quinta-feira, 1 de maio de 2014

UTOPIA CRISTÃ de JUSTIÇA SOCIAL: José Herculano Pires - O Reino - CAPÍTULO 3: OS FRUTOS DA TERRA

CAPÍTULO 3
OS FRUTOS DA TERRA
 A Terra dá frutos. Há frutos silvestres e frutos cultivados pelo homem. Os frutos da Terra alimentam os filhos de Deus. Mas há homens que usam os frutos da Terra para enriquecer. É justo que haja riqueza na Terra e que os frutos da terra enriqueçam os homens. Deus não quer a pobreza, mas a riqueza.

Olhai para o Céu e vereis o tesouro de Deus semeado no Infinito. Olhai para as entranhas da Terra e vereis estrelas ocultas. Também elas são frutos da terra. Frutos que os homens extraem, colhendo-os nos misteriosos ramos de árvores subterrâneas. Esses frutos também produzem riquezas pessoais.

Deus quer que a riqueza se espalhe no Mundo. A riqueza é a herança de Deus e o apóstolo Paulo ensinou:
- somos herdeiros de deus e co-herdeiros de Cristo.

- Ai daquele que pretender empobrecer os homens e empobrecer a Terra. Este pequeno Mundo não foi lançado na rota dos Mundos para se tornar miserável, um mendigo do Espaço. Seu destino é a grandeza Universal, a glória do Infinito, a riqueza inumerável do Céu. Deus lhe concedeu um Sol de ouro e uma Lua de prata. E rodeou-o de uma rede cintilante de Estrelas. As torres do Reino apontam para esses tesouros, que são a herança dos homens.

O mensageiro do Reino me disse um dia:

- pensais que Deus é Deus de pobres e esfarrapados? Assim como as escrituras nos dizem que Ele não é Deus de mortos, mas de vivos, também nos mostram que ele é Deus de ricos e não de mendigos. Os mundos mais próximos de Deus são de maravilhosa riqueza, transbordantes de cintilações. Não vistes a descrição de Jerusalém Celeste no apocalipse? O Reino é rico, mas a riqueza do Reino é abundante e impessoal. O que faz a pobreza é a riqueza pessoal. Há um caruncho da alma: o egoísmo. Esse caruncho destrói a maior riqueza do Universo, que é o espírito, quando o homem se julga dono pessoal dos frutos da terra.

Lembrei-me do canto de Maria, que foi o prelúdio da proclamação de Nazaré. A suave Mãe do Jovem Carpinteiro exclama, referindo-se ao Senhor: - depôs do Trono os poderosos e elevou os humildes; encheu de bens os que tinham fome e despediu vazios os que eram ricos.

Não é a riqueza que é condenada, pois o Senhor a tira de uns para dá-la a outros, segundo a Justiça. E, segundo o Amor, remete à pobreza aqueles que devem conhecê-la melhor, para não se julgarem os privilegiados da Terra. Que são os bens, se não os frutos da Terra? Maria previu, na sua intuição humana de Mãe e na sua previsão Divina de espírito, a redistribuição dos frutos da Terra para que o Amor e a Justiça do Reino triunfem entre os homens.

A árvore que lança suas raízes ao solo e estende seus ramos aos ventos não dá frutos para este ou aquele, mas para todos. Vede uma árvore em estado de pureza, em estado natural, na mata ou no campo. Ela se enfeita de flores e se cobre de frutos para as aves, os animais e os homens, se os houver. Se os homens não a conhecerem, pouco importa. Porque os frutos da Terra não são dados apenas aos homens. Também os ventos se alimentam de pólens e folhas, arrancam os frutos maduros dos ramos e os semeiam na distância, para que os bichos aproveitem a sua polpa e o solo absorva as sementes, fazendo-as germinar. Que direito tem um homem de cercar uma árvore ou mais árvores, de torna-las suas escravas particulares, de arrebatar-lhes sistematicamente os frutos para transformá-los em riqueza pessoal? Os frutos devem saciar a fome dos famintos, alimentar as crianças e fortalecê-las para o futuro.

A riqueza dos frutos é para todos. A árvore é o gesto de Deus ensinando aos homens a eterna doação. Nada lhe pedem e ela tudo dá. Podia enrolar os frutos em cipós e escondê-los para si mesma, devorá-los em silêncio ou deixá-los morrer sem proveito entre as suas garras. Mas ela estende os ramos no Céu e a sombra na Terra. Distribui perfume e pólen aos ventos e oferece os seus frutos sem pedir recompensa. O Reino é cercado de árvores, de vastos arvoredos com flores e frutos, de pomares e jardins abertos para que todos possam desfrutá-los. Os filhos do Reino não estão sujeitos aos monopolizadores dos frutos.

O Jovem Carpinteiro ensinou um dia:

- o campo de um homem rico havia dado abundantes frutos e ele revolvia dentro de si estes pensamentos, dizendo: - que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? - e disse: - farei isto. Derrubarei os meus celeiros e construirei outros maiores. Neles recolherei tudo o que tenho e todos os meus frutos. E então poderei dizer a minha alma: tens muitos bens em depósito para muitos anos, ó alma minha! Descansa, come, bebe, regala-te! - mas Deus disse a esse pobre homem rico: - néscio! Esta noite te virão demandar a tua alma, e os frutos da terra que amontoaste e todos os teus bens para quem serão? - assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.

Os entesouradores pessoais organizam-se em associações, em trustes, em gigantescos monopólios. Pegam os frutos das árvores, os frutos minerais das entranhas da terra, os frutos aquáticos dos rios e dos mares, sugam os lençóis subterrâneos e as misteriosas jazidas que os séculos formaram, e de tudo isso fazem moedas ingênuas, doiradas ou prateadas, cintilantes de pureza, que transformam em instrumentos de suplício e de vício.

Os entesouradores pessoais se associam contra os pobres, dominam nações e povos, exploram multidões e se consideram benfeitores da Humanidade. Graças ao poder do dinheiro acumulado, o ingênuo e puro dinheiro que leva saúde ao doente e alimento ao faminto, mas que em suas mãos se transforma em lâminas do punhal assassino, derrubam governos, subvertem regimes, tripudiam sobre o direito das Gentes. Mas um dia alguém vem demandar-lhes a Alma néscia e apagar-lhes das gerações a odiosa memória, o exemplo corruptor.

Salomão vestiu-se de púrpura e ouro, mas apenas os cânticos que lhe atribuíram, pois nem isso era dele, conservaram sua memória entre os homens. E o Jovem Carpinteiro lembrou que as flores do campo se vestiam com maior riqueza e maior esplendor do que o Rei cantor. Os homens se inquietam pelo vestir e pelo comer, querem garantir o futuro com as escoras inúteis dos bens materiais. Mas o futuro do homem não está na matéria e sim no Espírito, porque o homem é espírito, é uma chama e não o corpo de lama, a vasilha frágil de argila em que a chama crepita. O futuro do Homem é o Reino. Ai dele quando não pode entrar pela porta estreita.

Por isso, o Jovem Carpinteiro ensinou:

- Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça, E tudo o mais vos será dado por acréscimo. Não temais, ó inquieto rebanho, pois foi do agrado do vosso pai dar-vos o seu reino. vendei o que possuis e dai-o aos pobres; provei-vos de bolsas de estrelas, que não se gastam com o tempo nem se consomem na morte; ajuntai o tesouro das coisas do céu, que não estão sujeitas ao ladrão, nem a ferrugem ou ás traças. Porque onde está o vosso tesouro, ali estará também vosso coração!

O mensageiro do Reino me disse, a respeito destas palavras:

- que fazeis ao ajuntar frutos e pedras da Terra? Quando a chama rompe a vasilha de barro, vossa Alma se evapora titubeante e incerta. Conheceis o fogo fátuo? Não sereis mais do que isso. Mas tereis a dolorosa consciência da vossa fragilidade, da vossa insegurança e da vossa inutilidade. Néscios! Os frutos e as pedras da Terra devem servir aos vossos corpos na medida do necessário, pois podeis convertê-los em Estrelas e Sóis pela magia do Espírito. Não existe mais bela alquimia. Sede os alquimistas da caridade!

Pensei nessas frases e disse a mim mesmo:

- Deus pôs as árvores na Terra carregadas de frutos materiais, mas sobre nossas cabeças estendeu também a fronde do Céu, carregada de frutos de luz. Por que havemos de preferir, para o nosso tesouro, os frutos efêmeros, em vez de guardar os que são eternos? Quando colho os frutos de uma árvore e os converto em moedas, cobrando ao faminto o preço exorbitante que deve me garantir o lucro, devolvo a pureza da polpa e o mistério das sementes à rigidez do metal. Mas quando tomo esses frutos e sacio com eles a fome das crianças pobres, transformo a polpa e as sementes em luz para o Reino de Deus.

O Jardim do Éden é o Jardim do Reino. A serpente que nele penetrou para tentar Eva estava aninhada no coração de Adão. A serpente, por si mesma, jamais poderia entrar lá. Mas como Deus concedeu a Adão o direito à liberdade, foi através dele que ela invadiu o Éden. Antes de comer a maçã, Adão e Eva já estavam condenados. A tentação não vem de fora, mas do próprio coração do homem. A alegoria Bíblica do Éden é a primeira referência das Escrituras ao mistério do Reino.

Mas ela mesma foi transformada, essa simples e encantadora referência, em motivo de ganância e exploração para os homens. Entretanto, como era de origem Divina, os homens não conseguiram corrompê-la. O Apóstolo Paulo lembraria mais tarde: - Se por um homem, Adão, fomos perdidos, também por um homem, o novo Adão, o Cristo, fomos salvos.

O mensageiro do Reino me explicou:

- A alegoria da perdição conduz a alegoria da salvação. O homem cometeu o pecado da desobediência ao comer a maçã da sabedoria, ao adquirir a Razão. Porque então se definiu como um Ego, como um Ser, e julgou-se semelhante a Deus. Nas fases primitivas da sua existência ele vagava no Éden, livre e puro dirigido pelos instintos como os demais seres. Depois que começou a raciocinar acreditou-se dono das coisas e dos seres. Quis possuir, entesourar, engrandecer-se aos próprios olhos e aos olhos dos outros. Foi então que fugiu de Deus e criou seu próprio mundo. Mas Deus o deixou em liberdade, amadurecendo na experiência e na dor. E por fim mandou-lhe o Jovem Carpinteiro para construir-lhe, com as taboas e os troncos das árvores, sempre generosas, a Tenda da Reconciliação.

Entendei as coisas em Espírito e Verdade e não vos enredeis no cipoal das letras.
Entremos na Tenda da Reconciliação, procurando de novo o Amor e a Justiça de Deus, e em breve estaremos de novo no Jardim do Éden. Passaremos alegres e leves pela porta estreita, que se abre como pequena brecha no grande Portal do Reino.

Façamos dos frutos da Terra o tesouro da nossa caridade permanente. Não entesouremos nada em prejuízo dos outros. Não roubemos. Sejamos capazes de imitar as árvores: De ramos abertos no Céu e sombra estendida na Terra.

O Reino começa em nosso coração.
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Obs.: Espero que este pequeno trecho estimule a leitura das 40 páginas desta obra:
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/diversosautores/OReino.pdf


Mais informações sobre este jornalista, filósofo, educador, parapsicólogo, escritor e tradutor brasileiro:



MESA: Homenagem ao Cem Anos de J. Herculano Pires


Que aconteceu no:


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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Orçamento 2014 => Saude: 4,11% - Educaçao: 3,49% - Transportes: 1,03% - Segurança Publica: 0,35% - Saneamento: 0,14% - Energia: 0.09% - Habitaçao: 0,02% => DINHEIRO TEM. MAS PARA ONDE VAI? - EXAME: Brasil é país com pior retorno dos impostos

Tributos | 16/04/2013 15:36  

Brasil é país com pior retorno dos impostos, diz IBPT
Entre os 30 países de maior carga tributária do mundo, Brasil é o que oferece o menor retorno em serviços públicos de qualidade, segundo estudo do IBPT





Aula Pública: Dívida Pública x Dívida Social | 02/04/2014
Ementa | Resumo: 
Aula aberta para expor as questões da dívida pública e da dívida social. Neste evento, será feita uma exposição das dívidas públicas municipal e estadual de São Paulo e das dívidas públicas federal. Comporão a mesa: Profa. Carmen Bressane - Coordenadora do Núcleo Paulista da Auditoria da Dívida Cidadã Profa. Lisete Arelaro - Diretora da Faculdade de Educação da USP

O vídeo da palestra e a apresentação (PowerPoint) serão disponibilizados aqui:

Faculdade de Educação – USP:






É POR DIREITOS! AUDITORIA DA DÍVIDA JÁ! – CONFIRA OS GRÁFICOS DO ORÇAMENTO DE 2014, 2013 E 2012


As imagens também precisam ser divulgadas via Mídias Sociais:

O debate sobre a dívida pública brasileira e os juros e amortizações pagos em função dela inexiste.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) resume a situação, grosseiramente, assim: os bancos mandam no governo, os bancos mandam na oposição, os bancos mandam na mídia.

Por isso, o debate sobre a dívida pública brasileira (de 2 trilhões de reais) e os juros e amortizações pagos em função dela (380 bilhões de reais em 2009) inexiste.
A partir da CPI da Dívida Pública, que teve baixíssima repercussão na mídia brasileira, Valente produziu um relatório de 870 páginas que apresentou ao Ministério Público Federal, propondo quehaja uma auditoria das irregularidades e ilegalidades. “A grande mídia não tinha interesse nesse debate”, afirmou.
Motivo? Qualquer debate sobre o assunto pode causar “instabilidade no consenso conservador” que se formou entre o governo Lula e a oposição.





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sábado, 15 de março de 2014

Eike Batista: exemplo de 'empresário' por ter amigos e não competência. Consequência: não gera riqueza prometida e DESTRÓI riqueza acumulada da sociedade (Poupança)

Ao longo do livro, que abrange toda a carreira do empresário, o autor compara, de forma crítica, informações contidas na autobiografia de Eike, e ressalta outras que foram omitidas ou pouco detalhadas. Para Leo, a crise do Grupo X é um caso empresarial sem precedentes no País. "Ele ensina muito sobre o capitalismo brasileiro e dá uma lição estrutural no mercado financeiro". (...)
No início, a sombra de Eliezer
Eike Batista abandonou os estudos, com pouco mais de vinte anos, para explorar ouro no Brasil como intermediário e de olho no preço recorde do metal.
Aos 24 anos, inaugurou seu modelo de negócios. Baseado em seu carisma e poder de convencimento, atraiu os primeiros investidores Aaron e Mendel, joalheiros no Rio de Janeiro, que lhe confiaram US$ 500 mil para comprar ouro em Itaituba, no Pará. Após ser "traído" por um sócio local, segundo ele, e perder todo o dinheiro, conseguiu fazer com que os empresários lhe confiassem mais US$ 500 mil.
Sergio Leo não conseguiu comprovar se Aaron e Mendel tinham relações ou foram atraídos pela fama do pai de Eike, Eliezer Batista, ex-presidente da Vale e ex-ministro de Minas e Energia. Mas, posteriormente, fica clara que a influência e rede de contatos de seu pai foram a verdadeira mina de ouro dada ao filho, na visão do autor.
A Paranapanema, que se tornaria sócia na primeira mina de Eike, adquirida com dinheiro que ganhou como intermediário, era de Otávio Lacombe, amigo de Eliezer desde o fim dos anos 1960, quando, juntos, ajudaram a fundar a Aracruz Celulose.
Posteriormente, Eike associou-se, em uma segunda mina, a Antônio Dias Leite Neto na empresa Companhia de Mineração e Participações. Leite Neto era filho do ex-ministro de Minas e Energia Antônio Dias Leite Júnior, que ajudaria Eliezer a abrir caminho para a criação da Aracruz Celulose. Ambos os pais faziam parte do conselho do negócio.
Leo ouviu, durante a apuração do livro, relatos de que Eliezer, ao longo da carreira do filho, buscou pessoalmente investidores para seus negócios. "Não seria surpreendente pensar que ele também fez isso no governo", conta. Desde as primeiras minas adquiridas, Eike já contava com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Ascensão e Queda do Império X (Editora Nova Fronteira)

Algumas lições que a sociedade pode aprender com este ‘Mito brasileiro de empresário’:
1.    Ao estimular 'empresários' que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, geralmente, cria-se um ambiente de negócios que dificulta / inviabiliza a vida dos empresários reais - aqueles que:

·         Percebem oportunidades (necessidades não atendidas).
·         Possuem, desenvolvem, ou organizam as capacidades (próprias ou de associados / colaboradores) para atender estas necessidades.
·         Constroem marcas – confiança dos consumidores em sua capacidade de fornecer bens e serviços de valor e confiança dos investidores de que serão capazes de restituir, com acréscimo, a poupança.

Dinheiro é meio de facilitação de trocas de bens e serviços.
Poupança (ações, títulos de dividas, etc.): retenção de dinheiro para trocas no tempo – entre o recebido pela entrega de bens e serviços, no passado, por bens e serviços desejados no futuro.
Alterações do valor do dinheiro (inflação, manipulação de taxas de câmbio, etc.) são apropriação indevida (ROUBO) dos direitos dos produtores de bens e serviços que possuem este dinheiro.

2.     'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, desviam a Poupança disponível de iniciativas úteis para Sociedade e, ao não produzirem os resultados prometidos, destroem esta poupança.

Segundo a consultoria Economática, apenas no primeiro trimestre de 2013, as seis companhias de capital aberto (ou seja, negociadas na bolsa) do empresário (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX) registraram um prejuízo total de R$ 1,154 bilhão, alta de 539% em relação ao mesmo período do ano passado.
Essas mesmas empresas tinham até o fim do ano passado uma dívida líquida de cerca de R$ 15 bilhões, de acordo com dados da Thomson Reuters.
Um levantamento do Valor Econômico mostrou que, juntas, as seis companhias perderam R$ 110 bilhões em valor de mercado desde seu melhor momento na bolsa até a cotação encerrada no final de junho.
As empresas têm hoje um valor de mercado aproximado de R$ 9 bilhões.
Já um cálculo feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que quem investiu R$ 5 mil na OGX em 2008, quando a empresa abriu seu capital, teria hoje somente pouco mais de R$ 200.
A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril Lynch, enviado a clientes.
Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.
Em seguida estão os privados Bradesco, Itaú Unibanco e BTG Pactual. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, Anne Milne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de R$ 9,4 bilhões às empresas do grupo X.
Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.   
                     O Estado de S.Paulo - 03 de julho de 2013 - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,bndes-e-caixa-entre-os-maiores-credores-de-eike,1049623,0.htm

3.    'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa, corrompem o Mercado Financeiro, que deixa de ser um Mecanismo de Realocação de Poupança entre a produção existente e a futura de bens e serviços. Torna-se um Cassino de Apostas em ‘empresas’ que aparentam ‘estar bem na foto’ da composição de interesses, em um dado momento. Não se analisa Fundamentos Econômicos (item 1) e, em função dos altos riscos, sem condição de serem administrados, passa-se a exigir retornos absurdos, em curtos períodos de tempo. Afinal as composições de interesses são muito voláteis...

4.    'Empresários', que o são por ter amigos e não por ter competência para iniciar e administrar uma empresa – ao dificultar / inviabilizar a vida dos empresários reais – diminuem a disponibilidade de riqueza (capacidade de produção de bens e serviços) de suas sociedades. Assim, colaboram para degradar a Qualidade de Vida (disponibilidade crescente, em qualidade e volume, de bens e serviços):

·         Alimentos
·         Bens de consumo (eletroeletrônicos, veículos, etc.)
·         Educação
·         Energia
·         Saúde
·         Transportes
·         Etc.
Ascensão e Queda do Império X (Editora Nova Fronteira):

Eike Batista sempre apregoou ter uma qualidade especial, “o dom de vender ideias”. E como duvidar dessa autopromoção? Afinal, era feita por um empresário que convenceu investidores de todas as latitudes a aportar bilhões e bilhões de dólares em empresas apresentadas apenas sob a forma de slides de PowerPoint e maquetes.
Neste livro, o jornalista Sergio Leo conta a saga das empresas “X” — a ascensão e a queda do império de Eike, a curta distância entre a tentativa de consolidação de um dos maiores conglomerados do Brasil e o protagonismo de um estridente fracasso.
Empreendedor nato e de notável sucesso, Eike Batista tinha como meta tornar-se o homem mais rico do mundo. Em pouco mais de um ano, US$34,5 bilhões viraram pó e ele mergulhou numa crise sem fim. Saiu do clube dos bilionários derrotado e desacreditado.
Desde os anos 1990, quando era eclipsado pelo aposto “o marido de Luma”, até a fundação de uma das mais impressionantes e feéricas sagas empresariais da história brasileira, Eike é o maior produto dele mesmo. Para o bem e para o mal.
Numa narrativa envolvente, com muitas histórias de bastidores e detalhes emocionantes, Sergio Leo descreve as jogadas de marketing do empresário, mostra como o superfaturamento das expectativas e a omissão de más notícias se combinavam com incríveis promessas, e relata as idiossincrasias, as manias e os fatos insólitos que ajudaram a esculpir e popularizar a imagem de um personagem na fronteira entre o excêntrico e o folclórico.
Com leveza e humor, o livro dá voz a quem perdeu junto com Eike e revela o verdadeiro mapa da mina que o empresário recebeu do pai, o ex-ministro e ex-presidente da então Vale do Rio Doce, Eliezer Batista. Descreve ainda os equívocos gerenciais que comprometeram irremediavelmente a saúde das suas empresas e as falhas no mercado de valores que lhe permitiram vender ilusões dispendiosas.

Como Eike, egocêntrico e vendedor de ilusões, afundou o Império X
iG analisa autobiografia lançada por ex-bilionário há dois anos e mostra os sonhos prometidos e o que de fato o "mito", como se auto-proclamou, entregou ao mercado
Paula Pacheco- iG São Paulo | 16/11/2013 11:00:00- Atualizada às 22/11/2013 14:01:57

"Eike foi um ilusionista", diz autor de livro sobre o empresário
"Ascensão e Queda do Império X" mostra que ex-bilionário enganou investidores; obra revela fracassos do começo de carreira e aponta a influência de Eliezer Batista, pai do ex-bilionário
Marília Almeida- iG São Paulo | 10/02/2014 06:00:00- Atualizada às 14/02/2014 19:06:01

Eike Batista: da ascensão à queda
Luís Guilherme Barrucho
Da BBC Brasil em São Paulo
Atualizado em 5 de julho, 2013 - 05:24 (Brasília) 08:24 GMT

G1: Infográficos – Ascensão e Queda de EIKE:

Eike é exemplo real dos personagens (representantes deste tipo de ‘empresários’) tão bem retratados por Ayn Rand, em seu livro de 1957 (!): A Revolta de Atlas. Para ler trechos deste livro, comentados por mim, ver:
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Quem cria o Mercado são os Produtores. Não os Consumidores. E tudo é criado na MENTE de alguém que sonha com a realização de algo.


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O lobo de Wall Street: para entender a Visão de Mundo, escrita por quem a viveu, de um viciado em Manipulação (o 'lado negro da Força (Poder)), Sexo e Drogas que representa muitos dos condutores da Globalização Financeira, os 'modernos adoradores do Bezerro de Ouro' (Papa Francisco I)


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Lido e recomendo: para entender a Visão de Mundo, escrita por quem a viveu, de um viciado em Manipulação (o 'lado negro da Força (Poder)), Sexo e Drogas que representa muitos dos condutores da Globalização Financeira, os 'modernos adoradores do Bezerro de Ouro' (Papa Francisco I)

Verdadeiro ou falso em 'O lobo de Wall Street'
Apesar de DiCaprio dizer que tudo o que aparece no filme aconteceu de fato com Jordan Belfort, há controvérsias. Confira aqui:


http://oglobo.globo.com/cultura/verdadeiro-ou-falso-em-lobo-de-wall-street-11375106#ixzz2vSgQqcQk


Papa Francisco: “O dinheiro destrói! É assim ou não?” 
Publicado: outubro 21, 2013 em Comportamento, Corrupção, Costumes, Cultura, Religião
http://andradetalis.wordpress.com/2013/10/21/papa-francisco-o-dinheiro-destroi-e-assim-ou-nao/

Tags:agiotagem bancária, agiotagem dos prestamistas, agiotas, bezerro de ouro, capitalismo selvagem, comedores de moedas, dinheiro de origem desconhecida, dinheiro fantasma, dinheiro invisível, dinheiro lavado, dinheiro na cueca, dinheiro na meia, dinheiro sem destino, dinheiro sujo, Francisco, ganância, ganância das multinacionais, indústria da morte, industriais da seca, Jesus, luxúria, luxo, mercadores do templo, Morte e vida severina, pirataria internacional, São Francisco de Assis, tirania do dinheiro, traficantes de moedas, tráfico de dinheiro 



O dinheiro é importante para ajudar o próximo. “A ganância, pensar só no dinheiro destrói as pessoas, destrói as famílias e as relações com os outros”. Foi o que disse o papa Francisco na missa da manhã desta segunda-feira, 21 de outubro, na capela da Casa Santa Marta. Comentando o Evangelho do dia, em que um homem pede a Jesus que ajude a resolver uma questão de herança com o seu irmão, o papa falou sobre a relação de cada pessoa com o dinheiro.

“Isso é um problema de todos os dias. Quantas famílias vemos destruídas pelo problema do dinheiro: irmão contra irmão; pai contra filho… E esta é a primeira consequência desse atitude de desejar dinheiro: destrói! Quando uma pessoa pensa no dinheiro, destrói a si mesma, destrói a família! O dinheiro destrói! É assim ou não? O dinheiro é necessário para levar avante coisas boas, projetos para desenvolver a humanidade, mas quando o coração só pensa nisso, destrói a pessoa”.

Ao recordar a parábola do homem rico, Francisco explicou a advertência de Jesus de que devemos nos manter afastados da ambição. “É isso que faz mal: a ambição na minha relação com o dinheiro. Ter mais, mais e mais… Isso leva à idolatria, destrói a relação com os outros! Não o dinheiro, mas a atitude que se chama ganância. Esta ganância também provoca doença… E no final – isso é o mais importante – a ambição é um instrumento da idolatria, porque vai na direção contrária àquela que Deus traçou para nós. São Paulo nos diz que Jesus Cristo, que era rico, se fez pobre para nos enriquecer. Este é o caminho de Deus: a humildade, o abaixar-se para servir. Ao contrário, a ambição nos leva para a estrada contrária: leva um pobre homem a fazer-se Deus pela vaidade. É a idolatria!”, disse o papa.


Sinopse:
http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-o-lobo-de-wall-street-legendado-online.html


O Lobo de Wall Street

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Lobo_de_Wall_Street

Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer.

O Lobo de Wall Street4 5 (no original em inglês The Wolf of Wall Street) é um filme estadunidense de 2013 dirigido por Martin Scorsese, baseado nas memórias de Jordan Belfort, o best-seller de mesmo nome.6 Foi lançado em 25 de dezembro de 2013. O roteiro foi escrito por Terence Winter, e estrelado por Leonardo DiCaprio como Belfort, um corretor de títulos de Nova York que dirige uma firma, a Stratton Oakmont, que praticava fraudes de seguro e corrupção em Wall Street na década de 1990.

Jordan Belfort é exemplo real dos personagens (representantes deste tipo de ‘empresários’) tão bem retratados por Ayn Rand, em seu livro de 1957 (!): A Revolta de Atlas. Para ler trechos deste livro, comentados por mim, ver:
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Quem cria o Mercado são os Produtores. Não os Consumidores. E tudo é criado na MENTE de alguém que sonha com a realização de algo.
http://reflexeseconmicas.blogspot.com.br/2014/02/quem-cria-o-mercado-sao-os-produtores.html