domingo, 29 de janeiro de 2012

A Privataria Tucana - 1a. edição, lançada em 09/12/2011 já está em sua quinta reimpressão - Com 120 mil exemplares vendidos, chegou ao topo da lista geral de vendas da primeira semana do ano 2012. Será apurada a verdade?

A Privataria Tucana - 1a. edição, lançada em 09/12/2011 já está em sua quinta reimpressão - Com 120 mil exemplares vendidos, chegou ao topo da lista geral de vendas da primeira semana do ano 2012. Será apurada a verdade?
 


A Privataria Tucana

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A Privataria Tucana
A Privataria Tucana
Capa do livro
Autor (es)
Título no Brasil
A Privataria Tucana
País
Assunto
Reportagem-denúncia
Género
política, jornalismo
Editora
Lançamento
Páginas
344
978-85-61501-98-3
A Privataria Tucana é um livro de autoria do jornalista brasileiro Amaury Ribeiro Jr.[1] resultante de 12 anos de investigação jornalística sobre a chamada "Era das Privatizações", ocorrida no governo Fernando Henrique Cardoso(FHC), sob o comando do então Ministro do Planejamento José Serra, ex-governador do Estado de São Paulo. A expressão que deu origem ao título do livro,“privataria”, foi criada pelo jornalista Elio Gaspari, referindo-se à nebulosidade que envolvia as operações de privatização e ligando ao termo pirataria. Amaury Ribeiro Jr. resolveu utilizá-la pela adequação aos atos que qualificou como pirataria, que teriam sido praticados ao longo do processo de privatizações, envolvendo dinheiro público, em benefício de fortunas pessoais e realizadas por meio das chamadasoffshores, empresas de fachada que operam em Paraísos Fiscais no Caribe.[2][3]


Índice

 [esconder

Sinopse

O livro aponta o modus operandi de um suposto esquema de corrupção montado no governo de Fernando Henrique Cardoso por ocasião das privatizações. O livro é uma reportagem investigativa de 200 páginas de texto, apoiada em mais de 140 páginas de facsimile de documentos comprobatórios, todos oficiais, solicitados por ele em juntas comerciais, cartórios, no Ministério Público e na Justiça, autenticados e com firma reconhecida.


O autor do livro descreve, passo a passo, a trajetória que o dinheiro ilícito faz, das empresas Offshore (empresas ou contas anônimas criadas em paraísos fiscais) a empresas de fachadas no Brasil e comprova, apresentando documentos, que foram praticados negócios financeiros vultosos envolvendo grandes corporações financeiras, durante o processo das privatizações. O jornalista autor do livro acusa o envolvimento e a conivência de parte dos meios de comunicação, crimes de corrupção ativa e passiva, favorecimento ilegal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, invasão de privacidade, vazamento de dados tributários, tudo associado ao desvio de dezenas de bilhões de dólares dos cofres públicos.[4]A trajetória do dinheiro ilícito ao voltar ao Brasil, segundo os documentos apresentados no livro, é inserido nas fortunas pessoais do grupo ligado a Serra[5].


O autor revela que iniciou as investigações sobre lavagem de dinheiro quando fazia uma reportagem sobre o narcotráfico, a serviço do Correio Braziliense (CB). Depois de sofrer um atentado, foi transferido para o jornal O Estado de Minas, do mesmo grupo do CB, e lá incumbido de investigar uma suposta rede de espionagem mantida por José Serra.[6] Era o primeiro passo para a investigação sobre o esquema de desvio de verbas públicas e de lavagemde dinheiro denunciados no livro.


Os documentos apresentados no livro demonstram como teria funcionado o suposto esquema de propinas e delavagem de dinheiro durante as privatizações. Através do envio do dinheiro para empresas offshores no paraíso fiscalnas Ilhas Virgens, o dinheiro retornava ao Brasil, "lavado" como "investimento estrangeiro". O autor apurou, partindo de pistas deixadas pelo dinheiro, que eram os mesmos nomes que assinavam os dois lados da operação: como procurador da offshore do Caribe que "investia" no Brasil e como dono da empresa brasileira receptora do suposto investimento estrangeiro. O esquema envolveria nomes como Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-tesoureiro das campanhas de FHC e José Serra do PSDB, descrito por Amaury Ribeiro Jr. na página 38 como "o chefe da lavanderia do tucanato"), Carlos JereissatiJosé Serra, sua filha Verônica Serra e o marido, Alexandre Bourgeois, além de empresas como a Oi (na época Telemar), IConexa, Citco Building, Andover, Westschester, Decidir.com, Inc da filha de Serra em sociedade com Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dentre outros. Para se demonstrar o montante de dinheiro envolvido nestas supostas transações, entre 1998 e 2002, Gregório Preciado, marido de uma prima de José Serra, teria depositado 2,5 bilhões de dólares na conta de Ricardo Sérgio de Oliveira[7]. Este modus operandi de lavagem de dinheiro também teria sido utilizado por Paulo MalufRicardo Teixeira[8], a quadrilha da advogada Jorgina de Freitas que fraudou a previdência em R$1 bilhão e Paulo Henrique Cardoso[9], filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.


Ricardo Sergio [10], segundo o livro/reportagem, por ser um banqueiro de larga experiência, foi o arquiteto do esquema que inseria dinheiro de origem duvidosa no Brasil, lançando mão de empresas Offshore nas ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal. Os documentos, obtidos legalmente, demonstram que Alexandre Bourgeois, genro de José Serra, abriu duas empresas offshores, imediatamente após as privatizações: a Vex Capital e a IConexa Inc[11]. Era o mesmo endereço da Decidir – empresa de Verônica Dantas (irmã do banqueiro Daniel Dantas) e Verônica Serra (filha do ex-governador José Serra)[12].


O livro "A Privataria Tucana" conta ainda, na página 25, detalhes de como Serra, desde o seu período à frente do Ministério da Saúde, teria se utilizado do serviços de arapongas, pagos com dinheiro público, para criar dossiês contra adversários políticos[13]. E de como Verônica serra e a irmã do Daniel Dantas, Verônica Dantas, teriam quebrado o sigilo de aproximadamente 60 milhões de brasileiros pela obtenção de informações privilegiadas dentro do governo[14]. O grupo de Serra faria grande uso da tática da contra-inteligência, isto é, manobras diversionistas, antecipação e esvaziamento de possíveis denúncias, vitimização perante a opinião pública[15]. O livro também destaca como adversários políticos do mesmo partido praticaram guerras de espionagem e contra-espionagem entre si nos bastidores, tanto no PSDB (no caso, entre José Serra e Aécio Neves no capitulo 2) como no PT (entreFernando Pimentel e Rui Falcão no capítulo 16).


Produção e publicação

A ideia do livro surgiu em 2009, quando Aécio e Serra disputavam acirradamente a indicação tucana para concorrer à presidência. O mineiro defendia prévias e o paulista se colocava como “o primeiro da fila”. O jornal Estado de S. Paulo, articulado com José Serra, publicou um texto intitulado “Pó pará, governador?” [16] que insinuava, já no título, que Aécio seria um cocainômano e que, portanto, não poderia sonhar com a presidência. 


Amaury já havia sido transferido para Belo Horizonte e foi incumbido pelo dono do jornal Estado de Minas, Álvaro Teixeira da Costa, de produzir reportagem em resposta a "São Paulo" (referência as mídias do estado de São Paulo polarizada com o PSDB, que não é a opinião da população).[17] Amaury sugeriu, então, que se investigassem as privatizações, pela fragilidade que as conexões com desvio de verbas públicas provocava em Serra. A investigação o levou a encontrar as contas usadas por Ricardo Sérgio, Alexandre Bourgeois e pela filha de Serra, Verônica Serra.[18]


Foi em ação judicial onde Amaury Ribeiro Junior era réu que ele obteve grande parte dos documentos constantes no livro. Uma reportagem na revista “Istoé”, na qual mencionava Ricardo Sergio, motivou o ex-caixa de campanha de Serra e FHC a entrar com o processo judicial contra o jornalista. Para se defender, o autor recorreu ao instrumento judicial, conhecido como “exceção da verdade”, que obrigou a entrega de documentos da CPI do Banestado a Amaury, fato que contribuiu muito para a investigação jornalística seguir a trilha do dinheiro das privatizações que comprovam as movimentações feitas entre os envolvidos.


O autor conta que o título inicial seria "No Porões da Privataria"; depois pensou em "Os Privatas do Caribe", em alusão aos paraísos fiscais no Caribe, mas desistiu-se desse segundo para evitar confusão com o filme "Piratas do Caribe". São 344 páginas, mais de 140 de documentos recolhidos no Brasil e Estados Unidos - muitos originários daCPI do Banestado - em juntas comerciais e em paraísos fiscais, dividido em 16 capítulos. Foram 12 anos de produção do livro até chegar às livrarias.[19]


A primeira edição, de 15 mil exemplares, esgotou-se no dia do lançamento, 9 de dezembro. No dia 12, a Geração Editorial decidiu reimprimir 30 mil. No dia 14 de dezembroLuiz Fernando Emediato, da Geração Editorial, subiu para 80 mil cópias[20]. O jornal O Estado de S.Paulo noticiou apenas no dia 15 de dezembro, depois de ampla repercussão em blogs e redes sociais. A notícia de que "...15 mil exemplares vendidos em menos de uma semana,..." já estava defasada.[21]


Repercussão e comentário

A grande imprensa brasileira ignorou o lançamento deste livro, mas ele teve uma enorme repercussão em blogs, identificados com a esquerda, e nas redes socias. O livro provocou uma grande reação negativa do PSDB e causou requerimento por uma comissão parlamentar de inquérito.


Cronologia

No dia 11 de dezembro de 2011, aparece a primeira manchete sobre o livro em língua inglesa: "Boycotted by Brazil's Mainstream Media Book on Opposition's Corruption Becomes Instant Bestseller. "[22] e no dia 22 de dezembro o livro está na capa do jornal argentino “Página 12″. [23]


No dia 13 de dezembro, a assim-dita grande midia continuou a ignorar o "best-seller" e o jornalista Gilberto Maringoni(Carta Maior) escreveu: " Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S. PauloO Estado de S. Paulo e outros. Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de “vaca amarela” ... " [24] O jornal "Folha de S. Paulo" quebrou o seu silêncio no dia 15 de dezembro, publicando a opinião do ex-governador:


"Trata-se de uma coleção de calúnias que vem de uma pessoa indiciada pela Polícia Federal. Isso é crime organizado fingindo ser jornalismo[25]"José Serra


No mesmo dia, a Folha de São Paulo publicou que: "Jornalista acusa tucanos de receber propina", que dá notícias sobre a repercussão do livro.[26]


O jornalista Luis Nassif, classificou a obra como "A reportagem investigativa da década".[27] Os jornalistas Luiz Carlos Azenha e Luis Fausto afirmaram que os 15 mil exemplares da 1ª edição foram esgotados no primeiro dia.[28][29]. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a cancelar um evento de autógrafos de seu novo livro de memórias[30], e cancelou todos seus eventos para o fim de ano, adiantando suas férias [31]. Como medida de comparação, o livro de não-ficção mais vendido no Brasil em 2011, "Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil", lançado em 2009 pelo jornalista Leandro Narloch, vendeu 71 mil cópias em todo o ano segundo o site Publish News.[32].


O jornalista Paulo Henrique Amorim — conhecido ferrenho opositor do PSDB — defende que o conteúdo do livro seria suficiente para que figuras como José Serra e Fernando Henrique Cardoso sejam presos, a exemplo de outros ex-presidentes latino-americanos que também comandaram privatizações fraudulentas em seus países, como Alberto Fujimori do PeruGonzalo Sánchez de Lozada da BolíviaCarlos Salinas de Gortari do México.


No dia 21 de dezembro, o autor do livro participou de um debate sobre "o silêncio da mídia" com o deputado federalProtógenes Queiroz (PCdoB-SP), autor do pedido de CPI sobre o tema, e o jornalista e blogueiro Paulo Henrique Amorim.[33]. Em sua edição online do mesmo dia, a revista Veja, da Editora Abril, publicou uma notícia sobre a obtenção por Protógenes, com base no livro, das assinaturas para a CPI.


No dia 23 de dezembro a matéria deixou existir [34] naquele espaço virtual. Desde o lançamento do livro, a revista Veja, que publica semanalmente uma lista dos livros mais vendidos e comenta os sucessos populares, não fez nenhuma resenha sobre a obra e barrou a matéria online sobre os reflexos políticos que ela está provocando. O silêncio generalizado dos veículos tradicionais de comunicação — exceção feita a uma crítica no jornal Folha de S. Paulo, em 15 de dezembro — perdurou por semanas. [35]


Passados 19 dias da chegada de "A Privataria Tucana" a livrarias do país, a publicação foi inserida na lista dos livros mais vendidos de não ficção da semana da Veja na internet, no dia 28 de dezembro.[36].


A Globo, no caderno, Prosa & Verso, colocou o livro em primeiro lugar, seguido em segundo pelo livro, Steve Jobs - A biografia[37]. Somente no dia 28 de dezembro, que a Globo publicou comentários sobre o conteudo do livro. Com o título "Querem impor a mordaça", Marco Antonio Villa afirma que “o panfleto de Amaury Ribeiro é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto". Nada foi comentado, no artigo, sobre as acusações de tucanos receberem propina, nem sobre a venda de 15 mil exemplares da 1ª edição do "best-seller".[38]


Fábio de Oliveira Ribeiro, no dia 3 de janeiro de 2012, foca na "importância do capítulo 16". Ribeiro justifica a importância dizendo que o capítulo 16 "(...)mostra aos interessados (especialmente aos jornalistas) como é perigoso deixar o campo jornalístico submergir inteiramente no campo político." Ele conclue que este capítulo do livro é exemplo de "...um poderoso paradigma que certamente ajudará a melhorar a atuação de policiais, jornalistas e políticos nas próximas eleições presidenciais..." [39]


"A privataria tucana", com 120 mil exemplares vendidos, chegou ao topo da lista geral de vendas da primeira semana do ano 2012. "Steve Jobs" e "As esganadas", de Jô Soares, fecharam em segundo e terceiro lugar, respectivamente.[40]


CPI da Privataria

No dia 15 de dezembro de 2011, O deputado federal Delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) conseguiu recolher as 171 assinaturas de deputados, necessárias para a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito CPI. Protógenes disse que a motivação veio do livro do jornalista Amaury Ribeiro Junior, que o deputado classificou como um “importante documento”. O presidente da Câmara dos DeputadosMarco Maia (PT-RS), recebeu um pedido de abertura de (CPI) para investigar o processo de privatizações realizado durante o governo Fernando Henrique, apurar os supostos casos de lavagem de dinheiro e a realização de uma audiência pública para debater as denúncias do livro.


Brizola Neto (PDT-RJ) foi à tribuna da Câmara e pediu ao seu partido mais assinaturas para o pedido de CPI apontando que “No livro, só de documentos, são mais de 100 páginas, que mostram claramente o que aconteceu durante o processo de privatizações do governo FHC e o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) pediu a realização de audiências públicas para apurar as denúncias feitas pelo jornalista. [41]


Os deputados Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), Antônio Imbassahy (PSDB-BA) e Fernando Francischini (PSDB-PR) surpreenderam aos lideres tucanos ao assinarem a CPI da Privataria.


Francischini, apesar do apelo de Fernando Henrique Cardoso para considerarem o livro como uma "coleção de calúnias" e "crime organizado fingindo ser jornalismo", esclareceu sua posição ao Jornal do Brasil, dizendo: "Acho que tudo deve ser investigado e, se as denúncias forem verdadeiras, os culpados devem ser punidos. Se provarem tudo o que estão falando, vou ser o primeiro a pedir punição. Ao mesmo tempo, se elas forem falsas, os responsáveis pelo livro terão que pagar". [42] No dia 16 de dezembro, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff afirmou não ter lido o livro e, segundo ela, "CPI é para caso extremo"[43].


Cristine Prestes opiniou no dia 2 de janeiro de 2012, no Valor Econômico, que apesar de muitos governistas terem assinado o pedido de CPI, "...ainda não se conhece o interesse do governo e do PT na instalação efetiva desta investigação.[44]


O desinteresse de ambos na abertura de uma investigação poderia ser explicado pela informação que consta da página 75 do livro: “Os arquivos ocultavam informações capazes de constranger tanto o governo Lula quanto o de FHC”.Cristine Prestes


O deputado Protógenes conseguiu o número de assinatura (186) suficientes para requerer a abertura da CPI. Mas ele disse que "A comissão só será mesmo aberta se houver pressão popular".[45]


No dia 21 de dezembro, Protógenes protocolou o pedido de abertura da CPI da Privataria. Logo depois, a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmera conferiu as assinaturas dos parlamentares que faziam o pedido e atestou a validade de 185 delas, 14 além da quantia mínima necessária para validar o requerimento. [46] O ex-governador, José Serra, disse que desconhecia a existência de pedido de CPI na Câmara para investigar veracidade das acusações contidas no livro, no dia 10 de janeiro. Mais tarde, no mesmo dia, ele qualificou como “palhaçada” o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito.[47]


Reação no PSDB

O ex-governador José Serra (PSDB-SP) falou que não leu, mas afirma que livro é um “lixo”. O senador Aécio Neves(PSDB-MG) também classificou a publicação como "literatura menor". [48]
Em uma nota, o ex- presidente, Fernando Henrique Cardoso, no dia 15 de dezembro, disse que o livro "É infâmia!".
(...)quero deixar registrado meu protesto e minha solidariedade às vítimas da infâmia e pedir à direção do PSDB, seus líderes, militantes e simpatizantes que reajam com indignação. Chega de assassinatos morais de inocentes. Se dúvidas houver, e nós não temos, que se apele à Justiça, nunca à infâmia.[49]. Fernando Henrique Cardoso


Em nota oficial, o PSDB classificou o livro como "uma eviana tentativa de atribuir irregularidades aos processos de privatização no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e acusa o Partido e os seus líderes de participar de ações criminosas" [50] O partido ainda reforça que as privatizações viabilizaram a modernização da economia brasileira, com investimentos em serviços essenciais e a geração de milhares de empregos, e que todas as privatições foram auditadas pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e outros órgãos de controle, onde nenhuma irregularidade foi constatada[51]. Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, declarou que entrará com um processo contra o jornalista e a editora que publicou a obra.


No dia 22 de dezembro, Verônica Allende Serra respondeu às acusações feitas a ela no livro. Ela colocou que são as"(...)insinuações e acusações totalmente falsas a meu respeito." e lembrou que se houve "...qualquer tipo de movimentação ilegal de recursos..." ela não esteve envolvida "nem remotamente":


"Não fui sócia de Verônica Dantas...Não fundamos empresa juntas, nem chegamos a nos conhecerVerônica Allende Serra


Sobre as insinuações e acusações que têm sido publicadas e republicadas, na imprensa escrita e eletrônica, ela disse que "Nunca fui ré em processo nem indiciada pela Polícia Federal; fui, isto sim, vítima dos crimes de pessoas hoje indiciadas." A nota de Verônica detalha a sua participação na empresa Decidir, segundo ela, em respeito a todas as normas legais em vigor.[52]


O governador do Estado do Rio, Sérgio Cabral Filho, saiu em defesa de FHC, no dia 30 de dezembro, sobre as denúncias sobre desvios bilionários durante o processo de privatização de empresa brasileiras.[53]
"O presidente Fernando Henrique fez muito bem ao Brasil ao abri-lo para investidores nacionais e estrangeiros, ao permitir, no caso da exploração do petróleo e do gás, a entrada de empresas nacionais e multinacionais, acabando com o monopólio da Petrobras, acabando com o monopólio da Telebrás(...)"Sérgio Cabral Filho


No dia 3 de dezembro, o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, que prometeu processar Amaury Ribeiro Jr., em entrevista à Rádio Folha, afirmou que o livro não passa de um “jogo publicitário” feito pela internet para enfraquecer a grande Imprensa. Disse o tucano que “Isso foi para diminuir o tamanho da imprensa na formação da opinião pública”. Sérgio Guerra classificou a publicação de "farsa” repleta de "calúnias", produzida com integrantes e agentes do PT.[54]


Referências

  1.  Dados bibliográficos Ribeiro Junior, Amaury / A privataria tucana / ‑‑ São Paulo :Geração Editorial, 2011. (Coleção história agora ; v. 5)
  2.  Serra tenta comprar estoque de livro-bomba publicado em 10 de dezembro de 2011 [[1]]
  3.  Aécio foge de polêmica com livro e Ciro Gomes publicado em 9 de dezembro de 2011 por Rafael Rodrigues no Jornal Bahia Noticias[[2]]
  4.  Aécio foge de polêmica com livro e Ciro Gomes publicado em 9 de dezembro de 2011 por Rafael Rodrigues no Jornal Bahia Noticias[[3]]
  5.  Serra tenta comprar estoque de livro-bomba publicado em 10 de dezembro de 2011 [[4]]
  6.  pág 20: Fui transferido do Correio Braziliense para o Estado de Minas, diário de Belo Horizonte do mesmo grupo. Longe de Brasília, troquei as pautas de polícia em favor das de política. Agora, o confronto não era entre os bandidos e a lei no faroeste caboclo do entorno. Não havia tiros, cadáveres ou sangue nas ruas. O embate era silencioso e sorrateiro nos desvãos da política e, principalmente, da baixa política. Esta coreografia de punhais no interior do ninho tucano envolvia as pré‑candidaturas de José Serra e de Aécio Neves à Presidência da República. Brasília, de novo, entrava na minha vida. E começava uma outra história.
  7.  Carta Capital,14 de Dezembro de 2011. nº 676, ano XVII, p.70-81
  8.  http://www.viomundo.com.br/denuncias/a-bomba-que-vai-estourar-no-colo-de-teixeira.html
  9.  http://www.tijolaco.com/do-paraiso-fiscal-ao-paraiso-sp-a-conexao-citco-phc/
  10.  Ricardo Sérgio de Oliveira é, além de homem de confiança de Serra, ex-funcionário do Citibank; ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil no governo FHC; que participou da elaboração da privatização da Telebrás; ex-tesoureiro de campanha de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e de José Serra.
  11.  Documento comprovatório da empresa Iconexa, pp. 265 a 274 (Ribeiro Junior, Amaury, 2011)
  12.  Documento comprovatório das ligações do grupo com o banco Opportunity e a rota do dinheiro, pp. 190 a 256 (Ribeiro junior, Amaury, 2011)
  13.  na pág. 25: "o trabalho de campo era liderado pelo funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Luiz Fernando Barcellos, conhecido como "agente Jardim".
  14.  Chega às livrarias ‘A Privataria tucana’, de Amaury Ribeiro Jr. CartaCapital relata o que há no livropublicado no dia 12 de dezembro de 2011 na Revista Carta Capital[[5]]
  15.  http://www.viomundo.com.br/denuncias/privataria-tucana-livro-de-amaury-ribeiro-jr-explica-poder-de-serra.html
  16.  http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090228/not_imp331197,0.php
  17.  na pág 24: "O que me pedem e o seguinte: descobrir quais são os arapongas que estariam no encalço do governador de Minas, Aécio Neves, durante seus discretos roteiros sentimentais pelo Rio de Janeiro. Segundo o relato, Aécio e vigiado e tem seus movimentos seguidos por agentes arregimentados por seu adversário na disputa dentro do PSDB pela pré candidatura a Presidência da Republica. O então governador paulista, Jose Serra, trabalhava nos bastidores para alijar o concorrente mineiro do páreo. De posse de um dossiê, Serra teria mandado um recado, por intermédio de seus emissários, para que Aécio jogasse a toalha. Ou seja, Serra, com seu estilo inconfundível, estaria chantageando o neto de Tancredo Neves"
  18.  Guerra Aécio/Serra abriu a caixa preta da "privataria" publicado no dia 9 de dezembro de 2011pelo jornalBrasil 247[[6]]
  19.  "A Privataria Tucana cai na Internet". Portal Vermelho. 13 de dezembro de 2011. (página da notícia visitada em 14/12/2011)
  20.  Com 80 mil cópias, 2ª edição de Privataria Tucana chega na sexta às livrarias por Conceição Lemes publicado no dia 14 de dezembro de 2011 [[7]]
  21.  Livro usa papéis da CPI do Banestado contra tucanos - Em 'A Privataria Tucana', Amaury Ribeiro, indiciado pela PF, mostra documento inédito sobre suposta evasão de divisas Artigo por DANIEL BRAMATTI publicado no dia 16 de dezembro de 2011 - O Estado de S.Paulo [[8]]
  22.  http://www.brazzil.com/component/content/article/240-december-2011/10541-boycotted-by-brazils-mainstream-media-book-on-oppositions-corruption-becomes-instant-bestseller.html
  23.  http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/privataria-tucana-e-destaque-na-imprensa-argentina-so-o-pig-nao-da.html
  24.  Midia não sabe o que fazer com “privataria” artigo publicado pelo JORNAL JÁ de Porto Alegre, no dia 13/12/11 [9]
  25.  Serra diz que livro é 'coleção de calúnias'; outros não comentam. artigo sem assinatura publicado no dia 15/12/2011 - [[10]]
  26.  Matéria Folha de São Paulo, seção Poder, caderno A, pág. 11, publicada em 15 de dezembro de 2011: "Jornalista acusa tucanos de receber propina", que dá notícias sobre a repercussão do livro.
  27.  "A reportagem investigativa da década" [[11]]
  28.  "Emediato: Esgotada primeira edição de Privataria Tucana" [[12]]
  29.  "Livro sobre privataria tucana está esgotado" [[13]]
  30.  "Privataria tucana cancela lançamento do livro de memórias de FHC" [[14]]
  31.  http://colunistas.ig.com.br/poderonline/2011/12/12/fhc-antecipa-as-ferias/#comment-122319
  32.  "Lista de mais vendidos de 2011 | Em aberto" consultado em 12/12/2011 [[15]]
  33.  Privataria Tucana e o silêncio da mídia Publicado em 21/12/2011 por Anselmo Massad, Rede Brasil Atual[16]
  34.  [[17]]
  35.  Veja vai e volta, publica e despublica Privataria . artigo publicado em 23 de Dezembro de 2011 porPortoGente [[18]]
  36.  "A Privataria Tucana" entra na lista dos mais vendidos até da VejaArtigo publicado em 28/12/2011 pelaRedação da Rede Brasil Atual[[19]]
  37.  Arquivo da Agência O Globo [[20]]
  38.  "Querem impor a mordaça", Marco Antonio Villa, o Globo [[21]]
  39.  A importância do capítulo 16 - Por Fábio de Oliveira Ribeiro publicado no JORNAL DE DEBATES na edição 675 do Observatório da Imprensa no dia 3/1/12 [[22]]
  40.  120 mil exemplares: 'A privataria tucana' chega ao topo dos mais vendidos" [[23]]
  41.  "Privataria tucana": deputados pedem CPI e audiência pública na Câmara. artigo publicado no dia 13/12/11 pelo jornal [24]
  42.  Tucano defende CPI da Privataria: "É nosso dever investigar" artigo de Jorge Lourenço do Jornal do Brasil publicado no dia 15/12/11 [[25]]
  43.  Dilma diz que não leu A Privataria Tucana: “CPI se faz em caso extremo” Artigo publicado no jornalSul21[26]
  44.  Livro ameaça reabrir CPI inconclusa Por Cristine Prestes publicado no JORNAL DE DEBATES na edição 675 do Observatório da Imprensa no dia 3/1/12 [[27]]
  45.  Bastidores da República Publicado em 23 de dezembro de 2011 pela A TRIBUNA (Mato Grosso) [[28]]
  46.  Por Brasil de Fato, em seu editorial do dia 21/12/11
  47.  Raoni Scandiuzzi (10 de janeiro de 2012). Título não preenchido, favor adicionar. Rede Brasil Atual. Página visitada em 17 de janeiro de 2012.
  48.  Serra chama de 'lixo' livro sobre privatizações artigo publicado no dia 13 de dezembro de 2011 no Jornal "Diário do Grande ABC" [[29]]
  49.  Em nota, FHC apoia Serra contra livro: "É infâmia" Publicado no Jornal do Brasil, dia 15/12/11 [[30]]
  50.  Para PSDB, PT está por trás de livro que denuncia fraudes nas privatizaçõesestadão.com.br. 15 dez. 2011
  51.  Nota oficial - PSDB. 15 dez. 2011.
  52.  Em nota, filha de Serra rebate acusações de livro sobre privatizaçõesFolha de São Paulo (27 de dezembro de 2011). Página visitada em 17 de janeiro de 2012.
  53.  Eleonora de Lucena; Paula Cesarino Costa (30 de dezembro de 2011). 'Discurso contra privatização tucana é bobagem', diz CabralFolha de São Paulo. Página visitada em 17 de janeiro de 2012.
  54.  A Privataria Tucana é um jogo publicitário. Publicado em 3 de Janeiro de 2012 pelo PortoGente [[31]]

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Ligações externas

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Offshore (paraíso fiscal)

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Chamam-se popularmente de offshores as contas e empresas abertas em paraísos fiscais, geralmente com o intuito de pagar-se menos imposto do que no seu país de origem. Como a grande maioria dos países que permitem a criação desse tipo de empresa anônima — ou a abertura desse tipo de contas bancárias anônimas — fica em ilhas, (tais como as BermudaJerseyIlhas Cayman, etc.), por extensão de sentido, esse tipo de empresa anônima ou de conta bancária anônima passou a ser chamado de offshore, embora alguns países continentais, como o Grão-Ducado do Luxemburgo [1] ou o Principado de Mônaco também as permitam, usando esquemas legais diferentes, porém de resultados equivalentes.


OFFSHORE - Offshore é quando uma empresa se estabelece em outro país. Uma "offshore company" é uma entidade situada no exterior, sujeita a um regime legal diferente de "extraterritorial" em relação ao país de domicílio de seus associados.


O termo vem dos tempos dos corsários que saqueavam os mares e depositavam a pilhagem off-shore (fora da costa).

Essas contas são abertas nos países de legislação de origem britânica usando-se um conceito jurídico de trustoriginário da common law inglesa, que foi trazido para a Inglaterra pelos cruzados, que aprenderam o conceito de"waqf" islâmico, pelo qual é feito um contrato (trust instrument ou deed of trust), através do qual a propriedade (inclusive imobiliária, tangível e intangível) de um bem passa para o nome de uma outra pessoa (ou pessoas, ou organizações), em benefício de outrem, e nos países que adotam o Direito Romano usa-se como artifício para assegurar o anonimato o conceito jurídico de Fundações. Assim, nos países que adotam a common law os trustees é que detêm o título legal de propriedade, mas são obrigados a mantê-la e administrá-la em benefício de outrem, do beneficiário; nos países que adotam o Direito Romano a propriedade passa a pertencer a uma Fundação.


Nos países (paraísos fiscais) que permitem a operação desse tipo de trusts ou de Fundações, um Banco só tem conhecimento do nome dos trustees (administradores, uma espécie de procuradores) dessas contas ou dos gestores da Fundação, ignorando completamente quem seja o real beneficiário, ou o real dono, do dinheiro ali depositado. Assim é portanto impossível que venham a prestar informações sobre quem são os proprietários do dinheiro depositado nessas contas, mesmo que haja alguma determinação judicial nesse sentido: o Banco simplesmente não sabe. Desta forma o sigilo absoluto é garantido, e é impossível de ser quebrado.

O Papa Bento XVI

Segundo o jornal Times o Papa Bento XVI está preparando uma nova encíclica que terá um capítulo especial intitulado"Fraude e Fisco". Estabelecerá condenação moral aos fraudadores e aos paraísos fiscais que se abrem à ocultação de patrimônios ilícitos.
Na sua primeira encíclica, o papa Bento XVI já havia estabelecido como "moralmente inaceitável" a conduta de pessoas que transferem, para fraudar o fisco e deixar de recolher tributos, parte do seu patrimônio para paraísos fiscais ou zonas off-shore[2]
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigo principal: Paraíso fiscal
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.pngVer artigo principal: Trust Law (em inglês)

Referências

  1.  EU set to investigate Luxembourg's tax exemptions for multinationals. International herald Tribune, FEBRUARY 9, 2006
  2.  MAIEROVITCH, Wálter Fanganiello. Lavagem de Dinheiro e Paraísos Fiscais. Papa prepara encíclica.IBGF, 13 de agosto de 2007.
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