sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Endividamento Asiático à Beira do Colapso. Wall Street Abandona em Massa Negócio de Commodities

Um alerta recebido sobre o problema da Divida Pública Mundial e suas consequências.
 
Merece reflexão.
 
Para quem não desejar "bancar  avestruz" perante a grave crise que se desenrola desde 2008, tenho coletado e organizado material sobre o assunto neste blog:
 
http://reflexeseconmicas.blogspot.com/
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---------- Mensagem encaminhada ----------
De: 
Data: 22 de agosto de 2013 09:31
Assunto: Endividamento Asiático à Beira do Colapso. Wall Street Abandona em Massa Negócio de Commodities
Para:





PARA: ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS, ORGANIZAÇÕES PRIVADAS E CIDADÃOS DO BRASIL E DO MUNDO
 
Para conhecimento,
 
Tema em Análise: WALL STREET ABANDONA EM MASSA NEGÓCIO DE COMMODITIES. ENDIVIDAMENTO ASIÁTICO À BEIRA DO COLAPSO. Relação entre a dívida total e o Produto Interno Bruto (PIB), da China, está acima de 200%. Embora a China constitua o exemplo mais extremo do uso de endividamento para financiar crescimento, trata-se de um padrão que se repetiu em toda a Ásia. Com a queda nas exportações, os bancos centrais abriram suas torneiras e produziram um salto no endividamento das famílias e das empresas. A Ásia enfrenta um novo desafio: enfrentar a vida depois da dívida. E à medida que os investidores avaliam o impacto dessa transição, os fantasmas da crise financeira asiática de 1997-1998 foram novamente despertados. “Famílias terão de vender seus ativos. Haverá muita de destruição de riqueza", na China, conforme Kevin Lai, economista-chefe regional na Daiwa Securities. Na Tailândia, que tecnicamente entrou em recessão no segundo trimestre, a dívida das famílias em relação ao PIB subiu de 55% em 2009 para quase 80% hoje. A dívida total em relação ao PIB está agora em 180%, de acordo com dados compilados pelo HSBC. A Malásia, rica em petróleo, viu uma elevação semelhante nos níveis de dívida, o que contribuiu para impulsionar o consumo e um boom no setor habitacional. Mas fracos números do comércio criaram a possibilidade de o país passar a incorrer em déficit, neste ano, após uma década de superávits. Embora os temores possam ser familiares, muita coisa mudou nos últimos 15 anos. Em 1997, o peso da dívida recaía predominantemente sobre grandes empresas endividadas, e não sobre as famílias e pequenas empresas que hoje desfrutam um aumento em sua renda e lucros saudáveis. APESAR DE O MUNDO ESTAR ARDENDO EM CHAMAS, O MINISTRO DA FAZENDA, GUIDO MANTEGA, DIZ QUE NÃO HÁ FUNDAMENTO PARA PESSIMISMO COM A ECONOMIA, conforme matéria, em anexo, intitulada Não há fundamento para pessimismo com a economia, diz Mantega”, divulgada pelo Valor Econômico, em 16/08/2013, disponível no link http://www.valor.com.br/brasil/3236110/nao-ha-fundamento-para-pessimismo-com-economia-diz-mantega
 
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A CONSCIÊNCIA DE TERCEIRA DIMENSÃO É CÚBICA, VOLUMÉTRICA, ESPACIAL E EXATA.
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A)           Esta análise está disponível no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/wall-street-abandona-em-massa-neg%C3%B3cio-de-commodities-endividamento-asi%C3%A1tico-%C3%A0-be/622494584457644 
 
B)           Fonte de inspiração destas análises foi citada no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/reflex%C3%B5es-sobre-a-cria%C3%A7%C3%A3o-absoluta-as-dimens%C3%B5es-e-o-movimento-o-verdadeiro-ponto/612806095426493, intitulado “Reflexões Sobre a Criação Absoluta. As Dimensões e o Movimento”.
 
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1.            Vide matéria, em anexo, intitulada Wall Street abandona em massa negócio de commodities”, divulgada pelo The Wall Street Journal, em 20/08/2013, disponível no link http://online.wsj.com/article/SB10001424127887323608504579025440682349048.html, abaixo reproduzida.
 
2.            Vide matéria, em anexo, intitulada Problemas da Índia se espalham no Sudeste Asiático”, divulgada pelo Valor Econômico, em 21/08/2013, disponível no link http://www.valor.com.br/internacional/3240774/problemas-da-india-se-espalham-no-sudeste-asiatico, abaixo reproduzida.
 
3.            Vide matéria, em anexo, intitulada Endividamento asiático revive fantasma dos anos 90”, divulgada pelo Valor Econômico, em 21/08/2013, disponível no link http://www.gestaosindical.com.br/endividamento-asiatico-revive-fantasma-dos-anos-90.aspx, abaixo reproduzida, BEM COMO CONSULTE OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A ÁSIA E ESPECIALMENTE SOBRE A CHINA NOS PRÓXIMOS ITENS:
 
Início
 
21/08/2013 às 00h00
 
Endividamento asiático revive fantasma dos anos 90
 
Por Josh Noble - Financial Times, de Hong Kong
 
Quando a China lançou o maior pacote de estímulo de sua história em resposta à crise de 2008 e à desaceleração dos mercados importadores ocidentais, isso cobrou um preço. Hoje, a China tem de pagar uma conta que, dizem alguns economistas, levou a relação entre a dívida total e o Produto Interno Bruto (PIB) para além de 200%.
 
Embora a China constitua o exemplo mais extremo do uso de endividamento para financiar crescimento, trata-se de um padrão que se repetiu em toda a Ásia. Com a queda nas exportações, os bancos centrais abriram suas torneiras e produziram um salto no endividamento das famílias e das empresas.
 
Agora que o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) considera reverter sua política monetária ultrafrouxa, a região enfrenta um novo desafio: enfrentar a vida depois da dívida. E à medida que os investidores avaliam o impacto dessa transição, os fantasmas da crise financeira asiática de 1997-1998 foram novamente despertados.
 
"Todo esse dinheiro do alívio quantitativo produziu uma enorme bolha de inflação do crédito na Ásia", diz Kevin Lai, economista-chefe regional na Daiwa Securities. "O crime foi cometido, agora temos que lidar com as consequências. Esse processo será bastante doloroso. É como uma chamada de margem. Famílias terão de vender seus ativos. Haverá muita de destruição de riqueza."
 
É fácil ouvir ecos da crise financeira asiática. O crescimento do crédito a partir de 2008 foi rápido, resultando em um aumento dos preços das casas, altas taxas de crescimento e megafusões de empresas. Em abril, na Tailândia, aconteceu a maior aquisição nacional de uma empresa por outra e o maior lançamento de uma nova empresa em bolsa, segundo dados da Dealogic.
 
Mas com a reversão do fluxo de dinheiro barato antes proveniente do exterior para as economias emergentes em toda a região, analistas advertem que a Ásia pode estar no início de uma série de crises monetárias e de crédito não muito distintas da experiência vivida na década de 1990.
 
A maior parte do foco concentrou-se até agora na Índia e na Indonésia, os dois países asiáticos com os maiores déficits em conta corrente, tornando-os mais dependentes de capital estrangeiro para cumprir seus compromissos. Ambos viram suas moedas e mercados acionários mergulharem.
 
Mas os riscos de contágio em toda a região estão começando a crescer, segundo economistas, agravados pela desaceleração na China, maior motor de crescimento na Ásia.
 
Na Tailândia, que tecnicamente entrou em recessão no segundo trimestre, a dívida das famílias em relação ao PIB subiu de 55% em 2009 para quase 80% hoje. A dívida total em relação ao PIB está agora em 180%, de acordo com dados compilados pelo HSBC.
 
A Malásia, rica em petróleo, viu uma elevação semelhante nos níveis de dívida, o que contribuiu para impulsionar o consumo e um boom no setor habitacional. Mas fracos números do comércio criaram a possibilidade de o país passar a incorrer em déficit, neste ano, após uma década de superávits. E na semana passada a Indonésia anunciou uma acentuada ampliação de seu déficit em conta corrente, a pior desde 1996, devido a uma queda no valor de suas exportações de commodities.
 
"Estamos entrando num período de estagnação do crescimento durante os próximos dois anos", disse Fred Neumann, economista-chefe para a Ásia no HSBC. "As economias asiáticas fizeram uma viagem tranquila porque compraram crescimento mediante alavancagem. Elas deveriam ter aproveitado esse tempo para realizar reformas estruturais. Em vez disso, usaram o dinheiro barato e desfrutaram altas taxas de crescimento. Essa oportunidade, agora, terminou."
 
A queda no crescimento em toda a Ásia é também sinal de deterioração da produtividade. A intensidade do crédito - uma medida do endividamento necessário para criar uma unidade de crescimento econômico - cresceu significativamente em quase todos os países. Em Hong Kong, a intensidade do crédito quase triplicou a partir de 2007, ao passo que em Cingapura ela deu um salto superior a quatro vezes.
 
Para as autoridades econômicas, o aumento do crédito e a queda no crescimento deixa pouco espaço de manobra. A Indonésia decidiu aumentar os juros, numa tentativa de evitar uma corrida contra a moeda, ao passo que a Índia adotou medidas de sustentação da rupia. Até agora, nenhuma das medidas produziu os resultados desejados. "As opções são proteger a moeda ou proteger o crescimento doméstico. Só é possível fazer uma coisa ou outra. Não há nenhuma saída fácil", disse Lai.
 
Embora os temores possam ser familiares, muita coisa mudou nos últimos 15 anos. Em 1997, o peso da dívida recaía predominantemente sobre grandes empresas endividadas, e não sobre as famílias e pequenas empresas que hoje desfrutam um aumento em sua renda e lucros saudáveis.
 
Os mercados de títulos asiáticos também tiveram um desenvolvimento positivo significativo, com maior endividamento de longo prazo e em moeda local, em vez do endividamento de curto prazo em dólares ocorrido no passado.
 
E as instituições na região - de fundos soberanos a bancos centrais - proporcionam aos sistemas financeiros locais amortecedores bem mais resistentes, ajudadas pelo fato de que a maioria das economias asiáticas poupam mais do que gastam. Mas isso não significa que algum trauma renovado seja impossível. Como disse Neumann: "Cada crise chega sob uma roupagem distinta".
 
Final
 
4.            Matéria, em anexo, intitulada Wall Street abandona em massa negócio de commodities”, divulgada pelo The Wall Street Journal, em 20/08/2013, disponível no link http://online.wsj.com/article/SB10001424127887323608504579025440682349048.html, abaixo reproduzida:
 
Início
 
The Wall Street Journal
 
PORTUGUESE August 20, 2013, 8:44 p.m. ET
 
Wall Street abandona em massa negócio de commodities
 
Por CHRISTIAN BERTHELSEN  e TATYANA SHUMSKY
 
As entregas de alumínio aos armazéns gerenciados por grandes bancos e negociadoras de commodities despencaram nos últimos meses, destacando a saída de Wall Street do outrora lucrativo negócio de matérias-primas, que agora anda às voltas com mercados estagnados, regras novas e a vigilância dos reguladores.
 
A queda marca a reversão de uma prática que por muitos anos impulsionou os lucros de operadores de armazéns como Goldman Sachs Group Inc. e Glencore Xstrata PLC. As operações dos bancos com armazéns são agora alvo de investigações de várias autoridades dos Estados Unidos, inclusive um comitê do Senado.
 
Imagem Deletada
 
Fabrizio Costantini para o The Wall Street Journal
 
A Metro International Trade Services manteve nas suas instalações de Detroit um estoque de mais de 1,5 milhão de toneladas de alumínio.
 
A reversão é reveladora também sobre o esforço de Wall Street em extrair lucros de usinas de energia, oleodutos e armazéns de metais. Depois de gastar bilhões de dólares durante dez anos para se expandir em todas as áreas do negócio de commodities físicas, Goldman Sachs, J.P. Morgan Chase & Co. e Morgan Stanley estão agora tentando vender seus ativos no setor.
 
"O jogo que conhecíamos parece ter acabado", disse James Malick, sócio da consultoria na área de mercados de capitais Boston Consulting Group. "É difícil ver algo novo [no setor de commodities] que seja maior, melhor ou mais audacioso."
 
No auge desse negócio, as firmas ofereciam dinheiro, descontos de aluguéis e outros incentivos aos produtores de alumínio para que eles armazenassem o metal em vez de vendê-los a consumidores como cervejarias e fabricantes de refrigerantes, segundo analistas e operadores. Enquanto isso, o tempo prolongado no estoque gerava gordas receitas com aluguel que mais do que compensavam os incentivos pagos.
 
Os usuários industriais de alumínio, como a Coca-Cola e a fabricante de lâminas do metal Novelis Inc., se queixaram à Bolsa de Metal de Londres (LME, na sigla em inglês) de que os armazéns haviam artificialmente desacelerado a liberação do alumínio, limitando a oferta e elevando os preços do metal. Um executivo da cervejaria MillerCoors LLC disse, em depoimento ao comitê bancário do Senado americano em julho, que as práticas estavam inflando os preços ao consumidor em bilhões de dólares.
“Gráfico Mais regras, menos lucro.jpeg”, em anexo.
 
Glencore, Goldman Sachs e J.P. Morgan não quiseram comentar.
 
A média de entregas diárias para os armazéns da LME caiu 79% nos primeiros 19 dias de agosto em relação a dois meses atrás, segundo dados fornecidos pela CPM Group Inc. A média diária de entregas em agosto foi a menor desde novembro de 2011, informou a consultoria americana.
 
Ao mesmo tempo, os incentivos em dinheiro oferecidos aos produtores por bancos e tradings que possuem armazéns caíram recentemente para US$ 50 a tonelada, comparado com mais de US$ 200 meses atrás, dizem operadores.
 
À medida que mais metais chegam ao mercado, as tarifas cobradas por entregas imediatas caíram 7,2% ante seu recorde de julho, segundo a Platts, provedora de dados sobre commodities. Ontem, o alumínio para entrega em três meses era negociado na LME a US$ 1.914,50 a tonelada, uma queda de 7,6% neste ano.
 
O recuo dos bancos está sendo estimulado por uma queda nos lucros com matérias-primas diante de mercados menos aquecidos, o que gera menos oportunidades de negócios, e exigências mais severas de capital, que aumentaram o custo de operar no setor. As receitas com commodities nos dez maiores bancos globais de investimento despencaram 57% em 2012 em relação a 2008, para US$ 6 bilhões, segundo a consultoria de pesquisa Coalition. No primeiro semestre de 2013, a receita diminuiu 25% ante o mesmo período de 2012.
 
As negociações com matérias-primas geraram em 2008 até 33% da receita dos grandes bancos no setor chamado "market-making"; hoje elas respondem por menos de 7%.
 
"O cenário atual parece muito, muito desolador", diz Paul Johny, diretor de pesquisa da Coalition.
 
O número de pessoas trabalhando nas divisões de commodities dos dez maiores bancos globais de investimento caiu de um pico de 2.775 no fim de 2012 para 2.183 no fim do primeiro trimestre, segundo a Coalition.
 
O J.P. Morgan planeja vender seus ativos de commodities físicas como armazéns e usinas de energia. O banco americano afirmou a potenciais compradores desses ativos que espera começar seu esforço de venda no início de setembro, disseram pessoas a par do processo.
 
O Goldman Sachs estuda a venda de sua unidade de armazenamento, a Metro International Trade Services, que manteve nas suas instalações de Detroit um estoque de mais de 1,5 milhão de toneladas de alumínio, ou cerca de 27% do estoque mundial da LME. A Metro opera 29 dos 37 armazéns licenciados pela LME na cidade americana.
 
UBS AG fechou no ano passado todas as suas unidades de negociações de commodities não ligadas a metais preciosos como ouro e prata.
 
No Morgan Stanley, um pioneiro do negócio de commodities que não tem armazéns, o dano foi grave. O banco americano não divulga resultados específicos da sua unidade de commodities, mas pessoas a par do seu desempenho disseram que a receita caiu para menos de US$ 1 bilhão no ano passado, comparado com quase US$ 3 bilhões cinco anos atrás.
 
O banco tentou vender sua unidade de commodities em 2012, mas as negociações fracassaram depois que o fundo soberano do Catar afirmou que queria apenas certas partes da divisão, principalmente a de petróleo, segundo pessoas a par das conversas.
 
A CFTC, Comissão de Negociações de Futuros de Commodities dos EUA, intimou na semana passada vários operadores de armazenagem, e o Departamento de Justiça americano abriu uma investigação sobre o assunto no mês passado, disseram pessoas a par do tema. Separadamente, o Federal Reserve, o banco central dos EUA, está examinando se os bancos devem ser autorizados a possuir ativos de commodities físicas, tais como dutos, armazéns e usinas de energia. Os parlamentares também têm questionado o papel dos bancos no negócio de matérias-primas físicas.
 
O Goldman Sachs e a Metro foram alvos de pelo menos quatro ações judiciais do governo nas últimas semanas, sob alegação de práticas abusivas. A empresa negou qualquer irregularidade.
 
A maioria dos bancos está retendo unidades que fazem transações relacionadas com commodities para clientes, tais como fundos de hedge, companhias aéreas e empresas de manufatura que buscam apostar em mudanças de preço ou fazer hedge contra riscos. Mas o volume dessas operações caiu acentuadamente, colocando pressão sobre os lucros, devido a regras que limitam a capacidade dos bancos de fazer transações e uma redução nas grandes oscilações do mercado.
 
Final
 
5.            Vide matéria intitulada “Dívida pública mundial aumentou 65% desde a crise, diz pesquisa", em anexo, divulgada pelo Estadão, em 04/092012, disponível no link http://blogs.estadao.com.br/radar-economico/2012/09/04/divida-publica-mundial-aumentou-65-desde-a-crise-diz-pesquisa/, segundo a qual:
 
A dívida pública mundial aumentou bem mais do que a atividade econômica, o que pode ser observado a partir de dados compilados pelo site The Economist e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
 
O site da revista publicou um infográfico mostrando a dívida pública de 123 países ao longo da década de 2000 até hoje. Em 2007, ano que antecedeu a crise financeira internacional, a dívida mundial era de US$ 30 trilhões. Neste ano, esse montante está em US$ 49 trilhões, número 65% maior.
 
No mesmo período, o PIB (produto interno bruto) desses países, medido a preços correntes, passou de US$ 55 trilhões para US$ 71 trilhões, uma alta de 29%”.
 
6.            A humanidade já atingiu o ponto de inflexão do endividamento público de quase todos os países do mundo como motor do crescimento econômico. É o fim do modelo civilizatório, baseado no egoísmo humano. Só não ver quem não quer ver! Para comprovar essa afirmação consulte, nos itens abaixo, a dinâmica da falência do Sistema Financeiro Internacional: 
 
RESUMO DAS CAUSAS DA INFLAÇÃO, NO MUNDO, APESAR DA DESACELERAÇÃO ECONÔMICA, MUNDIAL (ESSA AFIRMAÇÃO É CONTRA-INTUITIVA, POIS O SENSO COMUM TENDE A PENSAR QUE DIANTE DA DESECELERAÇÃO DA ECONOMIA DO MUNDO A INFLAÇÃO TENDE A DIMINUIR E NÃO A AUMENTAR):
 
a)           O Sistema Financeiro Internacional, conforme dados do BIS, Banco Central dos Bancos Centrais, captou US$ 683,7 TRILHÕES (SEISCENTOS E OITENTA E TRÊS TRILHÕES E SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES), em recursos, ao longo de sua existência (Fonte: http://www.bis.org/, statistics link http://www.bis.org/statistics/index.htm, derivatives linkhttp://www.bis.org/statistics/derstats.htm
 
b)           O Sistema Financeiro Internacional, exemplificativamente, apresenta CUSTOS de US$ 6,8 TRILHÕES, em 04 anos, pagando 0,25% a.a. de taxa de juros para investidores. Empresta, no máximo, US$ 70 TRILHÕES (Tamanho do PIB do Planeta Terra), por 04 anos, a taxa de juros de 0,8 a.a., o que gera RECEITAS de US$ 2 TRILHÕES. 
 
c)           No final de 04 anos, o Sistema Financeiro Internacional apresenta PREJUÍZOS de US$ 4,8 TRILHÕES. Para aprofundar análise deste tema consulte o link  http://rounielo.blogspot.com/2011/10/parte-000-revelacao-da-trindade-parte_30.html e o link http://rounielo.blogspot.com/2011/10/parte-000-revelacao-da-trindade-parte_426.html
 
d)           Para impedir que todo o Sistema Financeiro Internacional desmorone, já que referido sistema não está conseguindo mais suportar seus custos crescentes de pagamento de juros aos donos dos US$ 683,7 TRILHÕES (SEISCENTOS E OITENTA E TRÊS TRILHÕES E SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES), os Governos, do mundo, por meio dos bancos centrais, mediante orientação da rede capitalista -- matéria, intitulada “Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo”, divulgada em 22.10.2011, por inovacaotecnologica.com, no link http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-capitalista-domina-mundo -- estão fazendo relaxamento monetário, emitindo dinheiro, e comprando esses ativos podres (o próprio Sistema Financeiro Internacional compra, artificialmente, ativos podres, que ninguém quer comprar, para que o preço dos ativos não despenque de uma vez, o que provocaria o estouro da bolha de US$ 683,7 TRILHÕES (SEISCENTOS E OITENTA E TRÊS TRILHÕES E SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES) e, dessa forma agindo, os Bancos Centrais, do mundo, estão injetando cada vez mais recursos, financeiros (dinheiro), na economia real, numa espécie de sangramento, por enquanto, contido, mas que poderá ser transformar em uma hemorragia, descontrolada, em pouco tempo, de uma hora para a outra, se houver pânico, no mercado financeiro internacional, e as pessoas resolverem vender ativos financeiros, ao mesmo tempo, para transformar esses ativos financeiros em dinheiro e com o dinheiro comprar bens na economia real e, dessa forma, escapar de prejuízos; 
 
e)           O que disse o ex-gestor de fundos hedge na GLG Partners e na Goldman Sachs e fundador do Global Macro Investor, Raoul Pal nas previsões tenebrosas, em uma apresentação compartilhada na internet, conforme matéria, em anexo, intitulada “8 SINAIS DE QUE ESTAMOS À BEIRA DO APOCALIPSE ECONÔMICO, SEGUNDO RAOUL PAL”, divulgada em 05.06.2012, no Portal Exame, no link http://exame.abril.com.br/economia/noticias/8-sinais-de-que-estamos-a-beira-do-apocalipse-economico-segundo-raoul-pal?page=2&slug_name=8-sinais-de-que-estamos-a-beira-do-apocalipse-economico-segundo-raoul-pal
 
I.             “Prevê o colapso do sistema bancário mundial, com os governos das principais economias quebrando e o sistema financeiro passando por uma reorganização completa. Quando isso vai acontecer? Para ele, entre 2012 e 2013. “Temos cerca de seis meses de negociação nos mercados ocidentais para fazer dinheiro suficiente para compensar as perdas futuras”, alerta Pal.”
 
II.            O problema não são os 70 trilhões de dólares em dívida do G10. O problema é o colateral de 700 trilhões de dólares em derivativos associados a eles. Isso equivale a 1200% do PIB mundial e está apoiando em bases muito, muito fracas.”.
 
7.            O fato é que todo esse excesso de recursos, no mundo, está muito bem guardado em poder da rede capitalista, identificada no item “6.d” anterior, sendo que referidos recursos estão sendo utilizados, no momento, para comprar ativos, na economia, real, no mundo inteiro e, depois que a rede capitalista estiver devidamente posicionada na economia real, a “BOLHA DE DERIVATIVOS” vai explodir, de forma bastante irresponsável.
 
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8.            A CONSCIÊNCIA DE TERCEIRA DIMENSÃO É CÚBICA, VOLUMÉTRICA, ESPACIAL E EXATA.
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Tema em Análise: Razões pelas quais o FED reduzirá o excesso de liquidez (US$ 700 TRILHÕES) no mundo, apesar de tal redução encarecer o crédito e ameaçar empresas e governos, asiáticos e não asiáticos. O Banco Central Americano (Federal Reserv-FED) não tem alternativa. SE NÃO RETIRAR O EXCESSO DE LIQUIDEZ DAS DIVERSAS ECONOMIAS, DO MUNDO -- US$ 683,7 TRILHÕES (SEISCENTOS E OITENTA E TRÊS TRILHÕES E SETECENTOS BILHÕES DE DÓLARES EM LIQUIDEZ, NO MUNDO, CONTRA UM PIB MUNDIAL DE US$ 70 TRILHÕES - Tamanho do PIB do Planeta Terra  --, O PROCESSO INFLACIONÁRIO, RESULTANTE DO EXCESSO DE LIQUIDEZ, NAS DIVERSAS ECONOMIAS, DO MUNDO, DESESTABILIZARÁ TODAS AS SOCIEDADES, DE TODOS OS PAÍSES, DO MUNDO E, DESSA FORMA, ENTÃO, O HOMEM PERDERÁ O CONTROLE DA SITUAÇÃO SOCIAL, DO PLANETA TERRA, e o mundo se transformará em um verdadeiro caos, incontrolável, com perdas, irrecuperáveis, para as grandes organizações empresariais, do mundo. O ENCARECIMENTO DO CRÉDITO, RESULTANTE DA DIMINUIÇÃO DA LIQUIDEZ, NO MUNDO, É UM PREJUÍZO MENOR, SE COMPARADO AO PREJUÍZO GERADO PELO CRESCENTE AUMENTO DAS TAXAS DE INFLAÇÃO, NO MUNDO, EM CENÁRIO DE DESACELERAÇÃO, SINCRONIZADA, DA ECONOMIA DE TODOS OS PAÍSES, DO MUNDO, CAUSADO (CRESCIMENTO DAS TAXAS DE INFLAÇÃO, NO MUNDO) PELO EXCESSO DE LIQUIDEZ, NO MUNDO. O EXCESSO DE LIQUIDEZ, NO MUNDO, GERA CRESCIMENTO ECONÔMICO, NO PRIMEIRO MOMENTO, NO CURTO PRAZO, É VERDADE, MAS, NO SEGUNDO MOMENTO, O EXCESSO DE LIQUIDEZ DESTRUIRÁ A ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE TODOS OS PAÍSES, DO PLANETA TERRA, SE ESSE EXCESSO DE LIQUIDEZ NÃO FOR CONTIDO, CONTROLADO E DIMINUÍDO, E RÁPIDO, PELO FEDERAL RESERVO REMÉDIO (EXCESSO DE LIQUIDEZ) PODE SE TRANSFORMAR EM SÚTIL VENENO (CRESCIMENTO DAS TAXAS DE INFLAÇÃO, NO MUNDO, EM CENÁRIO DE DESACELERAÇÃO, SINCRONIZADA, DA ECONOMIA DO MUNDO)! Nos itens 10 e 11, abaixo, encontra-se demonstrada a dinâmica de como o processo de inflação desorganizará as sociedades dos diversos países do mundo.
 
9.            Esta análise está disponível no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/raz%C3%B5es-pelas-quais-o-fed-reduzir%C3%A1-o-excesso-de-liquidez-us-700-trilh%C3%B5es-no-mundo/620452607995175 
 
10.         Fonte de inspiração destas análises foi citada no link https://www.facebook.com/notes/rogerounielo-rounielo-fran%C3%A7a/reflex%C3%B5es-sobre-a-cria%C3%A7%C3%A3o-absoluta-as-dimens%C3%B5es-e-o-movimento-o-verdadeiro-ponto/612806095426493, intitulado “Reflexões Sobre a Criação Absoluta. As Dimensões e o Movimento”.
 
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11.         Matéria, em anexo, intitulada Problemas da Índia se espalham no Sudeste Asiático”, divulgada pelo Valor Econômico, em 21/08/2013, disponível no link http://www.valor.com.br/internacional/3240774/problemas-da-india-se-espalham-no-sudeste-asiatico, abaixo reproduzida:
 
Início
21/08/2013 às 00h00
 
Problemas da Índia se espalham no Sudeste Asiático
 
Por Bruce Einhorn | Bloomberg Businessweek
 
Para quem acompanha as turbulências econômicas na Índia, a combinação é tragicamente familiar: um déficit em conta corrente recorde, uma moeda em processo de enfraquecimento, uma alta da inflação e uma queda do mercado de ações.
 
A mesma receita que está criando a pior crise econômica da Índia em décadas agora também aflige a Indonésia. O índice de preços ao consumidor anual aumentou 8,6% no mês passado, segundo informou o governo indonésio na semana passada. Devido à desaceleração na China, a demanda por carvão, óleo de palma e outras exportações do país está caindo, afetando a balança comercial. A Indonésia teve déficit em conta corrente nos sete últimos trimestres e, no dia 16, o banco central revelou que ele atingiu US$ 9,8 bilhões, o maior já registrado e correspondente a 4,4% do PIB indonésio.
 
Investidores no mercado de ações deste país do Sudeste Asiático estão preocupados com as similaridades com a Índia. Assim como a rupia indiana, a rupia indonésia vem sofrendo com a perda de confiança. Ontem, o dólar foi cotado a 10.700 rupias, o maior nível em quatro anos. O índice referencial de ações Jakarta Composite Index recuou 11% nos últimos quatro dias, com um volume de negócios mais que 30% maior do que média do mês passado - é o de pior desempenho desde o começo de julho entre os 94 índices globais de ações monitorados pela Bloomberg.
 
E não é só a Indonésia que está com problemas no Sudeste Asiático. Mais notícias ruins vieram de Bangcoc, com os dados econômicos mais recentes mostrando que a Tailândia entrou em recessão. O PIB do país encolheu 0,3% no segundo trimestre, em comparação aos primeiros três meses do ano. É a segunda contração trimestral seguida para a Tailândia, que, assim como seus vizinhos vem sofrendo com a desaceleração da demanda chinesa.
 
Os problemas nas economias asiáticas surgem no momento em que os investidores globais se preparam para o fim da política de estímulo econômico do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Ainda não está claro quando o Fed vai agir e com qual intensidade, mas mercados emergentes como a Índia e a Indonésia já estão sentindo a pressão, uma vez que os investidores estão transferindo seu dinheiro de volta para os Estados Unidos.
 
"Entre as economias da região, a Indonésia e a Índia estão sofrendo mais com a reversão dos fluxos de capital em antecipação à redução do afrouxamento quantitativo. Isso vem sendo exacerbado por fatores internos", escrevem os economistas Stephen Schwartz, Weiwei Liu e George Xu, do BBVA Research, em um relatório divulgado na segunda-feira.
 
O governo indiano e o banco central anunciaram medidas para sustentar a rupia, mas os investidores não ficaram impressionados. Ontem, a moeda voltou a atingir um novo patamar de baixa, de 64,12 rupias por dólar.
 
"Olhando adiante", escreveu a equipe do BBVA, "é crucial que haja reformas estruturais mais corajosas, incluindo uma maior liberalização dos preços dos combustíveis, reformas nos processos de aquisição de terras e aumento do limite de investimentos estrangeiros em seguros, gerenciamento previdenciário e na indústria farmacêutica, para reconquistar a confiança dos investidores e amparar a rupia."
 
Final
 
12.         O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que não há fundamento para pessimismo com a economia, conforme matéria, em anexo, intitulada Não há fundamento para pessimismo com a economia, diz Mantega”, divulgada pelo Valor Econômico, em 16/08/2013, disponível no link http://www.valor.com.br/brasil/3236110/nao-ha-fundamento-para-pessimismo-com-economia-diz-mantega
 
Atenciosamente,
 
Brasília-DF, Brasil 21/08/2013
 
ΣEMΣ EIAAM ABPAΣA
O Sol Eterno Abrasax”, o Sol Central Espiritual
 
CENTRO CIENTÍFICO UNIVERSAL PARA O PROGRESSO DA HUMANIDADE
 
CONSCIÊNCIA CÓSMICA NO PLANETA TERRA, POR INTERMÉDIO DA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA
 
SÓ A FRATERNIDADE E UNIÃO ENTRE OS SERES HUMANOS, DO MUNDO, PODERÁ RESOLVER OS PROBLEMAS SOCIAIS, AMBIENTAIS, ECONÔMICOS, FINANCEIROS E DE RELACIONAMENTO, DO PLANETA TERRA. NÃO HÁ IDEOLOGIA SUPERIOR À FRATERNIDADE UNIVERSAL
 
"O Ser Supremo protege os fracos, impede que os fortes exacerbem o mau do seu egoísmo, em prejuízo ainda maior  dos fracos e  também protege os próprios egoístas do seu próprio egoísmo, pois ama todas as criaturas da mesma maneira."
 
“quando os bons não se apresentam ao campo de batalha a vitória da injustiça é justa.”.
 
“O poder que os homens possuem, no Planeta Terra, serve para nos ensinar que o maior PODER DO MUNDO é o PODER de dominar-se a si mesmo, que é um PODER MENOR, que te leva ao PODER MAIOR, QUE É NÃO TER PODER ALGUM, QUE É O MAIOR DE TODOS OS PODERES”.
 
“ADOREMOS O PAI UNIVERSAL! SAUDEMOS O SER SUPREMO! 
  
Rogerounielo Rounielo de França 
Advogado - OAB SP 117.597 
Pós-Graduado em Direito Público pela Faculdade Fortium 
Mestre Maçon - Loja Areópago de Brasília nº 3001 
Mestre Maçon - Loja de Pesquisas Maçônicas do GODF nº 3994 
Grande Oriente do Brasil-GOB 
Grande Oriente do Distrito Federal-GODF 
Mestre. Loja Uversa nº 5.342.482.337.666. Filiada ao Grande Oriente de Uversa, jurisdicionada pelo Sétimo Grande Oriente Super-Universo Orvônton, vinculado ao Reino Estelar do Universo dos Universos do Tempo e do Espaço (Ilha do Paraíso). 
Especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas-FGV 
Participante do Centro Espírita André Luiz-CEAL 
Funcionário do Banco do Brasil S.A. Diretoria de Micro e Pequenas Empresas 
Blog: http://rounielo.blogspot.com 
Final

A CAUSA REAL de nossos péssimos serviços estatais de Educação, Moradia, Saúde, Transporte e Segurança. MITOS a desfazer.


MITO 1: A Divida Pública é composta pela Poupança Financeira da População Brasileira. Sua revisão afetaria a todos nós.


Comentários:
  • As partes relativas a Fundos de Pensão, por enquanto, estão protegidas dos Ativos Tóxicos por regulamentações de onde podem ser aplicados os seus recursos (salvo algumas "maracutaias" do Processo de Privatização, que já são prejuízos realizados, onde estes fundos foram os destinos finais de participações super valorizadas em estatais privatizadas - que geraram grandes lucros e bônus para os intermediários) .

  • A maioria dos investidores em Fundos de Investimento são conservadores, portanto, também protegidos. Quem foi mais agressivo, comprando o equivalente, em títulos, a "carros roubados" tem, embutido nos riscos, cobertos pela maior lucratividade, a contrapartida para suas eventuais perdas de parte de seus investimentos considerada de origem ilegal.

  • Para minimizar eventuais prejuízos para a maioria, um piso inteligente - em valor de patrimônio financeiro - impediria que uma eventual anulação de dividas ilegais atinja a grande maioria dos investidores, punindo apenas os grandes especuladores, os agentes do Sistema da Divida.
MITO 2: Os Gastos Sociais e com Pessoal são o grande "ralo" do Orçamento da União:




Comentários:
  • A Previdência Social atende 80 milhões de pessoas. Grande parte de seus problemas decorre das Aposentadorias Especiais de Altos Funcionários e Políticos dos 3 poderes.

  • No gráfico abaixo entendemos porque a Mídia Corporativa e os Economistas, ambos sócios, por patrocínio ou vínculos profissionais, do Sistema da Divida, atacam tanto a Previdência Social como o Grande Vilão dos Gastos Públicos: é a última "teta" do Tesouro a ser drenada pela Divida Pública. Compare com as "ninharias" para Educação, Moradia (0% - Minha Casa Minha Vida é um programa de Endividamento das Famílias) Saúde, Transporte e Segurança.














As imagens acima foram obtidas de:

Uma AULA - muito instrutiva - sobre como ESPECULAÇÃO COM ATIVOS TÓXICOS (Sistema Financeiro Global) se converteu em PREJUÍZOS PARA AS SOCIEDADES (EUA, COMUNIDADE EUROPÉIA) e como estão sendo transferidos para o Brasil !!! Via DIVIDA PÚBLICA:

Publicado em 22/05/2012
Palestra Divida Pública, Orçamento e Gastos com a Profª. Dr.
María Lúcia Fattorelli



Mais informações relacionadas com a aula acima:

Maria Lucia Fatorelli: Banqueiros capturaram o Estado brasileiro

publicado em 11 de agosto de 2013 às 17:13
Conheça o Núcleo da Auditoria Cidadã da Dívida Pública mais próximo de você:


Auditoria Cidadã da Dívida Pública
Fábio Pereira Ribeiro
  
É certo que o Brasil precisa de um novo rumo, e já está conseguindo novas direções e perspectivas, seja pela vontade política, mas também pela força do povo nas ruas. O momento político e social do país chegou em seu limite. O brasileiro não aguenta mais tanta violência diária, tanto descaso com o “custo público”, não aguenta mais com tantos tributos pagos e serviços públicos ineficientes, e principalmente em ver que o país quase perdeu seu rumo.

Diariamente o brasileiro busca respostas do por quê o país não consegue chegar em um horizonte de crescimento e certeza. Um país como o Brasil, que hoje tem a sétima posição econômica mundial e ao mesmo tempo tem um contra senso de indicadores pífios em função de suas demandas de competitividade, e demandas sociais. Mas além dos problemas diários de educação, saúde, saneamento, violência, o custo público, as despesas governamentais e orçamento público é uma grande obra surreal como um pensamento de Dalí. Entender o custo e orçamento público, é como entender a paixão de Salvador Dalí pelos rinocerontes.

O Blog EXAME Brasil no Mundo conversou com a organização Auditoria Cidadã da Dívida, que monitora e desenvolve estudos e projetos sobre o custo, orçamento e dívida pública do Brasil. A organização, que tem como grande objetivo mobilizar a sociedade para uma auditoria própria das contas públicas, considerando orçamento público e dívidas geradas. É surpreendente o quanto nós brasileiros estamos perdidos neste ponto, e os dados da dívida pública, e também do orçamento nós dão mais motivos para mobilizações.

Quando analisamos os mesmos, percebemos as conseqüências finais: violência, descaso do serviço público, corrupção, educação de baixa qualidade, falta de estrutura em saúde, falta de mobilidade, altos custos tributários, e aí vai um longa lista. Devemos acompanhar e mobilizar para tal um verdadeiro controle das contas.

BRASIL NO MUNDO: O que é o projeto Auditoria Cidadã da Dívida? Quais os grandes objetivos?

ACD: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA é uma associação, sem fins lucrativos, que possui os seguintes objetivos, conforme Estatuto Social:

Art. 2º. A Associação tem como objetivos:
I – Realizar, de forma cidadã, auditoria da dívida pública brasileira, interna e externa, federal, estaduais e municipais.

II – Demonstrar a necessidade do cumprimento do disposto no artigo 26 do ADCT da Constituição Federal de 1988, que prevê a realização da auditoria da dívida externa.

III – Exigir a devida transparência no processo de endividamento brasileiro, de forma que os cidadãos conheçam a natureza da dívida, os montantes recebidos e pagos, a destinação dos recursos e os beneficiários dos pagamentos de juros, amortizações, comissões e demais gastos.

IV – Exigir a devida transparência do orçamento fiscal, de forma que os cidadãos conheçam detalhadamente todas as fontes de recursos públicos e sua respectiva destinação.

V – Mobilizar a sociedade em ações coordenadas para a exigência do cumprimento do dispositivo constitucional que determina a realização da auditoria da dívida.

VI – Promover estudos e pesquisas relacionados com o tema do endividamento público brasileiro.

VII – Popularizar a discussão do endividamento público por meio da elaboração de publicações, manutenção de página na internet e promoção de eventos.

VIII – Estabelecer relações com outras entidades e redes nacionais e internacionais com o objetivo de realizar estudos, cooperar com processos de auditoria da dívida em outros países, divulgando a auditoria como ferramenta de investigação do processo de endividamento e como meio para articulação internacional de países endividados.

As atividades da Auditoria Cidadã da Dívida se iniciaram logo após o Plebiscito Popular da Dívida Externa, realizado no Brasil em setembro do ano 2000, em 3.444 municípios do País, organizado por diversas entidades da sociedade civil brasileira, especialmente pela Campanha Jubileu Sul.

Naquela ocasião 6.030.329 cidadãos participaram do Plebiscito, sendo que mais de 95% votaram NÃO à manutenção do Acordo com o FMI; NÃO à continuidade do pagamento da dívida externa sem a realização da auditoria prevista na Constituição Federal, e NÃO à destinação de grande parte dos recursos orçamentários aos especuladores.

A auditoria da dívida está prevista na Constituição Federal – artigo 26 do ADCT – até hoje não cumprido.

Em respeito à Constituição Federal e ao voto dos milhões de cidadãos que participaram do Plebiscito, a Auditoria Cidadã da Dívida vem realizando, desde 2001, estudos, publicações, eventos, além de atividades para a mobilização de entidades da sociedade civil nacional e internacional.

Desde o início de seu funcionamento a Auditoria Cidadã da Dívida vem sendo coordenada por Maria Lucia Fattorelli, de forma totalmente voluntária e cidadã. Conta também com o trabalho voluntário e a colaboração, apoio e participação de grande número de cidadãos e entidades da sociedade civil que vem se integrando ao movimento desde o seu nascedouro em 2001.

A Auditoria Cidadã da Dívida é uma entidade aberta à participação de todas as entidades e cidadãos preocupados com o agravamento dos problemas nacionais dentre os quais o endividamento público exerce papel preponderante.

BRASIL NO MUNDO: O Brasileiro se preocupa com a Dívida Pública?

ACD: Todos aqueles que tomam conhecimento da questão da dívida ficam seriamente preocupados, pois esta dívida consome cerca da metade dos recursos federais. No ano 2000, nada menos que 6 milhões de pessoas demonstraram sua preocupação durante o Plebiscito Popular da Dívida Externa, votando pela realização da Auditoria. Recentemente, a sociedade civil organizada conseguiu criar, na Câmara dos Deputados, a CPI da Dívida, o que representou um grande feito, dada a dificuldade de se criar uma CPI para questionar a política econômica em um ambiente adverso, no qual a base de apoio ao governo é bastante numerosa.

BRASIL NO MUNDO: Em comparação com outros países, o cidadão brasileiro está mais atento? Qual o grau de envolvimento em relação a outros países?

ACD: Com as grandes mobilizações nas ruas, temos notado um forte aumento na percepção das pessoas em relação ao processo de endividamento. Nas redes sociais, as informações que temos divulgado têm sido amplamente repercutidas, com milhares de “compartilhamentos”. Este é o momento do Brasil se juntar aos países europeus que já experimentam amplas manifestações populares, como Espanha, Portugal, Grécia, e outros, contra as medidas neo liberais do FMI, que tentam cortar gastos sociais para o pagamento de uma questionável dívida, feita para salvar os bancos.

BRASIL NO MUNDO: Desde o início do projeto, quais as grandes percepções que vocês têm, e conclusões que chegaram?

ACD: Temos notado um grande crescimento na mobilização social, principalmente após a auditoria oficial feita pelo Equador em 2007-2009, da qual participamos, e que permitiu a identificação de graves ilegalidades e a anulação de grande parte da dívida. Uma das conseqüências desta auditoria foi a criação da CPI da Dívida no Brasil, que também constatou diversos e graves indícios de ilegalidades da dívida, tais como a dívida da ditadura, aplicação de juros flutuantes, estatização de dívidas privadas, e a aplicação de juros sobre juros, vedada pela Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal.

BRASIL NO MUNDO: Considerando os últimos acontecimentos no Brasil, qual a avaliação da Auditoria Cidadã aos resultados alcançados pela população brasileira? E quais os próximos passos?

ACD: Após as manifestações, aumentou muito o número de pessoas que nos enviam mensagens querendo se juntar à Auditoria Cidadã da Dívida, colaborando com nossos núcleos regionais. Nossas informações também têm sido bastante repercutidas nas redes sociais, pois para o atendimento das urgentes demandas das ruas (saúde, educação, transporte, etc) é necessário rever o processo de endividamento, que consome cerca da metade dos recursos federais. Isto aumentará a mobilização pela realização da Auditoria da Dívida, prevista na Constituição Federal de 1988, porém jamais realizada. Conforme prevê a Constituição, o Congresso Nacional deveria promover, através de Comissão mista, exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro. Esta Comissão teria a força legal de Comissão parlamentar de inquérito para os fins de requisição e convocação, e atuaria com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
Apurada irregularidade, o Congresso Nacional deverá propor ao Poder Executivo a declaração de nulidade do ato e encaminhar o processo ao Ministério Público Federal, que formalizará, no prazo de sessenta dias, a ação cabível.

BRASIL NO MUNDO: A OCDE e o IMD da Suíça apresentam dados trágicos do Brasil em relação à educação, inovação e competitividade. Considerando as auditorias que vocês realizam, como vocês enxergam estas agendas hoje no Brasil?

ACD: As principais demandas das ruas são a melhoria da educação e outras áreas sociais. O recente projeto aprovado na Câmara, que destina os recursos do petróleo para a educação, gerará cerca de 1% do PIB para esta área social, em 2022. Quando a grande demanda das ruas é a imediata elevação dos atuais 5% do PIB para 10% do PIB investidos na educação pública.

Embora ainda pouco discutida publicamente, a chaga dos problemas brasileiros é a chamada “dívida pública”, que tem uma grande responsabilidade pela crise dos direitos sociais vivenciada no Brasil e em todo o mundo. A dívida absorveu 43,98% dos recursos federais em 2012, enquanto a Saúde recebeu apenas 4,17%, a Educação 3,34%, Segurança 0,39%, Transportes 0,7% e Habitação apenas 0,01%.





sábado, 10 de agosto de 2013

Marcio Pochmann: Clássico brasileiro é VaCo vs. FaMa - (VAlor agregado e COnhecimento) x (FAzenda, Mineração e MAquiladoras) - “Qual Desenvolvimento? Oportunidades e Dificuldades do Brasil Contemporâneo”

Se permitirmos que continue a tendência atual, a da FaMa (FAzenda, Mineração e MAquiladoras), reforçaremos a nossa tradição histórica de sermos uma BelIndia (uma elite financeira alienada, egoísta e totalmente descompromissada com a situação da maioria da população – a nossa porção Bélgica) e uma imensa maioria de pessoas submetidas a condições de subsistência (a porção Índia (a parte pobre de lá) da nossa realidade) – vivendo abaixo das condições mínimas para ter dignidade (uma sub existência). 
O autor procura demonstrar a trajetória do desenvolvimento capitalista nos dois últimos séculos, período em que se evidenciou o desejo subjetivo da posse material, resultando num processo de exclusão de grande parte da população que tem o trabalho como condição fundamental de sobrevivência, contrapondo com os 0,2% da população mundial detentores de quase 50% da riqueza global.

Destaca a necessidade de novos rumos para a humanidade com um desenvolvimento menos devastador, em que se priorize o ser humano e o meio ambiente, buscando a valorização dos bens simultaneamente à melhoria do bem-estar de todos e a menor agressão possível ao meio-ambiente, sob pena de prevalecer “...as duas categorias básicas de homens a se manterem no porão do navio; os pobres excluídos da dignidade humana e os ricos condenados à solidão e à lógica da rivalidade”(p. 18).
 Se lutarmos pela VaCo (VAlor agregado e COnhecimento), se nos indignarmos e batalharmos contra esta “espécie” que parasitou a Humanidade – as Corporações Financeiras (este Frankenstein, que NÓS CRIAMOS) – poderemos sonhar com o improvável (que várias vezes ocorreu na História, como nos lembra Edgar Morin, em A Via para o futuro da Humanidade (um dos exemplos citados foi a derrota do Nazi Fascismo)): conseguirmos uma Sociedade com características das VERDADEIRAS SOCIAIS DEMOCRACIAS (Exemplos: Alemanha, Noruega, Suécia, etc.). 
Mas a luta é de toda a Humanidade, pois mesmo estas VERDADEIRAS SOCIAIS DEMOCRACIAS estão sob ataque da Lógica Sistêmica (e desumana) da Globalização APENAS Financeira (a fase atual da evolução do Capitalismo).    
Marcio Pochmann: Clássico brasileiro é Vaco vs. Fama
publicado em 22 de agosto de 2011 às 9:35
21 de Agosto de 2011 – 9h38
Marcio Pochmann*: A encruzilhada brasileira

O processo democrático das três últimas eleições nacionais conformou uma nova maioria política comprometida com a sustentação do atual ciclo de expansão econômica. A antiga maioria política, constituída pela Revolução de 30, e que por cinco décadas conduziu o projeto de industrialização nacional, desfez-se com a crise da dívida externa (1981-1983).

A imposição imediata da queda na taxa de lucro do setor produtivo se manteve sobretudo pelas medidas macroeconômicas de esvaziamento do mercado interno em prol de alta exportação e baixa inflação.

Nesse contexto, as alternativas implementadas por acordos políticos de ocasião buscaram compensar o sentido redutivo da taxa de retorno dos investimentos produtivos por meio da crescente valorização dos improdutivos ganhos financeiros. Assim, o Brasil mudou da macroeconomia da industrialização para a da financeirização da riqueza, com elevados ajustes fiscais.

Nos anos 1990, por exemplo, a sustentação do custo ampliado com o pagamento do endividamento público, derivado de altas taxas de juros reais, se mostrou capaz de repor aos grupos econômicos tanto o retorno econômico perdido pelo fraco desempenho da produção como a garantia do próprio sucesso eleitoral. Mesmo assim, os sinais de regressão econômica e social tornaram-se maiores.

Nas eleições de 2002 a 2010, contudo, fortaleceu-se inédita força política gerada pela aglutinação dos setores perdedores do período anterior com parcela crescente de segmentos em trânsito do ativo processo de financeirização da riqueza para o novo ciclo de expansão dos investimentos produtivos.

Com isso, reacendeu-se o compromisso da maioria política emergente com a manutenção da fase expansiva da economia, embora dúvidas permaneçam em relação ao perfil do desenvolvimento brasileiro. A encruzilhada nacional dos próximos anos reside aí: o resultado da disputa no interior da maioria política pelo Brasil da Fama (fazenda, mineração e maquiladoras) ou pelo Brasil do Vaco (valor agregado e conhecimento).

O cenário atual de moeda nacional valorizada faz avançar o Brasil dependente da exportação de matérias-primas e da geração de produtos internos com forte conteúdo importado. Dessa forma, a taxa de investimento abaixo de 20% do produto é suficiente, assim como a contenção da inovação tecnológica, suprida por compras externas.

O Brasil da Fama cresce, gerando mais postos de trabalho na base da pirâmide social e ocupando maior espaço global. Sua autonomia e sua dinâmica parecem menores diante dos imutáveis graus de heterogeneidade econômica e social que marcam o subdesenvolvimento.

O Brasil do Vaco, por outro lado, pressupõe reafirmar a macroeconomia do desenvolvimento sustentada em maior valor agregado e conhecimento. A superimpulsão dos investimentos é estratégica, pois gera agregação de valor em cadeias produtivas e ampliação da inovação tecnológica e educacional. Assim, o novo desenvolvimento brasileiro rompe com o atraso secular da condição subordinada do Brasil no mundo.

* Marcio Pochmann é professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas, é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Frases extraídas do PDF(link abaixo):  

No livro de Márcio Pochmann1 “Qual Desenvolvimento? Oportunidades e Dificuldades do Brasil Contemporâneo” (2008), percebemos uma interdisciplinaridade bastante ampla que perpassa vários temas nas áreas da economia, da administração, da política, da história e da sociologia, com conclusões embasadas em autores clássicos destas áreas como Adam Smith, David Ricardo, Celso Furtado, Thomas Malthus, Eric Hobsbawm, Manoel Castells, Hannah Arendt, Karl Marx e outros, além de farto material estatístico de fontes como UNCTAD, IBGE e IPEA.

Os dados analisados são referentes a um período que se encerra em 2006, o que gera a expectativa de novo estudo do autor, contendo reflexões para a atual crise percebida em 2008.

O autor procura demonstrar a trajetória do desenvolvimento capitalista nos dois últimos séculos, período em que se evidenciou o desejo subjetivo da posse material, resultando num processo de exclusão de grande parte da população que tem o trabalho como condição fundamental de sobrevivência, contrapondo com os 0,2% da população mundial detentores de quase 50% da riqueza global.

Destaca a necessidade de novos rumos para a humanidade com um desenvolvimento menos devastador, em que se priorize o ser humano e o meio ambiente, buscando a valorização dos bens simultaneamente à melhoria do bem-estar de todos e a menor agressão possível ao meio-ambiente, sob pena de prevalecer “...as duas categorias básicas de homens a se manterem no porão do navio; os pobres excluídos da dignidade humana e os ricos condenados à solidão e à lógica da rivalidade”(p. 18).

O autor inicia a análise fazendo um balanço do trabalho dito heterônomo, ou seja, o trabalho realizado em troca de uma remuneração necessária e suficiente para a sobrevivência, sem desconsiderar os segmentos populacionais mais abastados, para os quais este tipo de trabalho não chega a fazer parte de nenhum momento da vida.

Para sobreviver hoje, um trabalhador brasileiro tem uma jornada de trabalho de 2 mil horas por ano, enquanto na Holanda, por exemplo, esta mesma jornada média já é inferior a 1,4 mil horas anuais. O desenvolvimento vem arrefecendo as jornadas, pois nas antigas sociedades agrárias, chegavam a superar 4 mil horas anuais, consumindo quase 70% de todo o tempo de vida das pessoas. Este tempo de trabalho de subsistência foi reduzido para 45% nas sociedades industriais e 20% nos dias atuais.

A regressão na jornada de trabalho é decorrente de fatores como o aumento da expectativa de vida, 80 anos com tendência de chegar aos 100; a introdução tardia do jovem no mercado de trabalho, antigamente precoce e hoje, principalmente nas famílias mais ricas, após o término da educação superior.

Destaca ainda que esta redução na jornada de trabalho para subsistência é enganosa, uma vez que, com a urbanização das atividades econômicas, ocorreu o aumento da distância entre a moradia e o local de trabalho com conseqüente incremento do tempo de deslocamento, pelo qual o trabalhador não é remunerado, juntamente com outras atividades que não representam tempo livre de fato como afazeres domésticos, demandas burocráticas para a sobrevivência própria e da família, pagamento de contas entre outras que acompanham a modernidade.

Até 1970 o sistema fordista-taylorista teve grande importância no desenvolvimento da indústria mundial, mesmo em países com baixa taxa de alfabetização como o Brasil e o México, por exemplo. Com a desaceleração das vendas e elevação dos preços dos bens de produção, um novo modelo se apresenta com o processo de terceirização no interior dos países e com a internacionalização das grandes empresas, na busca estratégica de minimização de custos, descentralização de poder com redução das numerosas escalas hierárquicas, operação com estoque reduzido (JUST IN TIME), fusão e conglomeração de empresas, especialização nas atividades produtivas em busca da competitividade no contexto do livre comércio internacional, bem como maximização da produtividade.

No ambiente laboral ocorre um direcionamento para o desenvolvimento tecnológico e conseqüente automação dos processos manufaturados, a elevação das funções mais intelectualizadas e qualificadas e uma maior responsabilidade sobre a produção, obrigando o trabalhador a executar múltiplas funções.

Como exemplos dessa nova realidade, a General Motors e a Ford americanas reduziram seus contingentes de trabalhadores em 50%, entre 1976 e 2006. E empresas como a Nike, terceirizaram quase 95% dos trabalhadores envolvidos com a sua produção e o marketing tornou-se o seu maior custo operacional. O desenvolvimento tecnológico e de gestão chega também na agroindústria, onde o emprego de mão-de-obra, em países mais desenvolvidos, não chega a 5% do total da ocupação.

Com a internacionalização das grandes empresas, Pochmann mostra outra face da modernidade que é a proliferação de holdings financeiras em paraísos fiscais, inicialmente com as funções lícitas de prestar serviços financeiros a estes grandes grupos, como o pagamento de royalties, repratriamento de lucros e outros serviços.  Estas funções foram desvirtuadas para a sonegação de impostos e desvios financeiros ilícitos.

Nesse novo cenário econômico mundial, permanece a relação de desigualdade entre os países de centro e periferia. Esta, mesmo respondendo por mais da metade da expansão do PIB mundial, continua dependente da exportação da monocultura agrícola e do fordismo industrial periférico, cujos trabalhadores sofrem mais diretamente os efeitos

nefastos da globalização, do liberalismo comercial, da desregulamentação das leis trabalhistas e da segregação sócio espacial. Paralelamente, oligopólios são responsáveis pela dominação dos principais mercados, como é o caso dos setores de computadores e automóveis, com número restrito de empresas dominando mais de 90% da produção mundial.

Entre 1930 e 1970, período em que a economia mais cresceu no planeta, o Brasil foi um dos países que mais cresceu no mundo, com uma das maiores taxas médias anuais de variação positiva do PIB, concentrando, porém desigualmente esse desenvolvimento tanto geográfica, quanto socialmente, mantendo a política de exclusão de grande parcela da população da divisão das vantagens do crescimento econômico.

Também em relação às empresas existentes no período, o autor denomina “andar de cima” as grandes e médias empresas e “andar de baixo”, as micro e pequenas empresas, para dizer que o Estado facilitou a modernização tecnológica, a concessão de créditos bancários e um sistema de compras públicas, para as “de cima” em detrimento das “de baixo”, estas deixadas para conviver e competir com as “forças do selvagem mercado” que tendem a prevalecer, “pois o sistema de cooperação, que valoriza o local e a comunidade, permanece numa segunda linha, geralmente no plano da retórica”.

Se o ritmo médio de expansão econômica verificado no período de 1955 a 1980 fosse mantido, o país seria, em 2006, a terceira economia do mundo enquanto a China seria a quarta. Mas, a partir de 1980, final dos governos militares, até o final do governo de Fernando Henrique Cardoso, a economia brasileira entrou em profunda inflexão, com retração nos níveis de investimentos, produção e consumo. O mesmo ocorrendo com a oferta de emprego na indústria. Em 1999 o Brasil apresentava o mesmo percentual de empregos industriais - em relação ao mundial - que o apresentado em 1940.

Com o crescente desemprego os indicadores de pobreza e desigualdades sociais são potencializados e a lógica da transferência da renda dos pobres para os ricos fica evidenciada pelo ciclo da ciranda financeira. Enquanto a carga tributária, nos anos de 1990, subiu 10%, o rendimento do trabalho perdeu 9% de sua participação no total da renda nacional. Se em 1980 a renda do trabalho representava 50% de toda a renda nacional, em 2002 estava na casa dos 35%.

Esse achatamento da renda do trabalho volta a exigir mais procura por trabalho para a sobrevivência ou trabalho heterônomo. Nesse período o desemprego quadruplicou, tanto em função da retração da economia quanto por outros motivos tais como o avanço das horas extras; a busca de remuneração complementar para compensar o rebaixamento salarial; 3,2 milhões de brasileiros com duplo ou triplo trabalho; 6 milhões de aposentados e pensionistas laborando.


O autor prevê que no atual momento de retomada do crescimento, o país sinaliza para  uma nova realidade que é a expansão do agronegócio, a partir da agro energia. Para tanto precisa avançar em tecnologia com o fim, não somente, de elevar a produtividade, mas, principalmente de repassar equanimemente a toda população os benefícios desta alavancagem, com uma possível e efetiva participação do Estado no intuito de promover oportunidades também aos pequenos produtores e micro-usineiros. Pochmann ressalta,  ainda, que essa atividade não pode se restringir às forças do livre jogo do mercado, sob pena de pôr em risco a independência nacional.

O Brasil precisa constituir com um novo padrão de políticas públicas, uma espécie de Sistema Único de Inclusão Social, que compreenda um conjunto amplo de ações verticais nas três esferas governamentais, para permitir o  esenvolvimento de um novo modelo de gestão descentralizado, com a intersetorialização, articulação e integração de um amplo e inovador conjunto das políticas públicas orientadas para o enfrentamento da questão social brasileira.

Sobras
A pobreza absoluta e o analfabetismo que atingiam cerca de oito a cada dez brasileiros regrediram a mais da metade da população.

Após o regime militar, os novos ricos proprietários do capital portador de juros alcançaram centralidade na agenda nacional.

Mesmo tendo passado historicamente por distintos ciclos econômicos (cana de açúcar, ouro, café e industrialização) e diversos regimes políticos (império, república, ditadura e democracia), o padrão distributivo e a estrutura social carregam, ainda hoje, marcas de enorme anacronismo e conservadorismo selvagem.

Em busca da nossa emancipação econômica:

Reconhecimento de que as políticas de corte neoliberal foram responsáveis, em grande media, pela manutenção do baixo ritmo de expansão econômica;

Com a revisão no papel do Estado, empresas públicas foram privatizadas sem que a herança do subdesenvolvimento tenha sido abandonada.

Os ricaços de hoje dificilmente teriam o mesmo sucesso na vida não fosse a corrosão do caráter do homem público em meio ao avanço do submundo privado e da especulação financeira com o dinheiro público.

É por isso que há dificuldade de localizar nos ricos de hoje algum sentimento de missão com o qual o país possa se identificar.

Na toada deste modelo econômico comprometido com as altas finanças e distante de uma reforma tributária que atue progressivamente sobre os ricos, prossegue intocável o processo de enriquecimento improdutivo.

Ver também (além do PDF):  

APARTE - Inclusão Social em Debate  Márcio Pochmann Opiniões


Marcio Pochmann lança novo livro sobre desenvolvimento

Pochmann: A batalha pelo primeiro emprego + Qual Desenvolvimento? + E-trabalho

O emprego no desenvolvimento da nação




Ver o artigo do gráfico acima em: 

The American Dream (O Sonho Americano) é uma animação de 30 minutos, que mostra como os EUA e o mundo foram enganados pelos bancos e corporações.

Todos nós fomos afetados pelo capitalismo consumista, nos esforçamos para realizar o "sonho americano", propagandas que nos fazem buscar carros, roupas, casas para ostentar status social, nos obrigam a trabalhar em coisas inúteis que não produzem nada pra sociedade, pra comprar coisas que não precisamos.

Esse filme mostra por que o sonho está ficando cada vez mais distante.

O filme é um desenho por questões didáticas.

The American Dream [Legendado] (parte 1)

The American Dream [Legendado] (parte 2)

Esta animação é muito didática em demonstrar como INFLAÇÃO (gerada por Dívidas Públicas/Privadas) e IMPOSTOS nos ESCRAVIZAM ! A VERDADE nos libertará.

Obtido em::
O objetivo do Blog é informar as pessoas sobre os mais variados assuntos, os quais não se vê com frequência nas mídias convencionais e ajudar a esclarecer duvidas sobre a nossa complexa realidade. Não pedimos e nem esperamos que acreditem no que é apresentado aqui sem primeiro investigar por vocês mesmos, e nós insistimos que você o faça !
Busque informação e ajude a disseminá-la! Com informação vem conhecimento, com conhecimento sabedoria, a sabedoria lhe aproxima da verdade... e a verdade o libertará!



Capitalismo Parasitário - Definição e Estratégias

Uma paródia, com "qualidade duvidosa", mas que funciona como uma sátira da Ditadura Financeira.

Como no passado Planeta dos Macacos ridicularizou as Ditaduras Militares. 

 http://reflexeseconmicas.blogspot.com.br/2011/04/capitalismo-parasitario-definicao-e.html

 


Desenvolvimento sem trabalho (De Masi)

São Paulo: manicômio 18 milhões pessoas presas em seus veículos várias horas/dia.
Europa: PAIS TRABALHAM 10/12 HORAS/DIA E FILHOS NÃO CONSEGUEM TRABALHAR...


Mudaremos forma de DISTRIBUIR RIQUEZA QUE NOSSA INTELIGÊNCIA GEROU << ou >>
REPRISAREMOS (CRISES CAPITALISMO=EXCESSO PRODUÇÃO) velha fórmula:
“DESTRUIR EXCESSO CAPACIDADE PRODUTIVA” para manter OS MERCADOS FUNCIONANDO ??
Falar em “EXCESSO CAPACIDADE PRODUTIVA” é UM CRIME em um mundo onde 5 bilhões de pessoas tem carências básicas para sobrevivência !!