sábado, 8 de fevereiro de 2014

Os PIORES ASSASSINOS DA HUMANIDADE são aqueles que ensinam a OBEDECER ao invés de PENSAR. Desarmam as futuras vitimas da arma de sobrevivência humana: A MENTE

O rapaz não tinha mais forças para sorrir, porém era como se houvesse um sorriso em seu olhar – ele olhava para aquilo que, sem saber, tinha passado toda a sua curta vida buscando, como buscava a imagem daquilo que ele não sabia que eram os seus valores.

Então sua cabeça caiu para trás. Não houve nenhuma convulsão em seu rosto, apenas sua boca relaxou, assumindo uma expressão de serenidade, porém houve uma breve convulsão em seu corpo, como um último grito de protesto. Rearden prosseguiu lentamente, sem mudar o passo, muito embora soubesse que não era mais necessário ter cautela, porque o que levava nos braços era agora aquilo que os professores do rapaz julgavam que o homem fosse: um aglomerado de substâncias químicas.

Rearden caminhava como se esse fosse o seu último tributo, como se fosse isso o funeral daquela jovem vida que expirara em seus braços. Sentia uma raiva intensa demais para ser identificada senão como uma pressão dentro de si: era desejo de matar.

O desejo não se dirigia contra o brutamontes desconhecido que dera um tiro no rapaz, nem contra os burocratas saqueadores que o haviam contratado para cometer aquele crime, e sim contra os professores do rapaz que o haviam entregue, desarmado, à arma do brutamontes – aos suaves e confortáveis assassinos das salas de aula das universidades, os quais, incapazes de responder a perguntas que buscavam a razão, tinham prazer em deformar as jovens mentes entregues a seus cuidados.

Em algum lugar, pensou ele, está a mãe deste rapaz, que se desdobrara em cuidados quando ele dera os primeiros passos, que medira seus remédios gota a gota com a cautela de um relojoeiro, que obedecera com um fervor fanático às mais recentes opiniões dos cientistas a respeito de alimentação e higiene, protegendo seu corpo indefeso dos germes – então o enviara a uma faculdade para ser transformado num neurótico cheio de angústia por homens que lhe ensinaram que ele não possuía uma mente e que jamais deveria tentar pensar. Se ela lhe houvesse dado esterco para comer, pensou ele, se houvesse misturado veneno à sua comida, teria sido muito melhor, muito menos fatal.

Rearden pensou em todas as espécies de seres que ensinam a seus filhotes a arte da sobrevivência – os gatos que ensinam os gatinhos a caçar, as aves que se esforçam tanto para fazer com que seus filhotes aprendam a voar –, e no entanto o homem, cuja sobrevivência depende de sua mente, não apenas não ensina seus filhos a pensar como também dá a eles uma educação que visa destruir seus cérebros, convencê-los de que o pensamento é fútil e malévolo, antes mesmo que eles comecem a pensar.

Desde as primeiras frases feitas ditas a uma criança até a última, o efeito é como o de uma série de choques que têm como objetivo imobilizar seu motor e minar a força de sua consciência. “Não faça tantas perguntas. Criança só deve falar quando alguém lhe pergunta algo!” “Quem é você para pensar? É porque eu digo que é!” “Não discuta, obedeça!” “Não tente entender, acredite!” “Não se rebele, conforme-se!” “Não se destaque, adapte-se!” “Seu coração é mais importante do que seu cérebro!” “Quem é você para saber? Seus pais é que sabem!” “Quem é você para saber? A sociedade é que sabe!” “Quem é você para saber? Os burocratas é que sabem!” “Quem é você para protestar? Todos os valores são relativos!” “Quem é você para querer escapar da bala de um assassino? Isso não passa de um preconceito pessoal!”

Os homens ficariam horrorizados, pensou Rearden, se vissem uma ave fêmea arrancando as penas do filhote e depois o empurrando para fora do ninho para que ele lutasse pela sobrevivência – porém era isso que eles faziam com os filhos.

Munido apenas de frases sem sentido, este rapaz fora lançado na luta pela sobrevivência, havia tateado e cambaleado durante um breve esforço fadado ao fracasso, gritara em protesto, confuso e indignado, e havia perecido na sua primeira tentativa de voar com suas asas estropiadas.

Antes existia uma raça diferente de professores, pensou ele, a qual havia formado os homens que criaram aquela nação. As mães deviam procurar de joelhos homens como Hugh Akston, para encontrá-los e implorar que voltassem.

Trecho extraído das páginas 890 - 891 de A Revolta de Atlas

“A Revolta de Atlas”, de Ayn Rand


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Alguns motivos para você ler “A Revolta de Atlas”, de Ayn Rand

A "Revolta de Atlas", de Ayn Rand, foi considerado o 2º livro mais influente da História. Eis outros motivos para lê-lo

http://www.administradores.com.br/artigos/entretenimento/alguns-motivos-para-voce-ler-a-revolta-de-atlas-de-ayn-rand/70181/



Para Ayn Rand, criadores e inovadores são heróis. Carregam o mundo nas costas, assim como Atlas da mitologia.
https://www.facebook.com/arevoltadeatlas/info


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