data: | 16 de abril de 2013 20:15 | ||
assunto: | [SINAPSES] SELIC alta provoca mais inflação e não menos !!! Vejam uma analise gráfica da correlação SELIC x PIB x IPCA entre 2002 e 2011 (Financistas: os números mentem?) | ||
enviado por: | gmail.com |
26/05/11
SELIC: apenas mais uma ferramenta!
Todos os dias, pela manhã indo para o trabalho tenho o costume de ouvir o Jornal Gente da Radio Bandeirantes (para quem quiser acompanhar: 90.9 FM, ou 840 AM a partir das 8 da manhã) e nesta última segunda-feira (9/5) guardei algo interessante que o Joelmir disse no seu quadro diário (As 3 faces da moeda) e logo após endossado pelo professor Delfim que todas as segundas fala por volta de 8h30min ao jornal. SELIC alta provoca mais inflação e não menos. Confesso que fiquei ressabiado a 1ª vista, e paguei para ver!
Ao iniciarmos os estudos de economia, logo no primeiro ano de faculdade somos “lobotomizados” a responder a esta questão de bate pronto: SELIC alta; segura ou não segura inflação? Eu, você e provavelmente qualquer outro diria de olhos vendados: SIM, mas voltemos a bater mais uma vez na mesma tecla de sempre; economia tal como as demais ciências humanas e sociais, não se sustenta por apenas uma visão e, portanto não se explica por apenas uma escola de pensamento, ou simplesmente, não há apenas uma resposta correta. Eis então que surge a discussão:
- Resumindo a questão, estamos no período chamado de aperto monetário, onde o mercado já estima novas altas da SELIC e o governo já admite a “cusparada pra cima” da elevação dos juros internos, criando uma desconexão cada vez maior em relação às taxas de juros externas. Mas isso é outro assunto. E por que o Tombini faz isso?
Bem! Uma resposta obvia e pronta: O temor ao retorno do “dragão da inflação”. Certo! Mas o fato é que este, já está à solta aterrorizando o consumidor, com uma perspectiva de fechamento da inflação quase acima do teto de 6,5% da meta para este ano.
Com isso já temos bagagem para irmos imediatamente ao tema central do post:
SELIC alta não é fator determinante no combate à inflação e ao inverso ainda ajuda na elevação dos preços.
Isso se comprova num recente estudo realizado pela faculdade de economia La Sapienza University de Roma, a pedido do BIS (Banco Internacional de Compensações, localizado em Basel na Suíça, o banco central dos bancos centrais), onde neste estudo, por meio de uma série histórica de quase meio século, mostra que as taxas de juros básicas das principais economias do globo quando elevadas tendem a puxar para cima a inflação de seus respectivos países. Esse fato se explica por um raciocínio muito simples:
Taxa base de juros alta, eleva os custos de produção, que são repassados aos consumidores finais.
O preço do carro sobe, por que o minério de ferro sobe, o arroz sobe por que o fertilizante está caro e por ai vai.
Para reforçar essa tese, realizamos um estudo comparativo entre PIBxSELICxIPCA de 2002 para cá, onde fica explicito que há uma relação muito maior de PIB com IPCA do que propriamente, SELIC com IPCA:
OBS1: O prazo médio do mercado para a SELIC fazer algum efeito na economia é de 3 meses.
OBS2: Não considere 2009 na analise, qualquer efeito sobre a economia brasileira naquele momento era totalmente influenciado pela crise de crédito global.
Este gráfico nos diz que o governo segura a inflação freando o crescimento e é pelo PIB que se olha o comportamento da inflação e não pela SELIC.
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O que acontece agora com a economia nacional é um reflexo da crise nos gigantes...isto é, as incertezas na Europa e EUA inundam o Brasil de dólares, principalmente pelo ganho de arbitragem entre taxas de juros. A lógica é a seguinte:
- Quanto mais dólar na economia, menos Real, se tem menos Real automaticamente ele está mais caro e se a moeda está mais cara então você tem mais inflação, somado a isso, temos o crédito e a recente ascensão da nova classe média, isso incrementa de maneira preocupante a perspectiva de inflação.
Nesse cenário cabe ao governo central cortar gastos, já que no momento de crise gastou a mais do que devia e o pior, gastou errado. A chamada política anticíclica, veementemente elogiada mundo a fora se transformou numa maquina pública inchada, contratar funcionários é política anticíclica até a página 2, na 3 vira gasto permanente, pois quando a crise passa o governo não pôde simplesmente demitir, pelo contrário ainda deve corrigir os salários acima da inflação, pagar 13º, férias, etc, etc, etc.
O que acontece agora com a economia nacional é um reflexo da crise nos gigantes...isto é, as incertezas na Europa e EUA inundam o Brasil de dólares, principalmente pelo ganho de arbitragem entre taxas de juros. A lógica é a seguinte:
- Quanto mais dólar na economia, menos Real, se tem menos Real automaticamente ele está mais caro e se a moeda está mais cara então você tem mais inflação, somado a isso, temos o crédito e a recente ascensão da nova classe média, isso incrementa de maneira preocupante a perspectiva de inflação.
Nesse cenário cabe ao governo central cortar gastos, já que no momento de crise gastou a mais do que devia e o pior, gastou errado. A chamada política anticíclica, veementemente elogiada mundo a fora se transformou numa maquina pública inchada, contratar funcionários é política anticíclica até a página 2, na 3 vira gasto permanente, pois quando a crise passa o governo não pôde simplesmente demitir, pelo contrário ainda deve corrigir os salários acima da inflação, pagar 13º, férias, etc, etc, etc.
Por fim é importante salientar que nosso objetivo não é tirar a credibilidade do Banco Central, (que é o menos culpado dessa história), pois em momento algum afirmamos que SELIC não é e não deve ser utilizada como ferramenta de política monetária, apenas estamos mostrando que o que dizem por ai sobre a SELIC é mito, anedota, mas mesmo assim podemos sem medo afirmar: SELIC pode ser utilizada para combater à inflação, mas são os gastos de custeio, que precisam de ajuste antes da taxa de juros.
Não se esqueçam:
Política monetária é refém de política fiscal, enquanto o governo gastar o que gasta e da forma que gasta as chamadas falhas de mercado serão cada vez mais visíveis e nocivas à economia. Tudo tende ao seu devido lugar quando o governo não age com medidas descabidamente populares e inconsequentes, visando o voto e nada mais.
Um grande abraço a todos, não deixem de nos acompanhar.
Economia sem Mito
Terça, 16/04/2013
BC deve agir com cautela na reunião do Copom
Seria um erro elevar a taxa de juros apenas para mostrar que tem independência. ["Independência só para aumentar SELIC? Muitos interessados em SELIC de 2 dígitos."]
Ouça em:
8 horas atrás - A política como ela é: os comentários de Kennedy Alencar no Jornal da CBN, às 8h55. Direto de Brasília, a análise sobre os bastidores do poder.
http://cbn.globoradio.globo. com/comentaristas/kennedy- alencar/KENNEDY-ALENCAR.htm
Ouça em:
8 horas atrás - A política como ela é: os comentários de Kennedy Alencar no Jornal da CBN, às 8h55. Direto de Brasília, a análise sobre os bastidores do poder.
http://cbn.globoradio.globo.
Reforço meu questionamento:
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