sábado, 21 de abril de 2012

"O pasto do mercado está esgotado" - Precisa-se de EMPREENDEDORES para criar "novos pastos" visto que os "bovinos" - e seus "predadores" - que apenas exploram as oportunidades, sem criá-las, foram demasiadamente vorazes.....


Valor Econômico: Diminue ritmo de crescimento de exportações para a China Valor (80% = soja, minério de ferro e petróleo). Descontada antecipação de compra de soja houve queda de 6% nestas exportações.

EXAME: Maiores construtoras tiveram queda em seus lucros, em 2011 (em um mercado que “bombou” durante todo o ano)

EXAME: A combinação de queda da SELIC e redução do spread tem impacto direto na receita dos bancos com financiamentos


Professor da escola de economia de Paris, Bertrand Rothé abre seu artigo na revistaMarianne com uma pergunta: por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Ele responde: porque eles são pagos pelos bancos. Um tanto rude, a resposta.

Mas Rothé mata a cobra e mostra o pau. Diz o economista que, em 10 de agosto, o jornal Le Monde publicou no caderno Debates 22 depoimentos de especialistas na matéria. Nesse grupo de sabichões, 16 (76,6%) são ligados a instituições financeiras. A promiscuidade vai longe. Anton Brender, reputado economista da esquerda francesa, hoje diretor de estudos econômicos do Dexia Asset Management usou duas páginas do Nouvel Observateur para concluir que “não são os mercados que estão em causa, mas a impotência política.”

A quase unanimidade, o realejo de opiniões banais encontra na mídia contemporânea um espaço ideal. Um jornalista do L’Expansion justificou a preferência pela ligeireza: “Os economistas de bancos sabem responder rápido, eles são pagos para isso. Esse já não é o caso dos universitários que se entregam à reflexão e cujas nuances são difíceis de transcrever.”
(...)

Before Our Very Eyes, assim é denominado o primeiro capítulo do Relatório do Congresso [USA] . Em linguagem popular “Estava na Cara”. É difícil negar que, ao longo dos anos de gestação da crise, os olhos – os da mídia incluídos – estiveram vendados pela trava que os hipócritas apontam na visão alheia (Palavras de Cristo, de admirável sabedoria). Já no caso de muitos economistas eminentes, sempre procurados para opinar, os olhos estavam travados, mas as imagens e palavras do documentário de Charles Ferguson, Inside Job, sugerem que os bolsos estavam arreganhados para a grana que escorria das façanhas dahaute finance.

Ian Fletcher, autor do livro Free Trade Doesn’t Work, descreve formas mais sutis de cooptação dos economistas. Tais métodos, diz ele, não frequentam o ethos de bordel, com propostas do tipo “diga X e lhe pagarei Y”. Mas na faina de conseguir clientes, muitos economistas devem cultivar a reputação de sempre dizer aquilo que o freguês quer ouvir. “Certas ideias, como o aumento da desigualdade e problemas acarretados pelo livre-comércio devem ser evitadas. Elas não são economicamente corretas.” A mídia, em seus trabalhos de purificação da opinião pública, cuida de retirar tais “excentricidades” de circulação, assim como a polícia leva a enxovias os manifestantes de Ocupe Wall Street, uma súcia de desordeiros desatinados e desordeiras de barriga de fora.   -   Luiz Gonzaga Belluzzo   (O artigo completo está no  final desta mensagem)

Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, é formado em direito e ciências sociais, pós-graduado em desenvolvimento econômico, professor da Unicamp, foi secretário de política do governo José Sarney e secretário de ciência e tecnologia do estado de São Paulo no governo de Orestes Quércia. Além de ser do Conselho Diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, conselheiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e atual presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras.


Valor Econômico: Diminue ritmo de crescimento de exportações para a China Valor (80% = soja, minério de ferro e petróleo). Descontada antecipação de compra de soja houve queda de 6% nestas exportações.

Nos três primeiros meses do ano, as exportações brasileiras para a China
desaceleraram e cresceram apenas 10,5%


“Embora o crescimento do PIB na China esteja diminuindo no curto prazo, ... O
minério de ferro é o principal produto de exportação brasileiro para a China, seu ...

As exportações brasileiras para a China desaceleraram nos três primeiros ...
mas a queda do preço fez o valor recuar 12% de janeiro a março em relação a ...

Exportações destinadas para a China e EUA perdem fôlego em fevereiro, ao
passo que. Itália e Índia ... explicado pelo aumento do valor exportado para dois ...

A emergente China registrou alta de 9,3% em suas exportações - o melhor ... Já
valor em dólares do comércio global aumentou em 19% em 2011, para US$ ...

28 mar. 2012 ... As empresas industriais da China tiveram declínio no lucro no período entre
janeiro ... Sua Carreira · Seu Imóvel · Broadcast ... Agnelo Queiroz intercedeu em
favor da construtora Foto:AE ... De acordo com os dados, as maiores empresas
industriais do país tiveram queda de 5,2% no lucro líquido nos dois ...
A informação levanta mais preocupações sobre uma desaceleração da economia chinesa
28 de março de 2012 | 8h 10


        A “onda chinesa”, que a economia brasileira – de commodities – “está surfando”, pode estar refluindo.  


Maiores construtoras tiveram queda em seus lucros, em 2011 (em um mercado que “bombou” durante todo o ano)

Ranking   09/04/2012 15:27

 Construtoras brasileiras são maioria entre as mais lucrativas das Américas

MRV lidera a lista com um lucro de 405 milhões de dólares, valor que desbancou a PDG para o segundo lugar. Maioria das construtoras teve queda de lucro de 2010 para 2011

http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/servicos/noticias/construtoras-brasileiras-dominam-lista-das-mais-lucrativas-das-americas-2?p=11

 

9 abr. 2012 ... Em 2011 os lucros despencaram para a Tecnisa, Cyrela, PDG, ... Resultados
ruins, ações em queda e prejuízos bilionários ... Se está vendendo seus
recebíveis, como a construtora vai pagar o .... "Esses fatores criam uma ilusão
monetária que é uma característica em mercados que tiveram bolha", diz.



Impacto | 09/03/2012 07:39
Bancos compensam SELIC menor com seguros e cartões
A combinação de queda da SELIC e redução do spread tem impacto direto na receita dos bancos com financiamentos
Altamiro Silva Júnior, da


O presidente do Itaú, Roberto Setubal, foi o primeiro banqueiro a falar da necessidade de se focar em segmentos menos dependentes dos juros

São Paulo - Os bancos esperam compensar o impacto negativo da queda da SELIC voltando sua estratégia para produtos que não dependem de juros, como seguros e cartões. Esses segmentos que vem crescendo a uma média de dois dígitos há, pelo menos, cinco anos, e já representam boa parte do lucro das instituições financeiras, devem ganhar peso ainda maior nos balanços a partir de agora. Uma das vantagens desses produtos é não depender de captação de recursos no mercado, como acontece nos empréstimos e financiamentos.

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A combinação de queda da SELIC e redução do spread (a diferença do custo que o banco capta o recurso para o que ele empresta) tem impacto direto na receita dos bancos com financiamentos. Para manter a rentabilidade nessas modalidades os bancos vão depender de escala. Se isso acontecer, é sinal de que o mercado de crédito está aquecido e mais competitivo. Assim, um eventual aumento do volume dos empréstimos compensaria o spread menor, conforme avalia o economista chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg.

Outro impacto é na margem financeira (ganho com juro) com os títulos públicos, pois os bancos aplicam os recursos do caixa nesses papéis. Diante das discussões no mercado de redução mais forte da SELIC e de que a taxa chegaria rápido a um dígito, os bancos já sinalizaram nas projeções para 2012 um crescimento menor para esta margem. O Bradesco, por exemplo, prevê expansão de 10% a 14%, abaixo do intervalo que projetava para 2011, de 18% a 22%.

Na avaliação de especialistas ouvidos pela Agência Estado, mesmo com a SELIC menor, os bancos devem apresentar expansão dos lucros este ano, por conta do foco em outros produtos e de até de uma aceleração do crescimento do crédito.

O presidente do Itaú, Roberto Setubal, foi o primeiro banqueiro a falar da necessidade de se focar em segmentos menos dependentes dos juros como forma de compensar a queda da margem financeira. O efeito da queda da SELIC no quarto trimestre do ano passado foi a redução das receitas com tesouraria do Itaú. Em entrevista recente à imprensa, o executivo destacou que um dos focos para 2012 é a área de seguros, que deve crescer entre 10% e 12%.

No Bradesco, a previsão para seguros neste ano é de expansão de 13% a 16%. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, também em entrevista recente, destacou o ciclo ascendente da indústria de seguros. Conforme a população tem sobra de renda, a demanda por seguros aumenta. A participação do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência no lucro do banco aumentou em quatro pontos porcentuais no quarto trimestre de 2011, para 31% do resultado.

No Itaú, o lucro da seguradora cresceu 68% no quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior. A unidade passou a responder por 14,8% do ganho líquido do banco, acima dos 9,7% do quarto trimestre de 2010. No BB, a seguradora aumentou seu peso nos últimos 12 meses, passando de 12,7% para 13,7%. A meta é chegar a 25% nos próximos anos.

Em tempos de queda dos juros e perspectivas de redução das margens, a expectativa é que esse movimento das seguradoras acentue ao longo deste ano, avalia o analista do setor financeiro da Austin Rating, Luis Santacreu. "Os grandes bancos brasileiros não são só bancos de crédito. Com o aquecimento da economia, as vendas de seguros tendem a crescer ainda mais", destaca.

No Santander, a estratégia para a área de seguros é diferente. O banco optou por não ter uma seguradora própria. O foco é ser um distribuidor de apólices em sua agência, ganhando parte da receita com as vendas. No ano passado, o banco espanhol fechou uma joint venture com a seguradora suíça Zurich para a América Latina. Em 2011, as receitas com seguros e capitalização cresceram 29% no Brasil. Junto com a área de cartões (expansão de 34%), foi o segmento que mais se cresceu.

No cartão, a aposta é em produto e não financiamento. Por isso os bancos querem emitir mais plásticos e ganhar nas receitas com transações em lojas. No ano passado, o Bradesco emitiu 4,9 milhões de plásticos e ainda lançou, em conjunto com o BB e a Caixa a bandeira Elo, voltada para o público de baixa renda. No Itaú, a receita com cartões cresceu 18% em 2011, ante média de 13% de expansão das receitas com serviços.
Já em serviços a clientes, outra frente para aumentar receita, BB, Bradesco, Itaú e Santander tiveram R$ 60 bilhões em faturamento no ano passado, aumento de 31% ante 2010, apostando, por exemplo, em produtos para contas correntes e fundos de investimento.


Minhas iniciativas para me informar e compartilhar informações sobre economia, independentes da Mídia Corporativa [1], podem ser encontradas no seguinte blog:

Reflexões Econômicas


Minhas referências sobre Empreendedorismo – Empresarial, Social, etc. podem ser encontradas no seguinte blog:

Criatividade e Inovação



3 nov. 2011 ... Os embalos da opinião econômica. Professor da escola de economia de Paris,
Bertrand Rothé abre seu artigo na revista Marianne com uma ...
www.cartacapital.com.br/economia/os-embalos-da-opiniao-economica/

04/11/2011

Especialista diz que economistas midiáticos defendem um sistema falido porque são pagos por bancos

http://3.bp.blogspot.com/-YGESczkcdlM/TrNJDdVeZuI/AAAAAAAAHog/_9iNk-HQl7w/s200/carlos-alberto-sardenberg-foto-01.jpg 

Os embalos da opinião econômica 
Luiz Gonzaga Belluzzo 
Professor da escola de economia de Paris, Bertrand Rothé abre seu artigo na revista Marianne com uma pergunta: por que os economistas midiáticos defendem com tanto ardor um sistema falido? Ele responde: porque eles são pagos pelos bancos. Um tanto rude, a resposta.

Mas Rothé mata a cobra e mostra o pau. Diz o economista que, em 10 de agosto, o jornal Le Monde publicou no caderno Debates 22 depoimentos de especialistas na matéria. Nesse grupo de sabichões, 16 (76,6%) são ligados a instituições financeiras. A promiscuidade vai longe. Anton Brender, reputado economista da esquerda francesa, hoje diretor de estudos econômicos do Dexia Asset Management usou duas páginas do Nouvel Observateur para concluir que “não são os mercados que estão em causa, mas a impotência política.”

A quase unanimidade, o realejo de opiniões banais encontra na mídia contemporânea um espaço ideal. Um jornalista do L’Expansion justificou a preferência pela ligeireza: “Os economistas de bancos sabem responder rápido, eles são pagos para isso. Esse já não é o caso dos universitários que se entregam à reflexão e cujas nuances são difíceis de transcrever.”
http://4.bp.blogspot.com/-Ved4h75n5XQ/TrNJFL_zkhI/AAAAAAAAHoo/H-yDrmF43Ks/s200/250px-Miriam.leitao.jpg
Vamos às relações entre “impotência política”, descuidos midiáticos e captura dos economistas. Até mesmo um idiota fundamental é capaz de perceber que na construção da crise atual a “impotência política” tem origem na ocupação do Estado e de seus órgãos de regulação pelas tropas da finança e dos graúdos interesses, digamos, corporativos, aí incluídos aqueles das mega empresas de mídia. As tropelias do meliante Rupert Murdoch dão testemunho das ligações perigosas entre o mass media, a política e a polícia. No Brasil é o “puder”, já na pérfida Albion it’s power.

O americano Robert Kaiser no livro So Damn Much Money listou 188 ex-congressistas registrados oficialmente como lobistas em Washington. A pesquisa de Kaiser revela como funciona a porta giratória entre os grandes negócios e a política. Estudo realizado por um grupo de advogados, o Public Citizen, flagrou na nobre ocupação de lobistas metade dos senadores e 42% dos deputados que deixaram o Congresso entre 1998 e 2004. No período 1998-2011 o setor financeiro gastou 84,5 bilhões de dólares com essa turma. Há “rachuncho” com o caixa das campanhas políticas.

Não escasseiam relatórios oficiais, depoimentos, documentários e livros de gente oriunda dos mercados a respeito da invasão dos bárbaros na cidadela da política e das políticas. Nesse espaço que, generosamente, me reserva CartaCapital, já publiquei um artigo sobre o relatório do Congresso americano que expõe as tropelias dos agentes da finança na montagem da crise financeira.

“No relatório do Congresso, o percurso em direção à crise é analisado mediante a narrativa de episódios esdrúxulos e de depoimentos patéticos de banqueiros, altos executivos e autoridades. A articulação entre as falas e as narrativas permite uma avaliação do papel desempenhado pelos vários fatores e protagonistas que levaram a economia global da euforia e da depressão: as inovações financeiras geradoras de instabilidade, a omissão sistemática das autoridades encarregadas de supervisionar os mercados de hipotecas e, finalmente, a farra da emissão de securities lastreadas em empréstimos imobiliários.

Before Our Very Eyes, assim é denominado o primeiro capítulo do Relatório do Congresso. Em linguagem popular “Estava na Cara”. É difícil negar que, ao longo dos anos de gestação da crise, os olhos – os da mídia incluídos – estiveram vendados pela trava que os hipócritas apontam na visão alheia (Palavras de Cristo, de admirável sabedoria). Já no caso de muitos economistas eminentes, sempre procura-dos para opinar, os olhos estavam travados, mas as imagens e palavras do documentário de Charles Ferguson, Inside Job, sugerem que os bolsos estavam arreganhados para a grana que escorria das façanhas da haute finance.

Ian Fletcher, autor do livro Free Trade Doesn’t Work, descreve formas mais sutis de cooptação dos economistas. Tais métodos, diz ele, não frequentam o ethos de bordel, com propostas do tipo “diga X e lhe pagarei Y”. Mas na faina de conseguir clientes, muitos economistas devem cultivar a reputação de sempre dizer aquilo que o freguês quer ouvir. “Certas ideias, como o aumento da desigualdade e problemas acarretados pelo livre-comércio devem ser evitadas. Elas não são economicamente corretas.” A mídia, em seus trabalhos de purificação da opinião pública, cuida de retirar tais “excentricidades” de circulação, assim como a polícia leva a enxovias os manifestantes de Ocupe Wall Street, uma súcia de desordeiros desatinados e desordeiras de barriga de fora.

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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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