TRADUÇÃO
DE:
Is
Universal Basic Income the Answer to an Automated Future?
Publicado
em 12 de dezembro de 2016 | Destacado em: Big Ideas & Innovation,
Economy, Editor's Picks
[*]
CO-FOUNDER/VICE-CHAIRMAN at Human Longevity, Inc.
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Alguns
temem que os robôs e AI vão roubar os nossos empregos.
Eles
provavelmente vão (no curto prazo, pelo menos metade deles).
Se
isso acontecer, o que vamos fazer para ganhar a vida? Como é que
vamos ganhar dinheiro?
Neste
blog eu vou discutir uma das mais importantes soluções propostas
para a perda de emprego decorrente da automação - a noção de
"Renda Básica Universal " (algumas vezes chamada de
renda mínima garantida).
Em
específico, eu quero discutir:
1.
Previsões sobre perda de emprego
2.
O que é Renda Básica Universal? Quem a está experimentando?
3.
RBU funciona?
4.
Quais são as implicações?
Vamos
mergulhar.
1.
Previsões sobre perda de emprego
Em
2013, o Dr. Carl Benedikt Frey da Oxford Martin School estimou que 47
por cento dos postos de trabalho, nos EUA, estão "em risco"
de ser automatizados nos próximos 20 anos.
A
estimativa foi recentemente verificada por McKinsey & Company,
que sugere que 45 por cento dos postos de trabalho de hoje vão ser
automatizados usando tecnologias exponenciais, tais como aprendizagem
de máquina, inteligência artificial, robótica e impressão 3D.
O
conceito é chamado de desemprego tecnológico, e a maioria
das carreiras, de operários e agricultores até médicos e
advogados, são susceptíveis de ser afetadas.
O
impacto será, provavelmente, ainda mais grave no mundo em
desenvolvimento.
As
implicações esperadas, do desemprego tecnológico, variam
amplamente.
Indivíduos
como Ray Kurzweil e o capitalista de risco Marc Andreessen acreditam
que, enquanto os empregos de hoje irão perecer, novos empregos serão
criados pela tecnologia para substituí-los.
Outros
especialistas projetam que o desemprego tecnológico vai ser
maciçamente prejudicial para a sociedade.
Ainda
outros acreditam que a sociedade se adaptará, inicialmente por
constantemente desmonetizar nosso custo de vida e a seguir pela
implantação generalizada da "renda básica universal."
(NOTA:
No caso de você não ter lido, em um blog anterior, cobri, em
detalhes, como estamos no processo de massivamente demonetizing
the cost of living.)
2.
O que é Renda Básica Universal? Quem a está experimentando?
Renda
Básica Universal (RBU) é uma política em que todos os cidadãos de
um país recebem, regularmente, uma soma incondicional de dinheiro,
seja a partir de um governo ou alguma outra instituição pública,
em adição a quaisquer rendimentos recebidos por outros meios.
A
motivação central da RBU - tratar de males sociais, dando às
pessoas dinheiro "grátis" - certamente não é uma ideia
nova.
Para
alguma perspectiva, Thomas Paine delineou um plano, em seu ensaio, de
1797, "Justiça Agrária" para criar um fundo nacional
para a realização de pagamentos de 15 libras esterlinas para cada
adulto maior de 21 anos ....
Hoje,
as experiências com RBU estão se espalhando por todo o mundo, da
Finlândia e Países Baixos até o Canadá e França.
Na
França, vários membros do Parlamento têm apoiado realizar uma
experiência, e o ministro das Finanças está receptivo a isto.
Na
última década, mais de oito países têm, formalmente, feito
experimentos com RBU. Aqui estão os três principais experimentos
ativos dignos de nota:
2.1
Finlândia: No início do próximo ano, o Governo
finlandês vai lançar um experimento em que um grupo aleatoriamente
selecionado de ~ 3.000 cidadãos já com subsídios de desemprego,
vão começar a receber uma renda básica mensal de 560 euros
(aproximadamente US $ 600.). Esta renda básica vai substituir os
seus benefícios existentes. O valor é o mesmo que o nível mínimo
atual garantido de apoio, da segurança social finlandesa. O estudo
piloto, acontecerá por dois anos, em 2017-2018, e tem como objetivo
avaliar se a renda básica pode ajudar a reduzir a pobreza, a
exclusão social e a burocracia, enquanto aumente a taxa de emprego.
2.2
Países Baixos: O governo local, da cidade
holandesa de Utrecht, pretende realizar um experimento que daria uma
renda mensal garantida para 250 cidadãos holandeses que atualmente
estão recebendo benefícios do governo. Um período de teste de dois
anos está previsto para começar em janeiro do próximo ano, e
alguns cidadãos de Utrecht e algumas cidades próximas receberão um
montante fixo de € 960 por mês (cerca de $ 1,100). A proposta
Utrecht - chamada de "Wat weten werkt", ou "saber o
que funciona" - inclui seis grupos de teste, e os membros, em
cada um, receberão valores ligeiramente diferentes, em condições
ligeiramente diferentes. Em adição, ao grupo que receberá € 960
por mês, sem quaisquer obrigações de trabalho, há um grupo ao
qual será dado isso, mais um adicional de € 150 no final do mês,
se eles fornecerem serviços voluntários, tais como fazer trabalho
de manutenção em pátios escolares.
2.3
Índia: Mais de 350 milhões de pessoas (cerca de 30%
da população) permanecem abaixo da linha de pobreza, após duas
décadas de alto crescimento econômico. Nesse contexto, em 2011, a
Índia lançou dois projetos pilotos para testar o impacto de
subsídios de renda básica, financiados pela UNICEF, com SEWA como
coordenadora. Em oito aldeias em Madhya Pradesh, a cada homem, mulher
e criança foi fornecido um pagamento mensal de, inicialmente, 200
rúpias para cada adulto e 100 rúpias para cada criança, pagos à
mãe ou tutor; Estes foram posteriormente aumentados para 300 e 150,
respectivamente. Eles também experimentaram um esquema semelhante,
em uma aldeia tribal, onde, durante 12 meses, a cada adulto foi pago
300 rúpias, por mês e, para cada criança, 150. Outra aldeia tribal
foi usada como uma comparação. O dinheiro foi pago individualmente,
inicialmente como dinheiro e depois de três meses em contas
bancárias ou de cooperativas.
Em
janeiro, Sam Altman, presidente da Y Combinator, anunciou que o fundo
de startup, sediado em San Francisco, estava organizando um estudo de
renda básica nos EUA.
3.
RBU funciona?
Embora
a implementação da RBU, em escala, ainda esteja em seus primeiros
dias, os resultados são promissores.
Os
primeiros resultados no experimento da Índia mostram que anutrição
foi melhorada, conforme medido pelo peso-médio-para-idade das
crianças (Organização Mundial da Saúde, z-score), e mais ainda
entre as meninas.
No
mesmo estudo, os subsídios da RBU levaram a mais trabalho, e não
menos, como esperado pelos céticos.
Houve
uma mudança do trabalho assalariado casual para mais atividades
agrícolas e negócios, por conta própria, com menos migração
orientada por dificuldades, para fora da região.
As
mulheres ganharam mais do que os homens.
Dito
isto, o estudo de caso mais convincente demonstrando como a renda
básica universal poderia funcionar vem de uma pequena cidade no
Canadá.
De
1974 a 1979, o governo canadense, em parceria com a província de
Manitoba executou um experimento sobre a ideia de proporcionar uma
renda mínima para os moradores, chamada MINCOME.
MINCOME
era um rendimento anual garantido, oferecido a todas as famílias
elegíveis, em Dauphin, uma cidade da pradaria, de cerca de 10.000
habitantes, e um número menor de residentes em Winnipeg e algumas
comunidades rurais da província.
Então,
o que aconteceu com as famílias recebendo MINCOME?
-
Tiveram menos hospitalizações
-
Tiveram menos acidentes e lesões
-
Internações de saúde mental cairam dramaticamente
-
As taxas de conclusão do ensino médio aumentaram
-
Jovens garotas adolescentes foram menos propensas a dar à luz antes
dos 25 anos, e quando o fizeram, elas tiveram menos filhos
O
programa elevou a maioria dos beneficiários acima da linha da
pobreza do Canadá.
E
os efeitos sobre o emprego, em Dauphin, foram modestos. Para
assalariados primários - aqueles com empregos de tempo integral -
não houve praticamente nenhum declínio no trabalho.
Essencialmente,
ninguém abandonou seus empregos.
O
dinheiro do governo aliviou a ansiedade econômica das famílias,
permitindo-lhes investir em sua saúde e planejar para um horizonte
mais longo.
MINCOME
agora está servindo como inspiração para o retorno da renda básica
no Canadá.
Em
seu orçamento de 2016, o governo da província de Ontário anunciou
planos para realizar um piloto de renda básica neste ano.
4.
Quais são as implicações?
Estou
bastante confiante de que no futuro próximo, conforme a tecnologia
continuar a eliminar postos de trabalho tradicionais e maciça nova
riqueza for criada, vamos ver alguma versão de renda básica
universal implantada em larga escala.
Enquanto
eu acho que as implicações da RBU são, na sua maioria, positivas,
há certamente muitas complexidades associadas com a sua
implementação.
Há
ainda muitas questões que permanecem sem resposta - de onde virá o
dinheiro adicional? De impostos?
RBU
provocará problemas que não podemos antecipar ou criará mais
conflitos do que resolverá?
Os
governos reagirão com rapidez suficiente, dado o ritmo da inovação
e automação tecnologica? É realmente uma solução para o
desemprego tecnológico? Ou nós ainda teremos que passar por um
período turbulento, violento, enquanto nós redistribuímos nosso
trabalho, em um mundo de robôs e IA [N.T. Inteligência Artificial]?
No
mínimo, eu acredito que, com a diminuição em custos de vida, RBU
será uma das muitas ferramentas que permitirão a auto-realização
em massa - mais pessoas serão capazes de seguir suas paixões, ser
mais criativas, e dedicar mais tempo a atividades de ordem superior,
pessoalmente gratificantes.
Quando
isso acontecer, nós estaremos um passo mais perto de um mundo de
abundância.
Junte-se
a mim
As
implicações e oportunidades desta próxima década para os
empreendedores são enormes.
Este
é o tipo de conversa que exploramos em minha comunidade on-line
exclusiva de arrojados inovadores, com espírito de abundância,
chamada Abundance 360 Digital (A360D).
A360D
é minha 'onramp' ['rampa de lançamento'?] para os empreendedores
exponenciais - aqueles que querem se envolver e jogar em um nível
mais elevado.
P.
S. Toda semana eu preparo um "Blog Tech" como este. Se você
quiser se inscrever, acesse Diamandis.com e se inscrever para este e
Abundance Insider.
P.P.S.
Meu querido amigo Dan Sullivan e eu tenho um podcast chamado
Exponential Wisdom [Sabedoria Exponencial]. Nossas conversas se
concentram sobre as tecnologias exponenciais criando abundância, a
colaboração em tecnologia humana, e empreendedorismo. Visite aqui
para escutar e subscrever: a360.com/podcast
VER
TAMBÉM:
Como pagar a renda básica universal - A renda universal pode vir de ativos universais
QUATINGA VELHO E O BOLSA-FAMILIA, HOJE E AMANHÃ
-
minha carta de agradecimento e esclarecimentos públicos sobre o
futuro de Quatinga Velho;
-
e apresentação dos fundamentos para o salto da teoria à prática
da renda básica, com projetos pequenos, independentes, replicáveis,
e escalonáveis em redes sem fronteiras.
-
Como conclusão, apresento ainda um novo exemplo de modelo prático
[para] a
realização do que proponho.
(...)
Qual minha proposta
concreta para novas experiências, não só em países em
desenvolvimento, mas em todo e qualquer lugar do mundo?
Contudo,
para quem não se interessa por nenhuma destas respostas ou
histórias, não quer saber nada de Brasil, ReCivitas, Quatinga Velho
nem muito menos Bolsa-família, só quer saber o que precisa para
fazer a Renda Básica acontecer, mesmo sem apoio político ou pouco
recursos financeiros, e não importa se para 10, 100 ou 1 milhão,
desde que seja concreta e verdadeira. Então pule os agradecimentos e
o Bolsa-Família e vá direto para a Conclusão: O novo modelo de
Quatinga Velho.
Nele
não só falo de como fazer o salto da tese à prática, mas trago o
mais recente exemplo de tudo que estou falando. E espero que seja
para todos nossos apoiadores e parceiros uma boa notícia: