terça-feira, 21 de abril de 2020

RBI / RBU - POR QUÊ? Coronavírus ACELEROU Processos de Digitalização em Vários Setores da Economia (Transformação Digital)


RBI / RBU POR QUÊ?
CORONAVÍRUS ACELEROU Processos de Digitalização em Vários Setores da Economia (Transformação Digital)


Banco4.0 x Empregos  

Qual será o impacto da Indústria 4.0 no mundo de trabalho? As máquinas vão substituir os trabalhadores e as trabalhadoras? 

Essas perguntas vêm sendo debatidas cada vez mais no Brasil e têm preocupado especialistas, representantes de sindicatos e movimentos sociais que defendem o emprego e a qualidade de vida da população.

Só no setor bancário, a reestruturação provocada pelo uso de novas tecnologias aliada à reforma Trabalhista, já é responsável pela demissão de quase 64 mil trabalhadores e trabalhadores.

“Eles querem cada vez mais tecnologias avançadas para pegarem um público mais jovem que é aquele público que pode perder a carteira assinada, mas não pode perder o celular. É um público  totalmente digital que não quer ir para o banco”, afirma a economista e técnica da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Vivian Machado, que fez um estudo sobre a “Digitalização e a inteligência artificial no sistema financeiro: A indústria 4.0”.

Os cincos maiores bancos do país aderiram fortemente à inteligência artificial e estão usando cada vez mais a tecnologia, principalmente via telefone celular, nos serviços oferecidos aos clientes.(...)

http://cutrs.org.br/digitalizacao-dos-bancos-demite-funcionarios-e-brasileiros-ficam-sem-agencias/
{ Transformação Digital dos Bancos => MAIS INFORMAÇÕES [1] A [4] (abaixo) }

COMPARAR COM:


GERAÇÃO [ CRESCENTE = +21% DE LUCRATIVIDADE (POR ANO!!!) ] DE RESULTADOS FINANCEIROS SEM GERAR RENDA E TRABALHO (PARA A IMENSA MAIORIA DAS POPULAÇÕES)

Lucro de Itaú, Bradesco, BB e Santander sobe 21% e chega a R$ 21,5 bi no 2º trimestre

Houve crescimento de 21% em relação ao totalizado no mesmo período de 2018 pelos quatro grandes bancos 8 ago 2019 https://www.infomoney.com.br/mercados/lucro-de-itau-bradesco-bb-e-santander-sobe-21-e-chega-a-r-215-bi-no-2o-trimestre/

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PARA REFLETIR: Bancos são os precursores da Transformação Digital, no Brasil. Outros setores os seguirão - é irreversível Alguns Exemplos: - Amazon x Livrarias Físicas - Shopper [5] x Supermercados e Quitandas - AmazonGo x Conveniências (com funcionários) - UBER (Elétrico e Sem Motorista) x Carro de Propriedade de Pessoa Física / Jurídica [6] - Transportes de Massa / Portos, (Elétrico e Sem Estivadores, Motoristas ou Pilotos) x Transportes de hoje [6]

______________________ UMA QUESTÃO SIMPLES ( Novembro de 2102 e sem resposta até hoje... ):
(...) "A realidade é que novas atividades, criadas pela tecnologia, empregam uma fração de pessoas muita pequena, e tendem a desaparecer logo após serem criadas.

Requerem alto grau de educação, flexibilidade, inteligência e empreendedorismo.

A maioria das pessoas não foi treinada para ser assim.

De fato, todo o nosso sistema educacional foi criado logo após a revolução industrial, com a ideia de criar trabalhadores fabris, trabalhos manuais, atividades repetitivas, não o tipo de atividade que a nova economia exigirá.
Eu tenho uma pergunta simples:
O que os milhões de trabalhadores não qualificados, de meia idade, farão quando forem dispensados pela tecnologia?
É uma pergunta simples.
Tenho discutido isso com economistas, empreendedores, futuristas, acadêmicos; nenhum deles foi capaz de me dar uma resposta convincente.
No passado vimos a automação reduzir a força de trabalho, mas não era de fato um problema porque trabalhadores não qualificados gravitavam todos por outras atividades, ainda bastante desqualificadas, como, sei lá, Wal-Mart, onde é fácil de achar um trabalho, apesar de ser muito insatisfatório. E não acho que seja seu sonho de vida trabalhar no Wal-Mart. Se o Wal-Mart começar a automatizar - e ele fará - os competidores terão que fazer o mesmo para manter-se à tona, ficar vivos nesse mercado competitivo. Não haverá volta para a indústria de compras.
A tecnologia avança simplesmente rápido demais para os novos desempregados aprenderem novas atividades.
É um processo irreversível. Os empregos substituídos não voltarão. Eles já eram.
O mesmo acontecerá com milhões de motoristas, trabalhadores da construção e muitos outros. Mas com seus empregos removidos, o que as pessoas farão?
A dispensa do trabalho humano em favor da automação terá um efeito de bola de neve em tudo. Com níveis de desemprego a 30, 40%, o que acontecerá? A economia entrará em colapso.
Até agora, ninguém foi capaz de responder essa questão. E a razão para isso, acho, é que não há resposta, não nesse sistema, não da forma como ele é projetado para funcionar.

Sem um plano de reserva para ajustar-se a um novo paradigma, podemos esperar o pior: desordem civil, tumultos, brutalidade policial. A aflição geral continuará aumentando até atingir níveis críticos, ponto em que o sistema sócio-econômico inteiro sucumbirá sobre si mesmo, como um castelo de cartas.

Isso tem consequências negativas sobre todo o espectro da população, e vai contra os interesses de todos no planeta, mesmo entre os mais ricos e abastados. Mesmo eles não querem isso, especialmente eles. { VER [7] }
Então, acho que se você quiser resolver esse problema desafiador do nosso tempo, temos que repensar toda a nossa estrutura social e econômica.
Repensar nossas vidas, nossos objetivos, nossas propostas, nossas prioridades e o mais importante, nossas motivações.
É tempo para uma mudança de paradigma, que irá revolucionar radicalmente nosso sistema social."(...)

>>> Transcrição de trecho da legenda ( _29m:35s à 33m:15s_ ) de: Rôbos irão roubar seu emprego - Federico Pistono - ZDay 2012 (+ Algoritimos(IA)) https://www.youtube.com/watch?v=HsqvrodE-sk&list=PLU8CxBao7c532SUhLwCkyKDvzyxFEV7Xn&index=6
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MAIS INFORMAÇÕES:

[1] Itaú anuncia o fechamento de 400 agências até o fim do ano
Decisão faz parte do processo de digitalização da instituição; informação vem ao encontro do que foi antecipado pela Reuters em maio
6 nov 2019

https://exame.abril.com.br/negocios/itau-vai-fechar-400-agencias-ate-o-fim-do-ano/

[2] Bradesco deve fechar 450 agências até 2020
Presidente do banco afirmou que a medida é uma tentativa de controlar as despesas operacionais, que estão acima da meta estabelecida para 2019
31 out 2019

https://exame.abril.com.br/negocios/bradesco-deve-fechar-450-agencias-ate-2020/

[3] Bradesco anuncia PDV para funcionários com 20 anos de banco e perto da aposentadoria
Banco afirmou que pagará 60% do salário fixo do mês por ano completo trabalhado, limitado a 12
29.ago.2019

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/08/bradesco-anuncia-pdv-para-funcionarios-com-20-anos-de-banco-e-perto-da-aposentadoria.shtml

[4] Representantes dos funcionários discutem emprego e outras demandas com o Itaú

Fechamento de unidades
Ao serem cobrados sobre possíveis fechamentos de agências, os representantes do setor de Relações Sindicais do Itaú alegaram que não têm muito conhecimento, pois o banco trata a questão de maneira estratégica. O Itaú afirmou que não há interesse em acabar com as agências, mas que haverá adequação de mercado devido ao avanço da tecnologia e à concorrência.
17/10/2019

https://bancariosbh.org.br/representantes-dos-funcionarios-discutem-emprego-e-outras-demandas-com-o-itau/

[5] Como funciona a _Shopper_? Supermercado online promete economia nas compras
Site realiza entregas do mercado em domicílio e promete preços mais baratos
Por Gabrielle Ferreira, para o TechTudo
28/10/2019


https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/10/como-funciona-a-shopper-supermercado-online-promete-economia-nas-compras.ghtml


[6] Mobilidade-como-um-Serviço (MaaS) descreve uma *mudança de propriedade pessoal de meios de transporte para soluções de mobilidade que são consumidos como um serviço*. Isso é possibilitado através da combinação de serviços de transporte públicos e prestadores privados de serviços de transporte, através de um servidor de acesso unificado que cria e gerencia a viagem, a qual os usuários podem pagar com uma única conta. Os usuários podem pagar por viagem ou uma taxa mensal para uma distância limitada. O conceito-chave por trás de MaaS é oferecer aos viajantes soluções de mobilidade com base em suas necessidades de viagem.O planejamento de viagens geralmente começa em um planeador de viagens. Por exemplo, um planejador de viagem pode mostrar que o usuário pode ir de um destino para outro usando uma combinação de trem e ônibus . O usuário pode escolher a sua preferência de viagem com base em custo, tempo e conveniência. Neste ponto, as reservas necessárias (por exemplo, chamar um táxi, reservar[1] um assento em um trem de longa distância) devem ser executadas como uma unidade. Espera-se que este serviço deve permitir roaming, ou seja, o mesmo aplicativo do usuário final deve funcionar em cidades diferentes, sem que o usuário precise se familiarizar com um novo aplicativo ou se inscrever para novos serviços. Índice 1 Tendência para MaaS 2 Impacto de curto-prazo 3 Vantagens 4 Formas de pagamento 5 Impacto de veículos autônomos 7 Veja também 6 Linha do tempo histórica 8 Referências https://pt.wikipedia.org/wiki/Mobilidade_como_serviço


[7] Bilionários como Mark Zuckerberg, Bill Gates e Elon Musk defendem que os governos paguem a todos os cidadãos uma renda mínima universal. #EXAME*

Depois de empresários como *Bill Gates*, *Elon Musk* e *Mark Zuckerberg*, *Stewart Butterfield* – mais conhecido por ser o fundador do aplicativo Slack – é o mais novo bilionário a defender a adoção de uma *renda mínima universal*. O motivo? Fomentar o empreendedorismo.19 de ago. de 2017




RBI nos EUA?

Freedom Dividend: Renda Básica nos EUA em 2020?
Pré-candidato a presidente dos EUA Andrew Yang, propõe pagar 1000 dólares por mês a todos os norte-americanos
Por que este empreendedor quer ser presidente dos EUA e distribuir US$ 1 mil por mês para todos
Para Andrew Yang, o país "tem muitos recursos" que apenas não estão sendo distribuídos para pessoas suficientes
https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2018/12/por-que-este-empreendedor-quer-ser-presidente-dos-eua-e-distribuir-us-1-mil-por-mes-para-todos.html

EXAME.ABRIL.COM.BR Economista explica por que pagamento de renda mínima é urgente https://www.facebook.com/Exame/posts/10155947025838953/

Debater a renda básica universal é urgente, diz Monica de Bolle

Tema tem apoio na esquerda e direita. Países já têm programas-piloto
Por que trazer essa discussão para o Brasil é algo urgente, sobretudo diante dos imensos desafios fiscais que enfrentamos?
Na obra recente – e fundamental – publicada e organizada por José Roberto Afonso, Melina Rocha Lukic, Rodrigo Otávio Orair, e Fernando Gaiger Silveira, “Tributação e Desigualdade”, o impacto perverso da estrutura tributária brasileira sobre a desigualdade é rigorosamente demonstrado e esmiuçado. Nos artigos que tratam do Imposto de Renda sobre pessoa física, mostra-se que nosso sistema tributário não só não contribui para reduzir a concentração da renda dos indivíduos, como potencializa a a concentração da riqueza ao tratar mais favoravelmente a renda extraída do capital do que aquela extraída do trabalho; a renda recebida pelos homens do que a recebida pelas mulheres; a renda das pessoas que vivem em Estados mais ricos do que a das pessoas que vivem em Estados mais pobres.
Nos países maduros e nos países em desenvolvimento há hoje interessantíssimo debate sobre as ideias defendidas por Friedman e outros economistas nos anos 1960 e o conceito de renda básica universal a elas associado. Os proponentes da renda básica universal defendem que governos substituam programas sociais de burocracia complexa e impacto duvidoso por programas não-condicionais de transferência de renda mínima para atender às necessidades básicas de todos os indivíduos, pobres ou ricos. A tributação progressiva da renda garantiria –ao menos em parte– o financiamento do programa, isto é, os mais ricos receberiam seu quinhão, porém parte crescente seria devolvida aos cofres públicos por meio de alíquotas proporcionalmente mais elevadas quanto mais alta a renda total. Programas-piloto de renda básica universal foram ou estão sendo implantados em países como o Quênia, Uganda, Namíbia, Canadá (Ontário), Escócia, e Finlândia.
Ao mesmo tempo, estudo do Banco Mundial recém-publicado sobre os gastos públicos mostrou haver grande ineficiência nos programas de proteção social e de emprego no país, o que exigiria ampla reformulação para atingir os objetivos pretendidos. Interessante seria avaliar se a extinção de alguns programas que não cumprem seus propósitos e a substituição por algum mecanismo de renda básica universal poderia ser mais eficaz, além de mais transparente.
O Brasil, afinal, possui a lei 10.835 de 2004 que instituiu a “renda básica de cidadania”, jamais implantada. Diz a lei que a renda básica se constituiria no direito de todos os brasileiros residentes no País e estrangeiros residentes há pelo menos 5 anos no Brasil, não importando sua condição socioeconômica, receberem, anualmente, um benefício monetário suficiente para atender as despesas mínimas com alimentação, educação e saúde.
Contudo, há segmentos da esquerda que rejeitam a ideia da renda básica argumentando que mais importante do que dar recursos diretamente às pessoas é prover serviços como o acesso universal à saúde, à educação, à moradia popular, e por aí vai.
Ao contrário da maioria dos debates econômicos, a renda básica tem defensores e opositores de ambos os lados do espectro político-ideológico. Libertários e proponentes do laissez-faire argumentam que a renda básica reduziria a burocracia e a falta de transparência inerentes à pluralidade de programas sociais, além de devolver ao indivíduo a decisão sobre como gastar o recurso recebido do Estado. Já os que se autoproclamam mais à esquerda do centro defendem o poder de redução da pobreza atrelado à renda básica.
Do mesmo modo, há segmentos da direita laissez-faire que fundamentam seu repúdio à renda básica na noção de que se todos receberem uma renda mínima do Estado, criado estará incentivo perverso em que as pessoas optarão por trabalhar menos, reduzindo a produtividade da economia.

Assim como há falácias nos argumentos contrários mais à esquerda –afinal, gera-se muito desperdício na provisão de serviços pelo Estado– há falácias nos argumentos contrários mais à direita: alguns estudos baseados em experimentos com renda mínima mostram que não há evidência de menor dedicação ao trabalho. Ao contrário, há algumas evidências de que com uma renda mínima garantida, muitas pessoas optam por investir mais na própria educação, já que passam a ter a liberdade para dedicar seus esforços ao aperfeiçoamento pessoal em lugar da subsistência.
Apesar do intenso debate e de vários experimentos mundo afora, há muito que não sabemos a respeito da renda básica universal ou de variantes como o imposto de renda negativo de Milton Friedman. Contudo, o potencial dessas ideias para reduzir pobreza e promover o maior acesso às oportunidades é, em tese, inegável. Não à toa, o movimento Frente Ciudadano do México (composto por três partidos: PAN, PRD, e MC) e seus possíveis candidatos às eleições presidenciais de 2018 já discutem abertamente o tema da renda básica. Difícil saber se haverá espaço no Brasil para debates propositivos ante o clima de alta tensão política que predomina. Caso tal flanco se abra, está mais do que na hora de falar sobre tributação, desigualdade e renda básica universal.

Vamos colocar em risco a existência e estabilidade do próprio capitalismo brasileiro ? 11:16 Primeira questão que vai colocar em cheque, como estratégia de sobrevivência, é que se nós continuarmos achando que é possível excluir uma parcela tão grande da população, nós vamos colocar em risco a existência e estabilidade do próprio capitalismo brasileiro, Ou seja, não é que estou falando, não é exatamente um discurso crítico do capitalismo, mas é que se alguém acha que o capitalismo deve sobreviver, deve investir na formação dessas pessoas. Ou nós vamos cumprir aquela profecia, que o Josué de Castro dizia, há quase 60 anos, que o futuro do Brasil será um país de gente que não dorme. Metade que não dorme porque não come, Outra metade que não dorme porque tem medo de quem não come. Eu acho que essa é uma profecia ruim. O que fazer com as pessoas que não terão perspectiva de emprego imediatamente pós epidemia? O que fazer com a massa crescente de desempregados num país que já não estava bem, no campo do emprego pleno? E vai piorar. O que fazer com isso? Se você achar que é possível se isolar em um condomínio fechado - e que isso vai preservá-lo do ódio social - está enganado. Historicamente, um dia Versailles é invadida pelos pobres de Paris! Um dia como outubro de 1789, em história, o povo invade Versailles. Quer dizer, se ele, Luís 16, fosse mais estratégico, se tivesse estudado história, ele teria tomado medidas para impedir de chegar a esse ponto. Pré pandemia a gente já tinha 11 milhões de desempregados, né? Vendo o que está acontecendo, nos Estados Unidos, a gente consegue ter uma ideia do que pode acontecer aqui... 13:00 Trecho de: O Mundo Pós-Pandemia com Leandro Karnal Sobre a Aceleração da Automação e os profissionais irrelevantes (50% de Analfabetos Funcionais) https://www.youtube.com/watch?v=pDMAfc1ya1M&feature=youtu.be Pelas razões acima:
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PESQUISA:

RBI - Renda Básica Incondicional / RBU - Renda Básica Universal
Participe respondendo ao comentário para cada uma das perguntas abaixo (organizar a conversa):  

O QUE É uma RBI / RBU? 

POR QUE Precisamos de uma RBI / RBU? 
QUEM / QUAIS são as Fontes de Informação sobre RBI / RBU?

QUANDO Precisaremos de uma RBI / RBU? 

ONDE Existe / Houve uma Experiências Real de uma RBI / RBU? 

QUANTO Seria o Valor Justo / Necessário de uma RBI / RBU? 

COMO Pode Ser Financiada uma RBI / RBU? 



sábado, 18 de abril de 2020

Como a economia se parecerá após a pandemia de coronavírus


A pandemia mudará para sempre a ordem econômica e financeira. Pedimos a nove reconhecidos pensadores globais suas previsões

Tradução de:  
How the Economy Will Look After the Coronavirus Pandemic
The pandemic will change the economic and financial order forever. We asked nine leading global thinkers for their predictions.


BY , , , , , , , , 


Após muitas semanas de bloqueios, trágica perda de vidas e fechamento de grande parte da economia global, a incerteza radical ainda é a melhor maneira de descrever esse momento histórico. As empresas reabrirão e os empregos voltarão? Vamos viajar de novo? A inundação de dinheiro dos bancos centrais e governos será suficiente para impedir uma recessão profunda e duradoura ou pior?

Isso é certo: a pandemia levará a mudanças permanentes no poder político e econômico de maneiras que se tornarão aparentes apenas mais tarde.

Para nos ajudar a entender o terreno mudando sob nossos pés, a Foreign Policy pediu a nove pensadores importantes, incluindo dois economistas ganhadores do Prêmio Nobel, que avaliassem suas previsões para a ordem econômica e financeira após a pandemia.

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Precisamos de um melhor equilíbrio entre globalização e autoconfiança
por Joseph E. Stiglitz

Os economistas costumavam zombar dos pedidos de países para adotar políticas de segurança alimentar ou energética. Em um mundo globalizado em que as fronteiras não importam, eles argumentavam, sempre poderíamos recorrer a outros países se algo acontecesse. Agora, as fronteiras de repente importam, à medida que os países se apegam firmemente a máscaras e equipamentos médicos e lutam para obter suprimentos. A crise do coronavírus tem sido um lembrete poderoso de que a unidade política e econômica básica ainda é o estado-nação. 
A crise do coronavírus tem sido um lembrete poderoso de que a unidade política e econômica básica ainda é o Estado-nação.
Para construir nossas cadeias de suprimentos aparentemente eficientes, pesquisamos em todo o mundo o produtor de menor custo de todos os elos da cadeia. Mas éramos míopes, construindo um sistema que claramente não é resiliente, insuficientemente diversificado e vulnerável a interrupções. A produção e distribuição just-in-time, com estoques baixos ou inexistentes, podem ser capazes de absorver pequenos problemas, mas agora vimos o sistema esmagado por uma perturbação inesperada.

Deveríamos ter aprendido a lição da resiliência com a crise financeira de 2008. Criamos um sistema financeiro interconectado que parecia eficiente e talvez fosse bom em absorver pequenos choques, mas era sistematicamente frágil. Se não fosse o resgate maciço do governo, o sistema entraria em colapso quando a bolha imobiliária estourou. Evidentemente, essa lição passou por cima de nossas cabeças.

O sistema econômico que construirmos após essa pandemia terá que ser menos míope, mais resiliente e mais sensível ao fato de que a globalização econômica ultrapassou em muito a globalização política. Enquanto esse for o caso, os países terão que buscar um melhor equilíbrio entre tirar proveito da globalização e um grau necessário de autoconfiança.

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Esta atmosfera de guerra abriu uma janela para mudança
por Robert J. Shiller

Há mudanças fundamentais que acontecem de tempos em tempos - geralmente em tempos de guerra. Embora o inimigo agora seja um vírus e não uma potência estrangeira, a pandemia do COVID-19 criou uma atmosfera de guerra na qual essas mudanças parecem repentinamente possíveis.
Embora o inimigo seja um vírus e não uma potência estrangeira, a pandemia criou uma atmosfera de guerra em que mudanças fundamentais parecem repentinamente possíveis.
Essa atmosfera, com narrativas de sofrimento e heroísmo, está se espalhando com a doença. O tempo de guerra une as pessoas não apenas dentro de um país, mas também entre países, pois compartilham um inimigo comum, o vírus. Aqueles que vivem em países avançados podem sentir mais simpatia pelos que sofrem nos países pobres porque estão compartilhando uma experiência semelhante. A epidemia também está nos reunindo em inúmeros encontros com o Zoom. De repente, o mundo parece menor e mais íntimo.

Há também razões para esperar que a pandemia tenha aberto uma janela para a criação de novas formas e instituições para lidar com o sofrimento, incluindo medidas mais eficazes para impedir a tendência de maior desigualdade. Talvez os pagamentos de emergência a indivíduos que muitos governos fizeram sejam um caminho para uma renda básica universal. Nos Estados Unidos, um seguro de saúde melhor e mais universal pode  ter recebido um novo impulso. Como todos estamos do mesmo lado nessa guerra, podemos encontrar a motivação para construir novas instituições internacionais, permitindo uma melhor partilha de riscos entre os países. A atmosfera de guerra desaparecerá novamente, mas essas novas instituições persistirão.

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O risco real são os políticos explorando nossos medos
por Gita Gopinath

Em apenas algumas semanas, uma dramática cadeia de eventos - perda trágica de vidas, cadeias globais de suprimentos paralisadas, remessas interrompidas de suprimentos médicos entre aliados e a mais profunda contração econômica global desde a década de 1930 - expuseram as vulnerabilidades das fronteiras abertas. 
Pessoas podem auto-avaliar seus riscos individuais e decidir restringir as viagens indefinidamente, revertendo 50 anos de crescente mobilidade internacional.
Se o apoio a uma economia global integrada já estava em declínio antes do COVID-19, a pandemia provavelmente acelerará a reavaliação dos custos e benefícios da globalização. As empresas que fazem parte das cadeias de suprimentos globais testemunharam em primeira mão os riscos inerentes a suas interdependências e as grandes perdas causadas por interrupções. No futuro, é provável que essas empresas levem mais em conta os riscos finais, resultando em cadeias de suprimentos mais locais e robustas - mas menos globais. Nos mercados emergentes, cujo abraço à globalização incluía uma abertura constante aos fluxos de capital, corremos o risco de reposicionar os controles de capital à medida que esses países lutam para se proteger das forças desestabilizadoras da súbita parada econômica. E mesmo que as medidas de contenção sejam gradualmente divulgadas em todo o mundo, as pessoas podem auto-avaliar seus riscos individuais e decidir restringir as viagens indefinidamente, revertendo meio século de crescente mobilidade internacional.

O risco real, no entanto, é que essa mudança orgânica e de interesse próprio da globalização, por pessoas e empresas, seja usada por alguns formuladores de políticas que exploram medos sobre fronteiras abertas. Eles poderiam impor restrições protecionistas ao comércio sob o disfarce de auto-suficiência e restringir a circulação de pessoas sob o pretexto de saúde pública. Está agora nas mãos dos líderes globais evitar esse resultado e reter o espírito de unidade internacional que nos sustenta coletivamente há mais de 50 anos.

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Outro prego no caixão da globalização
de Carmen M. Reinhart

A Primeira Guerra Mundial e a depressão econômica global no início dos anos 30 deram início ao fim de uma era anterior da globalização. Além do ressurgimento das barreiras comerciais e dos controles de capital, uma explicação importante para esse fim é o fato de que mais de 40% de todos os países na época entraram em default, cortando muitos deles do mercado global de capitais até a década de 1950 ou muito mais tarde. . Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, o novo sistema de Bretton Woods combinava a repressão financeira doméstica com extensos controles dos fluxos de capital, com pouca semelhança com a era anterior do comércio e das finanças globais. 
As recessões induzidas pela pandemia podem ser profundas e longas - e como nos anos 30, os padrões de soberanias provavelmente subirão.
O moderno ciclo de globalização enfrentou uma série de golpes desde a crise financeira de 2008-2009: uma crise de dívida européia, Brexit e a guerra comercial EUA-China. A ascensão do populismo em muitos países inclina ainda mais o equilíbrio em direção ao viés doméstico.

A pandemia de coronavírus é a primeira crise desde a década de 1930 a engolir economias avançadas e em desenvolvimento. Suas recessões podem ser profundas e longas. Como na década de 1930, os padrões de soberanias provavelmente subirão. Os pedidos para restringir o comércio e os fluxos de capital encontram solo fértil em tempos difíceis.

Dúvidas sobre as cadeias globais de fornecimento de pré-coronavírus, a segurança das viagens internacionais e, em nível nacional, as preocupações com a auto-suficiência em necessidades e resiliência provavelmente persistirão - mesmo depois que a pandemia for controlada (que pode ser - que ele próprio se prove um processo demorado). A arquitetura financeira pós-coronavírus pode não nos levar de volta à era pré-globalização de Bretton Woods, mas é provável que os danos ao comércio e às finanças internacionais sejam extensos e duradouros.

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As condições pré-existentes da economia são pioradas pela pandemia
por Adam Posen

A pandemia piorará quatro condições preexistentes da economia mundial. Elas permanecerão reversíveis através de grandes cirurgias, mas tornarão essas intervenções crônicas e prejudiciais. 

A primeira dessas condições é a estagnação secular - a combinação de baixo crescimento da produtividade, falta de retorno do investimento privado e quase deflação. Isso se aprofundará à medida que as pessoas permanecerem avessas ao risco e economizarem mais após a pandemia, o que enfraquecerá persistentemente a demanda e a inovação.

Em segundo lugar, a diferença entre os países ricos (juntamente com alguns mercados emergentes) e o resto do mundo em sua resistência a crises se ampliará ainda mais. 
O nacionalismo econômico levará cada vez mais os governos a desligarem suas próprias economias do resto do mundo.
Terceiro, em parte como resultado da fuga para a segurança e do aparente risco das economias em desenvolvimento, o mundo continuará a depender excessivamente do dólar dos EUA para financiamento e comércio. Mesmo que os Estados Unidos se tornem menos atraentes para investimentos, sua atração aumentará em relação à maioria das outras partes do mundo. Isso levará à insatisfação contínua.

Finalmente, o nacionalismo econômico levará cada vez mais os governos a fechar suas próprias economias ao resto do mundo. Isso nunca produzirá autarquia completa ou algo parecido, mas reforçará as duas primeiras tendências e aumentará o ressentimento da terceira.

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Mais do que nunca, o mundo olha para os banqueiros centrais buscando por salvação
por Eswar Prasad

A carnificina econômica e financeira provocada pela pandemia poderia deixar profundas cicatrizes na economia mundial. Os bancos centrais enfrentaram o desafio rasgando seus próprios livros de regras. O Federal Reserve dos EUA reforçou os mercados financeiros com compras de ativos e forneceu liquidez em dólares a outros bancos centrais. O Banco Central Europeu declarou "sem limites" ao seu apoio ao euro e anunciou compras maciças de títulos públicos e corporativos e outros ativos. O Banco da Inglaterra está financiando os gastos do governo diretamente. Até mesmo alguns bancos centrais de mercados emergentes, como o Reserve Bank da Índia, estão considerando medidas extraordinárias - todos os riscos sejam condenados. 
Os banqueiros centrais, antes considerados cautelosos e conservadores, mostraram que podem agir com agilidade, ousadia e criatividade.
Os estímulos fiscais dos governos, por outro lado, provaram ser politicamente complicados, difíceis de implementar e muitas vezes difíceis de atingir onde a necessidade é maior.

Os banqueiros centrais, antes considerados cautelosos e conservadores, mostraram que podem agir com agilidade, ousadia e criatividade em tempos desesperados. Mesmo quando os líderes políticos não estão dispostos a coordenar políticas além-fronteiras, os banqueiros centrais podem agir em conjunto.

Agora e por muito tempo, os bancos centrais se consolidaram como a primeira e principal linha de defesa contra crises econômicas e financeiras. Eles podem vir a lamentar esse imenso novo papel e os encargos e expectativas irrealistas que isso lhes impõe.

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A economia normal nunca voltará
por Adam Tooze

Quando os bloqueios começaram, o primeiro impulso foi procurar analogias históricas - 1914, 1929, 1941? Desde então, o que veio à tona cada vez mais é a novidade histórica do choque pelo qual estamos vivendo. Há algo novo sob o sol. E isso é horrível.

As consequências econômicas desafiam o cálculo. Muitos países enfrentam um choque econômico muito mais profundo e selvagem do que jamais experimentaram anteriormente. Em setores como o varejo, já sob forte pressão da concorrência online, o bloqueio temporário pode ser terminal. Muitas lojas não reabrirão, seus empregos estarão permanentemente perdidos. Milhões de trabalhadores, pequenos empresários e suas famílias estão enfrentando uma catástrofe. Quanto mais sustentamos o bloqueio, mais profundas são as cicatrizes econômicas e mais lenta a recuperação. 
Quanto mais sustentamos o bloqueio, mais profundas são as cicatrizes econômicas e mais lenta a recuperação.
O que pensávamos que sabíamos sobre economia e finanças foi radicalmente perturbado. Desde o choque da crise financeira de 2008, houve muita discussão sobre a necessidade de se contar com uma incerteza radical. Agora sabemos como é a incerteza verdadeiramente radical.

Estamos testemunhando o maior esforço fiscal combinado desde a Segunda Guerra Mundial, mas já está claro que a primeira rodada pode não ser suficiente. Existem poucas ilusões sobre as acrobacias sem precedentes que os bancos centrais estão realizando. Para lidar com os passivos acumulados, a história sugere algumas alternativas radicais, incluindo uma explosão da inflação ou um default público organizado (o que não seria tão drástico quanto parece se afetasse as dívidas do governo mantidas pelos bancos centrais).

Se a resposta das empresas e das famílias for aversão ao risco e fuga para a segurança, ela aumentará as forças da estagnação. Se a resposta do público às dívidas acumuladas pela crise for austera, isso piorará as coisas. Faz sentido pedir um governo mais ativo e mais visionário para liderar o caminho para sair da crise. Mas a questão, é claro, é qual a forma que tomará e quais forças políticas o controlarão.

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Muitos trabalhos perdidos nunca mais voltarão
de Laura D’Andrea Tyson

A pandemia e a recuperação subsequente acelerarão a digitalização e a automação contínuas do trabalho - tendências que corroíram os empregos de qualificação média e aumentaram os de alta qualificação nas últimas duas décadas e contribuíram para a estagnação dos salários médios e o aumento da desigualdade de renda. Salário, baixa qualificação e empregos presenciais, especialmente aqueles oferecidos por pequenas empresas, não retornarão com a recuperação.

Mudanças na demanda, muitas delas aceleradas pelo deslocamento econômico causado pela pandemia, mudarão a composição futura do PIB. A parcela de serviços na economia continuará aumentando. Mas a participação dos serviços pessoais diminuirá no varejo, hospitalidade, viagens, educação, saúde e governo, à medida que a digitalização impulsiona mudanças na maneira como esses serviços são organizados e entregues.
Muitos empregos de serviço com salários baixos, pouca qualificação e pessoal, especialmente aqueles oferecidos por pequenas empresas, não retornarão com a eventual recuperação. 
No entanto, os trabalhadores que prestam serviços essenciais como policiamento, combate a incêndios, assistência médica, logística, transporte público e alimentos estarão em maior demanda, criando novas oportunidades de emprego e aumentando a pressão para aumentar os salários e melhorar os benefícios nesses setores tradicionalmente de baixos salários. 

A desaceleração acelerará o crescimento de empregos precários e fora do padrão - trabalhadores de meio período, trabalhadores de show e trabalhadores com vários empregadores - levando a novos sistemas de benefícios portáteis que se movem com os trabalhadores e ampliam a definição de empregador. 

Novos programas de treinamento de baixo custo, entregues digitalmente, serão necessários para fornecer as habilidades necessárias em novos empregos. 

A súbita dependência de muitos da capacidade de trabalhar remotamente nos lembra que uma expansão significativa e inclusiva de Wi-Fi, banda larga e outras infra-estruturas será necessária para permitir a digitalização acelerada da atividade econômica.

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Uma globalização mais centrada na China
por Kishore Mahbubani

A pandemia do COVID-19 acelerará uma mudança que já havia começado: uma mudança da globalização centrada nos EUA para uma globalização mais centrada na China. 
A pandemia do COVID-19 acelerará uma mudança que já havia começado: um afastamento da US- globalização centrada nos EUA para uma globalização mais centrada na China.
Por que essa tendência continuará? A população americana perdeu a fé na globalização e no comércio internacional. Os acordos de livre comércio são tóxicos, com ou sem o presidente dos EUA, Donald Trump. 

Por outro lado, a China não perdeu a fé. Por que não? Existem razões históricas mais profundas. Os líderes chineses agora sabem bem que o século de humilhação da China de 1842 a 1949 foi resultado de sua própria complacência e de um esforço fútil de seus líderes para separá-lo do mundo. Por outro lado, as últimas décadas de ressurgimento econômico foram resultado do engajamento global. O povo chinês também experimentou uma explosão de confiança cultural. Eles acreditam que podem competir em qualquer lugar.

Consequentemente, ao documentar em meu novo livro,  China Has Won? [China Venceu?], os Estados Unidos têm duas opções. Se seu objetivo principal é manter a primazia global, ele terá que se envolver em uma disputa geopolítica de soma zero, política e economicamente, com a China. 

No entanto, se o objetivo dos Estados Unidos é melhorar o bem-estar do povo americano - cuja condição social se deteriorou -, ele deve cooperar com a China. Um conselho mais sábio sugeriria que a cooperação seria a melhor escolha. No entanto, dado o ambiente político tóxico dos EUA em relação à China, conselhos mais sábios podem não prevalecer.