crise Financeira - Grécia: SOCIALIZAÇÃO PREJUÍZOS - POVO: EU$6,5 bilhões aumentos impostos e cortes gastos estatais neste ano. BANCOS: Participação voluntária !!!!


8/06/2011 - 08h56

Merkel quer participação "substancial" dos bancos na ajuda à Grécia


 
DA FRANCE PRESSE, EM BERLIM
DE SÃO PAULO

A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu neste sábado uma participação "substancial" dos credores privados no novo pacote de ajuda à Grécia.

Durante um congresso de seu partido, o CDU, em Berlim, Merkel insistiu no caráter "voluntário" dessa participação de bancos, seguradoras e fundos de investimento --reiterando o acordo alcançado na véspera entre Alemanha e França.

Até agora, a participação dos bancos havia sido o principal obstáculo entre Alemanha, de um lado, e o Banco Central Europeu (BCE) e França, do outro, para conceder uma segunda ajuda à Grécia.

Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, fecharam nesta sexta-feira o que consideram quatro princípios básicos para o novo resgate da Grécia: participação voluntária do setor privado, acordo com o BCE e que o pacote seja imediato, mas sem fixar prazos e não permita morosidade.

O tom geral do acordo entre os países é que a participação do setor privado e dos bancos no resgate seja voluntária e não uma reestruturação forçada --algo que o BCE alertou que teria efeitos catastróficos nos demais Estados da zona do euro e em seu sistema financeiro e que está na base da resistência dos investidores com os chamados países periféricos do euro.

Sarkozy explicou que os dois países favorecem o chamado "espírito de Viena", acordos de 2008 para ajudar os países do leste da Europa a superar as turbulências e que implicam em uma participação voluntária por parte dos credores.

A Grécia, uma das mais afetadas pela crise da dívida europeia, já recebeu em 2010 um pacote de resgate de US$ 160 bilhões da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional). O país, contudo, não conseguiu cumprir as metas fiscais previstas e alerta que, se não receber uma nova ajuda, vai quebrar.

Em troca da quinta parcela do primeiro pacote (de 12 bilhões de euros previsto para julho) e do novo pacote de resgate, o premiê grego tenta aprovar um segundo pacote de austeridade, com 6,5 bilhões de euros em aumentos de impostos e cortes de gastos estatais neste ano. A oposição, contudo, resiste, diante de manifestações populares e greve geral.


A posição comum entre os dois países tem base em quatro pontos essenciais. Primeiro, a quitação ou adiamento da da cobrança das dívidas gregas deve ser voluntária.


Segundo, a nova reestruturação da dívida grega não deve ser percebida de forma alguma como um "caso de inadimplência de crédito" --o que teria consequências negativas para a nota de risco dos bancos bancos que investiram na dívida grega, que são principalmente franceses e alemães, e também para o próprio BCE.


Terceiro, qualquer decisão será tomada de acordo com o próprio BCE. E, por último, a Europa deve agir o mais rápido possível, embora sem fixar datas.


CONSENSO
O ponto comum entre Alemanha e França é importante para tentar destravar o resgate --que não é consenso entre todas as nações da zona do euro.

Nesta semana, ministros das Finanças das 17 nações debateram como fazer os credores privados partilharem o custo do segundo plano de ajuda em dois anos sem gerar turbulências ainda piores nos mercados financeiros.

Eles buscam fechar um acordo na cúpula da União Europeia, nos dias 23 e 24, e vão se reunir novamente na noite de domingo, em Luxemburgo.

Um documento da Comissão Europeia, publicado pelo "Financial Times", sobre as opções para o envolvimento do setor privado, mostrou as dificuldades que a zona do euro enfrenta para evitar a instauração de um caos nos mercados.


Uma rolagem voluntária de bônus gregos perto do vencimento, defendida pela França e pelo BCE e agora pela Alemanha, oferece o menor risco causar um rebaixamento de rating para a Grécia, mas seria impossível quantificar a contribuição do setor privado antecipadamente.


Isso significaria que os países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) teriam de entrar com mais capital para inteirar os 120 bilhões de euros necessários em empréstimos, com 30 bilhões vindos de privatizações.


Uma troca de bônus, envolvendo o adiamento do prazo dos títulos em sete anos, é favorecida pela Alemanha e pela Holanda. Isso levantaria a maior parte do capital exigido, mas teria o maior risco de contágio, com investidores de outros bônus soberanos tomando ações de prevenção para evitar medidas similares em outros países, segundo o jornal.


Uma outra opção, a rolagem voluntária de dívida com incentivos limitados positivos, atrairia uma participação maior e tornaria possível antecipar a contribuição do setor privado, mas elevaria o risco de rebaixamento da Grécia e contágio de outros países.
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Atenciosamente. 
Claudio Estevam Próspero 
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