Bumerangue
Michael Lewis
“Lewis tem um talento maravilhoso para destrinchar histórias complicadas em termos simples e com detalhes impressionantes.” – The Washington Post
Para entender as causas da atual crise econômica e seus desdobramentos, o jornalista Michael Lewis embarcou com seu agudo senso de curiosidade para a Europa, onde foi examinar de perto a situação enfrentada em alguns países.
Sua marca registrada é contar histórias importantes por meio de pessoas extraordinárias e, neste livro, ele conversa com políticos conhecidos e poderosos, financistas visionários, acadêmicos notáveis e também com figuras menos ilustres porém igualmente surpreendentes.
Na Grécia, Lewis visitou um monge que descobriu como explorar o capitalismo grego para salvar seu mosteiro falido. Na Islândia, falou com o primeiro-ministro e investigou como pescadores deixaram seu ofício e foram se meter em operações cambiais milionárias. Na Irlanda, conversou com o professor de economia que foi o primeiro a alertar sobre o perigo da bolha imobiliária local. Na Alemanha, teve acesso ao gabinete do vice-ministro das Finanças e procurou entender como os alemães, que ignoraram a oferta de crédito fácil e que são tão avessos ao risco, usaram seu dinheiro para permitir que estrangeiros cometessem loucuras.
De volta para casa, o autor conversou com Arnold Schwarzenegger para saber como ele enfrentou a politicagem que praticamente o impediu de governar e em que momento percebeu que administrava um estado falido. Em sua conclusão, chama atenção para o descontrole da sociedade americana e o crescente sacrifício dos interesses de longo prazo por recompensas imediatas.
O panorama econômico mundial nunca pareceu tão confuso e intimidador. Para nos guiar nesse terreno complexo e movediço, ninguém melhor do que Michael Lewis. Com um dom para explicar estatísticas e mercados, ganhar a confiança de pessoas fascinantes e se maravilhar diante da estupidez humana, ele é um cronista incomparável da exuberância irracional.
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“Em Bumerangue Lewis mostra mais uma vez por que é o principal jornalista de sua geração.” – Forbes
O tsunami de crédito barato que varreu o planeta entre 2002 e 2008 foi mais do que um simples fenômeno financeiro: foi tentação, oferecendo a sociedades inteiras a chance de trazer à tona desejos que até então não podiam ser saciados.
Países como Grécia, Irlanda, Estados Unidos e Islândia se esbaldaram. Mas, em algum momento, a festa acabou, os bancos precisaram ser socorridos e suas dívidas imensas foram transferidas para os governos, que, em certos casos, passaram a apresentar risco real de calote.
Depois de pesquisar e escrever sobre a crise do subprime nos Estados Unidos, Michael Lewis se viu intrigado com o desdobramento do colapso bancário em outras partes do mundo rico e resolveu embarcar numa nova onda: o turismo de desastres financeiros.
Em cada país que visitou, descobriu aspectos que ligavam a forma como a bolha do crédito se desenvolveu às características socioculturais mais fortes de seu povo. Sua principal teoria é a de que, sozinha num quarto escuro com uma pilha de dinheiro, cada nação enlouqueceu à sua maneira.
Os islandeses quiseram parar de pescar e se tornar banqueiros de investimentos. Os gregos manipularam números para entrar na zona do euro e deixaram que o máximo de cidadãos participasse da festa. Os alemães não se sujaram em seu próprio país, mas investiram em quase todos os negócios podres pelo mundo. Os irlandeses imaginaram tornar o país um canteiro de obras, construindo muito mais imóveis do que o necessário à população. E os americanos quiseram viver bem acima de suas posses, endividando a si mesmos, suas cidades e seus estados.
Lewis entrevistou peças-chave como primeiros-ministros, ex-governadores, ministros de Estado e financistas, e conversou com personagens interessantíssimos como monges, bombeiros e manifestantes, traçando um retrato curioso e preocupante de um novo cenário econômico mundial.
Bumerangue - Editora Sextante
Michael Lewis. Clique aqui para ler um trecho do livro em PDF. “Lewis tem um talento maravilhoso para destrinchar histórias complicadas em termos simples e ...
21/10/2011 - 07h43
Michael Lewis e o novo Terceiro Mundo
O americano Michael Lewis é um escritor excelente e prolífico. É dele o best-seller "Big Short- a jogada do século - os bastidores do colapso financeiro de 2008", que mostrou como alguns poucos investidores ganharam rios de dinheiro apostando que a montanha de CDOs e CDS era um castelo de cartas, e "Liar's Poker", escrito no auge da amoralidade do mercado financeiro dos anos 80.
Seu mais recente livro," Boomerang: adventures in the new third world" (Bumerangue: aventuras no novo terceiro mundo) é uma leitura deliciosa e com timing perfeito. A propagação da crise financeira está transformando países que antes se encaixavam no rótulo ricos em "novos pobres". Nações famosas por sua meritocracia e grande classe média, como os Estados Unidos, estão aprendendo a viver em sociedades cada vez mais desiguais-- enquanto a distribuição de renda em países lanterninha do coeficiente de Gini, como o Brasil, vai melhorando, embora ainda seja muito ruim.
O livro é resultado da compilação e ampliação das reportagens que Lewis fez para a Vanity Fair desde 2008, enfocando como a crise afetou a Islândia, a Grécia, a Irlanda, a Alemanha e os Estados unidos --neste último, principalmente sob o prisma da Califórnia.
Na Islândia, Lewis descreve como uma nação de pescadores se transformou em um país composto basicamente por banqueiros de investimento. E como países como a Alemanha e o Reino Unido despejaram bilhões de dólares em um punhado de bancos islandeses que quebraram de forma estrepitosa.
Na Grécia, no capítulo apropriadamente intitulado "E eles inventaram a matemática", Lewis usa o mosteiro Vatopaidi, envolvido em escândalo, para mostrar como uma cultura de desrespeito às regras, gastos públicos absurdos, maquiagem de números para serem aceitos no euro e sonegação de impostos generalizada está no cerne da quebra anunciada do país.
Em média, um emprego no setor público paga três vezes mais do que um no setor privado. A rede nacional ferroviária tem uma receita anual de 100 milhões de euros, paga 400 milhões de euros só em salários e 300 milhões em outras despesas. Lewis nos conta que a idade de aposentadoria para profissões consideradas árduas na Grécia --como cabeleireiro, garçom e músico-- e 55 anos para homens.
Na Alemanha, um país conservador e poupador, uma série de bancos regionais crédulos continuou engolindo todo o lixo subprime dos americanos quando o resto do mundo já sabia que o negócio tinha ido pro vinagre.
Na Irlanda, a euforia imobiliária destruiu a economia de um país antes chamado de tigre celta, por seu milagre econômico.
O livro é um saboroso retrato de como a crise afetou de forma diferente cada um dos países.
Mas Lewis escorrega nas generalizações e estereótipos, o que causou justificada irritação nos países retratados.
Há trechos cheios de lugares comuns, como esse: "Talvez porque existam tão poucos islandeses no mundo, não sabemos quase nada sobre eles. Nós partimos do pressuposto de que são mais ou menos escandinavos --um povo meigo que quer apenas que todo mundo tenha a mesma quantidade de tudo. Mas eles não são. Eles têm um aspecto bravio, como um cavalo que só está fingindo estar subjugado."
Ou, pior, no capítulo sobre a Alemanha, ele passa um bom tempo discutindo a suposta "obsessão anal" dos alemães.
Apesar de não serem suficientes para comprometer o livro, essas generalizações e tentativas de encaixar cada povo em fórmulas estragam um pouco a obra.
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Abril 2011 - nº 4 Crise econômica | |
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Leia o primeiro capítulo:
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A ECONOMIA DAS CRISES
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SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ. R764e. Roubini, Nouriel.
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