quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Disrupção da Indústria do Petróleo em 2021 (Último pico de demanda) Deflação de preços como no final dos anos 80 e de 2014-2017

[Clique na imagem para ampliar]

Final dos 80 / 2014-2017 / 2021-2030 - Deflações de preços do Petróleo

ÉPOCA - 26 de jan de 2016 - (...)  A última vez que o preço do petróleo teve uma queda significativa, no fim dos anos 1980, empurrou a União Soviética para o buraco e ajudou a desmoronar o império soviético. Agora, a queda deve causar solavancos políticos importantes – inclusive em países que são membros da poderosa OPEP, como Angola, Nigéria e Venezuela. A essa lista, podem ser acrescentados países que não fazem parte da organização, como Brasil e Rússia.

A crise econômica na Venezuela, que aos poucos tem levado o chavismo à derrocada, é efeito direto da queda do preço do petróleo. A receita da Venezuela depende em 96% da venda de petróleo bruto. Com ela, o país financia as importações de quase todas as outras mercadorias. Como as exportações de petróleo caíram, os venezuelanos sofrem agora uma severa crise de desabastecimento.

Assim como Hugo Chávez, na Venezuela, se beneficiou politicamente da alta dos preços do petróleo, a disparada da popularidade de Vladimir Putin, na Rússia, coincidiu também com o período em que o valor do barril do óleo chegou às alturas. Os resultados das vendas de petróleo e gás representam metade da receita do governo russo. Por causa da derrocada dos preços, a projeção para a economia russa neste ano é de uma contração de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Em um cenário de crise, só restará a Putin, para mostrar força interna, flexionar os músculos militares.

A queda dos preços deve ter também um efeito devastador na indústria de petróleo. Só em 2015, a indústria paralisou mais de 1.000 plataformas de perfuração e registrou um corte de gastos de US$ 100 bilhões. Uma análise da CreditSights, agência independente de pesquisas dos Estados Unidos, projeta que 20 empresas americanas do setor de petróleo deverão falir nos próximos meses. “Há uma total carnificina na indústria de petróleo no momento. Dezenas de pequenas companhias petrolíferas e empresas de perfuração nos Estados Unidos entraram com pedido de falência, e provavelmente haverá muitos mais para vir”, afirma Priest, da Universidade de Iowa.

Mesmo os gigantes petrolíferos estão sentindo os impactos negativos. Sete dos 20 maiores produtores de petróleo e de gás dos Estados Unidos e da Europa destacaram perdas no terceiro trimestre de 2015. “Quando o preço do barril estava alto, as petroleiras lançaram muitos projetos que não estavam maduros tecnicamente, pois o mais importante era garantir logo receita. Os erros de muitos projetos estão aparecendo agora”, diz Dario Gaspar, sócio e responsável pelo setor de óleo e gás da consultoria A.T. Kearney. Ninguém sabe quando os preços do petróleo voltarão a subir e muitos especialistas apostam que o atual ciclo deverá ter efeitos duradouros. Fontes renováveis de energia poderão ganhar mais espaço e investimentos, alternativas ao petróleo ganharão força e países que sempre dominaram o abastecimento mundial de energia  – e por consequência determinaram seus preços – terão de se adaptar a  uma nova configuração para se manter no mercado.

(...) Ao mesmo tempo, a produção total mundial de petróleo seguiu o caminho inverso – 7,5 milhões de barris a mais por dia, entre 2009 e 2014, segundo a Agência ... A crise econômica na Venezuela, que aos poucos tem levado o chavismo à derrocada, é efeito direto da queda do preço do petróleo.  

O mundo está engasgando em petróleo. O preço do barril, cotado a US$ 100 em 2006, caiu quase 60% em dez anos – na quinta-feira, dia 21, mal passou dos US$ 29. O preço do petróleo é, fundamentalmente, o resultado de uma equação de oferta e de demanda. Quando o preço desaba ou dispara, cenários perigosos de desequilíbrio se formam – na economia e na geopolítica internacional.

A demanda por petróleo, nos últimos anos, caiu por causa do ritmo mais lento de crescimento das economias dos países grandes consumidores, como Estados Unidos, China, Japão e os países ricos da Europa. Ao mesmo tempo, a produção total mundial de petróleo seguiu o caminho inverso – 7,5 milhões de barris a mais por dia, entre 2009 e 2014, segundo a Agência Internacional de Energia (EIA, na sigla em inglês) –, a ponto de a oferta global, há dois anos, ter começado a ultrapassar a demanda."  (...)


___________________

0:45:37.000,0:45:39.000
Eu disse que vai desmoronar para novos veículos porque precisaremos menos de novos veículos e, isso porque o EV dura mais... Essencialmente, a fabricação, a nova demanda por novos veículos estará caindo 70%! Então, precisamos de 80% menos carros, que duram mais, precisamos de 70% menos carros!

Então, essencialmente, o que isso significa para o petróleo, aqui está, sem mim, trata-se tudo da economia. Isso significa que - isso é tudo sobre a demanda econômica de petróleo - haverá um pico, em 2020. E, essencialmente, descerá a cerca de cem milhões de barris, por dia e vai cair, de novo, até cerca de 70 milhões de barris/dia, em 2030. 2030! 

Então vai cair 30%, então, muitos dos investimentos que estão sendo feitos, agora, em petróleo, certo, os quais, bem, o óleo explosivo porque, em petróleo, no negócio, tudo o que você precisa, porque ele é tão elástico, tanto do lado da demanda quanto no da oferta, essencialmente, uma sobre oferta no mercado de dois milhões de barris, como nós aprendemos em 2014, pode provocar a ruptura do mercado! 

Aquele crash dos preços ocorrerá do mesmo modo em 2021, assumindo que os veículos autônomos serão aprovados 2021. Então o preço de equilíbrio será de 25 dólares, de modo que qualquer óleo produzido, que não pode competir com US$25, essencialmente, é inviável.. Inviável. E ocorrerá que 'encalhará'. Qualquer óleo, que não possa competir à US$25 não será vendável! BOOM! Certo?

Agora, se você olhar para o petróleo sendo produzido, ele não pode competir. Essencialmente, os de águas profundas: acabou. O alvorecer dos óleos de xisto é interrompido porque eles não podem competir com US$25.  Então, essencialmente, o óleo convencional será o único óleo que pode sobreviver nestas condições de mercado, porque pode competir à US$25. Então toda a geopolítica do petróleo irá mudar e, você sabe, dependendo de onde você está neste mercado.... 

Mas, essencialmente, a disrupção dos preços acontecerá tão cedo quanto 2021 ou 2022. E, portanto, todos os ativos, o que significa, todas as refinarias, oleodutos e assim por diante, associados aos óleos caros também serão inviáveis. Agora, quais seriam?  (...)
0:48:10.000,0:48:12.000


**** Trecho da Legenda em Português de:

DISRUPÇÃO LIMPA DE ENERGIA E TRANSPORTE - Tony Seba - A era industrial, na energia e nos transportes, acabará até 2030. Talvez antes. (Tradução da resenha do autor)

As tecnologias de melhoramento exponencial, como energia solar, veículos elétricos e carros autônomos (auto-condução) irão perturbar e varrer as indústrias de energia e transporte como as conhecemos.

_______________________
SAIBA MAIS nos comentários de:


---------
VER TAMBÉM:
Energia Exponencial: a Disrupção dos Combustíveis Fósseis e de sua Poluição!


---------
VER TAMBÉM:
Youtube: Evolução Exponencial => Disrupção em Energia e Transporte - 2025 a 2030!!:
- Baterias: eliminará o valor de pico para fornecedores de energia!
- Transporte como Serviço - em carros elétricos auto dirigidos: eliminará a vantagem de ser proprietário de um carro. Economicamente será 10x mais caro ter um carro do que usar Transporte como Serviço (algo como 'UBER sem motorista' rodando sempre e atendendo as necessidades de mais de 10 antigos motoristas')