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#Vaticano Censurado na Mídia?! (Vamos 'viralizar' ('Davi x Golias')?)
Duarte Rosa Filho compartilhou um link.
· Facebook (18/05/2018)
"Até agora, 21 horas, nenhum telejornal tratou das críticas da Igreja, apoiadas pelo Papa Francisco, contra o financismo da 'clepto-pluto-corporato-cracia' internacional, enquanto dão destaque à renúncia coletiva dos bispos do Chile. Por que?"
TRECHOS DA PUBLICAÇÃO DO LINK (ihu-unisinos):
*** Não ao offshore. Papa Francisco contra o sistema mundial offshore e as assimetrias que beneficiam poucos e descartam a maioria ***
É o que se chamaria de um documento ‘maior’ vaticano, preparado pelas duas mais importantes Congregações do Vaticano, a da Doutrina para a Fé e a do Desenvolvimento Humano Integral, sobre a economia e os mercados financeiros.(...)
O título é em latim ("Oeconomicae et pecuniariae questione"), mas o conteúdo é extremamente atual. Trata das necessárias correções para os mercados financeiros e para as dinâmicas da economia globalizada que colocaram em destaque, já a partir de 2007, uma fragilidade intrínseca e até mesmo disfuncional do ponto de vista estritamente econômico, pelas quais se criam assimetrias que beneficiam poucos cada vez mais ricos e descartam a maioria da população mundial. Com a criação de um mecanismo de crises recorrentes e cada vez mais devastadoras.
O dedo aponta especialmente contra o sistema global offshore que é a alavanca desse sistema econômico-financeiro doente, ao qual são dedicados três capítulos do documento. Depois, há um apelo às Business Schools das mais prestigiadas universidades onde se formam os operadores que são chamados a participar do sistema, pedindo que seja parte do currículo também a formação ética dos estudantes, ao passo que agora toda instância ética é, de fato, percebida como extrínseca e contraposta à ação empreendedora.
Existem três peculiaridades do Documento dos dois dicastérios vaticanos. (...)
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/579112-nao-ao-offshore-papa-francisco-contra-o-sistema-mundial-offshore-e-as-assimetrias-que-beneficiam-poucos-e-descartam-a-maioria
INTRODUÇÃO DO Documento do Vaticano:
Oeconomicae et pecuniariae quaestiones
Considerações para um discernimento ético
sobre alguns aspectos do atual sistema econômico-financeiro
Considerações para um discernimento ético
sobre alguns aspectos do atual sistema econômico-financeiro
I. Introdução
1. As temáticas econômicas e financeiras, nunca como hoje, atraem a nossa atenção, pelo motivo da crescente influência exercitada pelo mercado em relação ao bem-estar material de boa parte da humanidade. Isto requer, de uma parte, uma adequada regulação de suas dinâmicas, e de outra, uma clara fundamentação ética, que assegure ao bem-estar conseguido uma qualidade humana das relações que os mecanismos econômicos, sozinhos, não podem produzir. Semelhante fundamentação ética é hoje pedida por muitos, especialmente por aqueles que operam no sistema econômico-financeiro. Especificamente neste âmbito, se torna evidente a necessária harmonia entre o saber técnico e a sabedoria humana, sem a qual todo o agir humano termina por deteriorar-se. Ao contrário, só com esta harmonia, pode-se progredir numa via de um bem-estar para o homem que seja real e integral.
2. A promoção integral de cada pessoa, de cada comunidade humana e de todos os homens, é o horizonte último daquele bem comum que a Igreja si propõe de realizar como «sacramento universal de salvação»[1]. Nesta integralidade do bem, cuja origem e cumprimento últimos estão em Deus, e que plenamente revelou-se em Jesus Cristo, recapitulador de todas as coisas (cf. Ef 1, 10), consiste o objetivo último de cada atividade eclesial. Tal bem floresce como antecipação do reino de Deus que a Igreja é chamada a anunciar e a instaurar em cada âmbito da iniciativa humana[2]; e é fruto peculiar daquela caridade que, como via mestra da ação eclesial, é chamada a exprimir-se também no amor social, civil e político. Este amor manifesta-se «em todas as ações que procuram construir um mundo melhor. O amor à sociedade e o compromisso pelo bem comum são uma forma eminente de caridade, que toca não só as relações entre os indivíduos, mas também “as macrorrelações como relações sociais, econômicos, políticos”. Por isso, a Igreja propôs ao mundo o ideal duma “civilização do amor”»[3]. O amor ao bem integral, inseparavelmente do amor pela verdade, é a chave de um autêntico desenvolvimento.
3. Busca-se isto na certeza que em todas as culturas existem multíplices convergências éticas, expressão de uma comum sabedoria moral[4], em cuja ordem objetiva funda-se a dignidade da pessoa. Sobre a sólida e indisponível raíz de tal ordem, que delineia claros princípios comuns, baseiam-se os fundamentais direitos e deveres do homem; sem os quais o arbítrio e o abuso do mais forte acabam por dominar na realidade humana. Esta ordem ética, enraizada na sabedoria de Deus Criador, é, portanto, o indispensável fundamento para edificar uma digna comunidade humana regulada por leis baseadas numa justiça verdadeira. Isto vale mais ainda ao constatar que os homens, mesmo aspirando com todo coração ao bem e a verdade, frequentemente sucumbem a interesses de parte, a abusos e a práticas iníquas, fontes de graves sofrimentos para todo o gênero humano e especialmente para os indefesos e os mais fracos.
Exatamente para libertar cada âmbito do agir humano daquela desordem moral que frequentemente o aflige, a Igreja reconhece entre as suas atividades primárias também aquela de recordar a todos, com humilde certeza, alguns claros princípios éticos. É a razão humana mesma, cuja índole caracteriza indelevelmente cada pessoa, que exige um iluminante discernimento a este respeito. Continuamente, de fato, a racionalidade humana busca na verdade e na justiça aquele sólido fundamento sobre o qual apoiar o seu agir, intuindo que sem este, comprometeria a orientação mesma do agir[5].
4. Tal reta orientação da razão não pode portanto faltar em cada setor do agir humano. Isto significa que nenhum espaço no qual o homem age pode legitimamente pretender de ser estranho, ou de permanecer impermeável, a uma ética fundada na liberdade, na verdade, na justiça e na solidariedade[6]. Isto vale também para aqueles âmbitos nos quais vigoram as leis da política e da economia: «pensando no bem comum, hoje precisamos imperiosamente que a política e a economia, em diálogo, se coloquem decididamente ao serviço da vida, especialmente da vida humana»[7].
Cada atividade humana, de fato, é chamada a produzir fruto dispondo, com generosidade e equidade, daqueles dons que Deus coloca originariamente a disposição de todos e desenvolvendo com viva confiança aquelas sementes do bem inscritas, como promessa de fecundidade, na Criação inteira. Tal chamado constitui um convite permanente para a liberdade humana, mesmo se o pecado insidia sempre este originário projeto divino.
Por este motivo, Deus vem ao encontro do homem em Jesus Cristo. Ele, envolvendo-nos no evento admirável da sua Ressurreição, «não redime somente a pessoa individual, mas também as relações sociais»[8] e age por uma nova ordem de relações sociais, fundadas na Verdade e no Amor, que seja fermento fecundo de transformação da história. Em tal modo, ele antecipa no curso do tempo o Reino dos Céus que ele veio para anunciar e inaugurar com a sua pessoa.
5. Mesmo que o bem-estar econômico global tenha certamente crescido ao longo da segunda metade do século XX, com uma medida e uma rapidez nunca experimentada antes, ocorre porém constatar que ao mesmo tempo aumentaram as desigualdades entre os vários Países e ao interno dos mesmos[9]. Além disto continua a ser ingente o número de pessoas que vivem em condições de extrema pobreza.
A recente crise financeira poderia ter sido uma ocasião para desenvolver uma nova economia mais atenta aos princípios éticos e para uma nova regulamentação da atividade financeira, neutralizando os aspectos predatórios e especulativos, e valorizando o serviço à economia real. Embora muitos esforços positivos tenham sido realizados em vários níveis, sendo os mesmos reconhecidos e apreciados, não consta porém uma reação que tenha levado a repensar aqueles critérios obsoletos que continuam a governar o mundo[10]. Antes, parece às vezes retornar ao auge um egoísmo míope e limitado a curto prazo que, prescindindo do bem comum, exclui do seus horizontes a preocupação não só de criar, mas também de distribuir a riqueza e de eliminar as desigualdades, hoje tão evidentes.
6. Está em jogo o autêntico bem-estar da maior parte dos homens e das mulheres do nosso planeta, os quais correm o risco de serem confinados de maneira crescente sempre mais às margens, se não de serem «excluídos e descartados»[11] do progresso e do bem-estar real, enquanto algumas minorias desfrutam e reservam somente para si ingentes recursos e riquezas, indiferentes à condição dos demais. É por isto che chegou a hora de dar continuidade a uma retomada daquilo que é autenticamente humano, de alargar os horizontes da mente e do coração, para reconhecer com lealdade aquilo que provêm das exigências da verdade e do bem, sem a qual cada sistema social, político e econômico está destinado no longo prazo a falir e a implodir. É muito claro que em último termo o egoísmo não paga, mas bem faz pagar a todos um preço muito alto; por isto, se queremos o bem real para os homens, «o dinheiro deve servir e não governar!»[12].
A este respeito, é verdade que compete em primeiro lugar aos operadores competentes e responsáveis elaborar novas formas de economia e finanças, cujas práticas e regras estejam voltadas ao progresso do bem comum e sejam respeitosas da dignidade humana, no seguro sulco oferecido pelo ensinamento social da Igreja. Com este documento, todavia, a Congregação para a Doutrina da Fé, cuja competência estende-se também às questões de natureza moral, em colaboração com o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, pretende oferecer algumas considerações de fundo e pontualizações a favor daquele progresso e em defesa daquela dignidade[13]. Em particular, é sentida a necessidade de realizar uma reflexão ética sobre alguns aspectos da intermediação financeira, cujo funcionamento, quando foi desvinculado de adequados fundamentos antropológicos e morais, não só produziu evidentes abusos e injustiças, mas também revelou-se capaz de criar crises sistêmicas e de alcance mundial. Trata-se de um discernimento oferecido a todos os homens e mulheres de boa vontade.
II. Considerações elementares de fundo
http://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2018/05/17/0360/00773.html#portoghese
(0':51") Impostos => Bancos: Você Financia a Divida... Ladislau Dowbor, professor de Economia PUC-São Paulo, revela o mecanismo que entrega parte do dinheiro dos impostos do povo para os bancos em “Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler. Estreia 31 de maio nos cinemas.
(Yanis Varoufakis)-“O Minotauro Global” x (Clepto-pluto-corporato-cracia)-"O deficit fiscal virou boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta."
Deputados da base do governo Temer comemoram a aprovação da PEC do Teto de Gastos
Mal rompe a manhã e os tenores da gerontocracia brasiliense gorjeiam a guarânia que o Brasil é uma família, deve gastar só o que ganhou. A charanga do eixo Leblon-Faria Lima repica então que é preciso pôr a casa em ordem. Apertemos o cinto, entoam todos, tenebrosos, todo santo dia.
Como o país não é apê nas Perdizes, a sua economia não tem nada a ver com a da padoca na esquina, e os brasileiros não são a Fat Family, o discurso da austeridade é infantilizador e caipira. O deficit fiscal virou boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta.
Contra a mistificação ideológica há agora a imaginação mitológica de “O Minotauro Global” (Autonomia Literária, 300 pg), livro no qual o touro fabuloso do rei Minos enfrenta o boi que entorpece o pensamento.
Seu autor, Yanis Varoufakis, analisa a austeridade na teoria e na prática. Porque tem formação (doutorou-se em economia e matemática e foi professor em Cambridge), militância (começou na social-democracia e elegeu-se deputado pelo Syriza) e experiência (foi ministro das Finanças da Grécia).
Para chegar à austeridade, ele parte da hecatombe de 1929. A seu ver, a grande crise não foi dirimida pelo incremento de obras públicas – o New Deal, nos EUA – e sim pela militarização geral da economia, bem como pela imensa destruição de forças produtivas na 2ª Guerra.
Ao final do conflito, Keynes propôs na conferência de Bretton Woods a criação de uma moeda internacional para transações financeiras. Foi vencido pelos vencedores da guerra, e o dólar virou a moeda mundial, lastreada pelo ouro. Em 1971, Nixon acabou com a referência ao ouro.
Surgiu então, sob a égide do dólar solto e do domínio americano, o Minotauro. A besta-fera combina num corpo dois déficits, o comercial e o fiscal. Comercial porque os EUA terceirizaram parte da produção. E fiscal porque o seu orçamento esteve aquém do orçamento do Estado.
A explicação para o monstrengo está numa rua, Wall Street. Porque, por mais terras que percorra, o capital vai sempre aonde rende mais. E Wall Street criou miríade de produtos financeiros – resseguros, hedges, hipotecas subprime, alavancagens várias.
Em 2008, esse edifício de dinheiro fictício revelou o seu âmago: papel. Varoufakis mostra que a explosão não se deu porque Wall Street estava desregulada, ou tivesse sido tomada pela ganância. Estourou porque o Minotauro da economia global funciona assim.
A conta foi encaminhada aos mais fracos –aos países da periferia europeia, que tomaram emprestado dos bancos; aos governos que cevaram déficits para preservar os ganhos dos donos da dívida pública. Austeridade neles.
O Minotauro significou, aqui, as décadas perdidas da crise da dívida e da hiperinflação. O monstro segue no seu labirinto, impondo sacrifícios e disseminando a crença infantil de que o déficit será contido com decreto.
Varoufakis perdeu a parada para a União Europeia. O Syriza capitulou e ele se demitiu do ministério. Participa agora de coalizão da nova esquerda europeia, que faz propostas para tirar o Velho Mundo do buraco.
É difícil que a esquerda latino-americana faça algo assim? Que ela se articule e elabore uma opção para o continente? É complicadíssimo. Mas a alternativa é crer nas cantigas de ninar dos austerocratas. Ou esperar um Teseu que, demagogo e oportunista, prometa matar o Minotauro em 2018.
Capitalismo Parasitário - transformar uma enorme maioria de homens, mulheres, velhos e jovens numa RAÇA DEVEDORES
Atual "contração do crédito" não é resultado do insucesso dos bancos. Ao contrário, é fruto, plenamente previsível, embora não previsto, de seu extraordinário sucesso. Sucesso ao transformar uma enorme maioria de homens, mulheres, velhos e jovens numa RAÇA DE DEVEDORES - Zigmund Bauman
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Buffet e Gates x CriptoMoedas - "Armas de Destruição em Massa de Confiabilidade" contra CriptoMoedas: Donos do Poder assustados?
http://reflexeseconmicas.blogspot.com.br/2018/05/buffet-e-gates-x-criptomoedas-armas-de.html
Dinheiro- o 'Sistema Circulatório da Economia de Mercado'. QUE ESTÁ COM 'GANGRENA'.
--- " Não há falta de comida no mundo.
--- O que ocorre é que um grande número de seres humanos NÃO TEM DINHEIRO PARA COMPRAR COMIDA! " (não têm como ser atendidos pelo atual Mecanismo de Acesso e Trocas de Bens e Serviços - o Sistema de Mercado)
Algumas das propostas, em estudo e / ou pilotos de implantação, para superar as limitações do atual Mecanismo de Acesso e Trocas de Bens e Serviços (Sistema de Mercado):
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Teremos a Sabedoria de Ócio Criativo (De Masi=Misto Indivisível de (Diversão+Educação+Trabalho) para Toda a Humanidade? Ou, presos ao "Programa Adão" ("Do suor do rosto o direito de viver"), continuaremos sacrificando boa parte do Potencial Afetivo e Criativo da Humanidade?
ResponderExcluirhttp://reflexeseconmicas.blogspot.com/2018/05/teremos-sabedoria-de-ocio-criativo-de.html