sábado, janeiro 12, 2013
Japão, a Grécia da Ásia - ANNE SEITH - Der Spiegel
O Estado de S.Paulo - 12/01
Durante anos, a terceira maior economia do mundo se manteve, sem o menor remorso, tomando dinheiro emprestado mais do que qualquer outro país. Nas últimas décadas, os governos japoneses foram acumulando dívidas de cerca de US$ 14,6 trilhões, o que corresponde a 230% do Produto Interno Bruto, nível de endividamento muito superior aos 165% da Grécia.
Esses gastos desenfreados transformaram o Japão numa bomba relógio - e num exemplo que pode servir de lição para a Europa. O Japão, o país do milagre econômico do pós-guerra, nunca conseguiu se recuperar do colapso da bolsa e da crise imobiliária que convulsionou o país nos anos 90. O governo foi obrigado a ajudar os bancos; as seguradoras faliram. Desde então, as taxas de crescimento anuais têm sido frequentemente insignificantes e a receita com impostos não chega a cobrir a metade dos gastos governamentais. Na realidade, o país se encontra numa espiral inexorável de gastos deficitários.
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O sociocapitalismo, pós-crise global, pós-capitalismo, pós-socialismo, Nova ONU, cenários do século 21 The sociocapitalism, post-crisis global, post-capitalism, post-socialism, New UN scenarios of the 21st century
Então pergunto. Qual a mágica que tais “governos” japoneses fizeram para seduzir os compradores de seus títulos. Já que eles recebem juros baixos por tão elevados riscos.
Segundo Seith, a resposta é a seguinte. “O fato de essa tragédia desenrolar-se em relativo segredo pode ser atribuído a um fenômeno bizarro: contrariamente às economias carregadas de dívidas da zona do euro, o Japão continua não pagando juros sobre o que toma emprestado. Por exemplo, enquanto a Grécia teve de encarar juros de dois dígitos. Já os juros do Japão chegaram a apenas 0,75%. A própria Alemanha, a economia mais saudável da zona do euro, paga mais.”
http://pjvalente.blogspot.com.br/2013/01/japao-beira-do-abismo-da-divida.html
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